Cupim

Características e Espécies

Os cupins podem também ser conhecidos como siriris, aleluias e térmitas. O nome Cupim é utilizado há tempos antigos no Brasil, sendo originária da língua Tupi e vem a significar “montículo”, fazendo citação ao formato do ninho de uma espécie deste inseto encontrado no interior do país.

Atualmente existem mais de 2000 espécies deste inseto no mundo já catalogadas, e cerca de 500 espécies habitam o Brasil. Destes, existem 3 espécies que possuem importância econômica são eles, o cupim de madeira seca, cupim subterrâneo e o cupim de pântano. Dentre algumas outras espécies que podemos citar, há a Kalotermitidade, a Rhinotermididae e a Termitidade. A primeira espécie são os cupins que residem e acabam com a madeira, a segunda são os cupins comuns de se encontrar em fazendas e locais de terra, além de indivíduos que atacam madeira, sendo este o que mais causa malefícios a humanidade como um todo. O último, são os que fazem referência ao nome, “cupim”, cujo habitat é em formato de montículo. Estes constroem ninhos subterrâneos e são contribuintes a ecologia, um vez que suas estruturas contribuem com a aeração do solo, mas também podem atacar plantações, devendo ser controlada esta espécie.

Seu estilo e costume social são comparáveis a de outros insetos como abelhas e formigas já que possuem separação de atividades por castas sociais. Dentre seus atributos físicos e estruturais este inseto possuem tamanhos diferenciados tanto em sua cabeça quanto em seu tórax, membros e asas, quando as tem. Seus olhos são alados, muito comum dentre a classe de insetos com olhos pequenos e atrofiado. Em seu sistema bucal, possuem mandíbulas, labro, epifaringe, lábio, sendo bem característico deste inseto mastigador. Seu corpo é segmentado em repartições.

Vida Comum e Costumes do Inseto

Estes possuem estruturas subterrâneas e vivem em ninhos, sendo visíveis em populações de colônia. Como já mencionado são divididos em grupos de trabalhos. Os cupins possuem divisões nas comunidades que vivem, havendo diferenciação morfológica de acordo com o tipo de trabalho que cada um desenvolve dentro da colônia.

No primeiro grupo iremos descrever os indivíduos alados, a este conjunto pertencem o casal real, ou seja, o fundador da colônia, onde a função primordial é a reprodução. A rainha, a medida que se passam os períodos de reprodução, ela potencializa e aumenta a capacidade reprodutora e seu abdômen vai aumentando a medida que sua ovulação também aumenta, assim aumenta vários centímetros.

O grupo de operário é o maior da comunidade, já que são responsáveis pela manutenção e funcionamento da estrutura social. Desempenham o papel de prover os alimentos, construção do cupinzeiro, cuidado com os ovos, e em alguns casos também defendem os indivíduos de possíveis invasores. Os operários são insetos que podem ser do sexo feminino ou masculino, são cegos, estéreis.

Os soldados, como o próprio nome já sugere, são responsáveis pela defesa da estrutura social física. Possuem diversificadas formas de mecanismos físicos e químicos que agem a favor da defesa da comunidade. Os soldados apresentam tamanhos e estruturas diferenciadas, podem ser machos ou fêmeas e estes possuem glândulas que produzem alguns tipos de secreções que defendem a comunidade, em algumas espécies, uma mesma colônia podem apresentar até três diferentes tipos de soldados.

Os ovos, ou comumente chamados de ‘imaturos’ são os indivíduos que ainda não se transformaram em cupins, são estruturas moles, brancos e que dependem dos cuidados dos cupins operários. São divididos em duas categorias, as ninfas que são da linhagem real e as larvas, que são das espécies de operários e soldados.

Alimentação

A dieta deste inseto é essencialmente herbívora e são decompositores, aceitando uma variedade de alimentos, apesar de que as comunidades têm preferência por um tipo de alimento. Fazem parte de seu cardápio madeira morta e madeira viva, gramíneas, restos vegetais, húmus, decomposição do solo, matéria orgânica, raízes, tubérculos, frutos e inflorescências.

Como Acabar com a Praga de Cupins

Estes insetos são conhecidos principalmente por residirem em estruturas que possuem seu principal alimento, a celulose. Então moram em locais de materiais constituídos a partir de madeira (celulose) como também outros como gesso (estrutura não celulósica). São considerados como pragas urbanas, na verdade apenas 10% das espécies. A principal questão que os envolvem é quanto a sua capacidade de digerir celulose, tomando o posto de principais agentes decompositores da madeira. Além de serem pragas urbanas, atuam também de forma negativa no campo, já que são capazes de devastar plantações de cana de açúcar, amendoim, árvores frutíferas dentre outros.

Mas como se prevenir destas pragas? Vamos agora dar algumas dicas de como evitar ou acabar com estas pragas do meio urbano e rural.

  • Utilize madeiras tratadas em seus móveis e construções, e em suas respectivas montagens, principalmente de móveis instale telas para que insetos não consigam entrar.
  • Faça uso de tinta e verniz no tratamento do material do móvel para que assim ‘tampe’ as rachaduras e possíveis caminhos de entrada para o inseto.
  • Hoje no mercado existem uma grande gama de produtos químicos que ajudam para acabar com estes insetos.
  • Faça inspeções e tenha cuidado para não transportar móveis que já estão contaminados e infestados por cupins para que não corra risco de passar para outros móveis.
  • É importante lembrar, que como são insetos que vivem em colônias, é necessário localizar onde estão alocados para assim poder acabar de vez com a infestação.

Importância Ecológica

A principal chave ecológica que correlaciona este inseto ao meio é a sua capacidade de transformação, os compostos orgânicos e minerais para o solo, sendo eles o principal mecanismo de transformação da madeira e resíduo orgânico, responsáveis pela reciclagem ambiental. Além disso, também são fontes de alimentos para animais como tatus, tamanduás, aranhas, planárias terrestres, escorpiões, lagartos, aves e dentre outros animais.

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Categoria(s) do artigo:
Insetos e Aranhas

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