Irapuca

Irapuca não passa de um quelônio presente na mesma família da tartaruga da Amazônia e do Içá. As particularidades da espécie são estudadas no interior do estado amazônico, em Santa Isabel do rio Negro. Conheça mais sobre a espécie e veja os estudos realizados com a mesma.

Gênero

Endêmicos das bacias do Araguaia, Amazônica e do Orinoco são quelônios do gênero Podocnemis. Estes quelônios também são ligados aos hábitos culturais dos povos habitantes destes locais desde tempos mais antigos. As populações que vivem nestes lugares usam os ovos, a gordura e a carne como nutrientes.

Espécie

Irapuca é um nome utilizado vulgarmente para fazer referência à espécie Podocnemis erythrocephala. Esse animal não está presente em muitos ambientes, sendo distribuído de forma restrita e vivendo apenas em águas pretas e claras.

Animal

A IUCN – União Internacional para Conservação da Natureza classificou a espécie P. erythrocephala como vulnerável e o colocou dentro desta categoria. Fizeram isso porque os ovos da espécie são coletados regularmente e os animais adultos são caçados em quase toda a bacia do rio Negro.

Estudos da Espécie

Na tentativa de determinar a estrutura genética da espécie, pesquisadores começam inserindo um marcador de linhagem materna (região mitocondrial), assim, quando forem obtidos os resultados do estudo, além de obter o intencionado terão dados que proporcionarão futuros programas que intencionam conservar e manejar a espécie.

Especie

Na pesquisa, cada indivíduo utilizado proporcionou uma amostra de sangue, obtida a partir da veia femoral, não necessitando o sacrifício dos animais. Os locais em que atuaram e coletaram o material necessário foram:
Amazonas: Nhamundá, Barreirinha, Parque Nacional do Jaú, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira;
Pará: Terra Santa e Oriximiná;
Roraima: Parque Nacional Viruá.
246 indivíduos foram analisados e deles 550 pares de bases. Assim, encontraram 49 haplótipos. Desses 49, 36 são únicos e somente 1 se localiza em todas as localidades pesquisadas.

As diversidades médias gênica e nucleotídica apresentam um considerável valor, mais exatamente: 0,608 e 0,0021, respectivamente. Após estudos e análises sobre a variância molecular do bicho, foi percebido haver uma subdivisão populacional em alto grau. 27,93% da variância acontece entre as populações, todavia, as amostras populacionais ficaram com 72,07% de variação genética.

Estudos

No índice de fixação ST foram encontrados valores bem significativos em São Gabriel da Cachoeira, Parque Nacional do Jaú e Barreirinha, as quais também indicaram um fluxo gênico limitado se comparado com os outros locais de pesquisa.

Depois de tudo isso, conclui-se que as populações estão diferenciadas quanto à genética entre si, tornando-as distintas no meio delas mesmas. E a diferenciação genética não ocorre por estarem distantes os locais pesquisados, mas porque em São Gabriel da Cachoeira e no Parque Nacional do Jaú há um entorno onde se acham corredeiras e cachoeiras.

Samuel Castro

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