Glândulas Antenais
O que são as glândulas antenais? Você já ouviu falar sobre isso? Você sabe quais são os animais que possuem esse tipo de glândula? Se a resposta para uma dessas perguntas ou então para todas elas foi não, continue lendo que aqui vamos falar tudo que você precisa saber sobre o assunto. As glândulas antenais estão presentes na estrutura corporal do grupo dos crustáceos, se você não se lembra muito bem quais são os exemplares que fazem parte desta classificação, a seguir vamos dar alguns exemplos. Primeiro é preciso dizer que esse grupo é muito grande, muito grande mesmo, tendo mais de 60 mil espécies já catalogadas dentro dele, como alguns dos exemplos mais comuns de crustáceos podemos citar os camarões, os caranguejos, os siris, as lagostas e muitos outros, eles são uma boa parte dos chamados frutos do mar e é válido lembrar que podem ser tanto de água doce, quanto de água salgada.
Os crustáceos são os animais que possuem as glândulas antenais, mas não se engane pelo nome, pois elas são justamente glândulas excretoras e recebem essa nomenclatura apenas pelo fato de que as aberturas dos seus pontos excretores estão localizadas próximas as antenas dos crustáceos, mais especificamente, elas estão próximas a segunda antena dos crustáceos (na sua região inferior). Essas mesmas glândulas podem também ser comumente conhecidas por glândulas maxilares, isso porque a sua localização, além de estar próxima as antenas, está também próxima aos maxilares, mas enquanto excreção ocorre abaixo da antena, em relação as glândulas maxilares ela está localizada em uma região aproximada da sua base.
Sistema Excretor dos Crustáceos
Os crustáceos têm um sistema excretor bem particular e peculiar, aqui vamos falar um pouco mais sobre esse assunto. As glândulas citadas acima, são referentes principalmente a fase de larva dos crustáceos, sendo que elas não ocorrem obrigatoriamente no caso dos indivíduos em idade adulta. É importante reforçar aqui que os crustáceos em sua maioria vivem em regiões aquáticas, apesar de que algumas espécies (minoria) pode ser encontrada também em regiões terrestres, um exemplo de um animal desse grupo que seja terrestre, são os que são popularmente conhecidos por tatu de jardim. No entanto, a informação que precisamos reter aqui é que a maioria vive na água, isso faz com que seus mecanismos corporais sejam um pouco diferentes do de outras espécies, um exemplo disso, é que muitos dos animais que vivem na água apresentam a condição de osmoconformadores, que podem ser também chamados de osmorreguladores.
Função Importante
Como o seu próprio nome já nos indica, essa função indicada acima se trata da regulagem de algumas funções vitais através da osmose. A osmose para quem não se lembra é um processo de mudança da localidade da água de acordo as características do meio em que ela está. No processo de osmose a água atua na função de solvente e é por esse motivo que ela sempre se desloca do meio menos concentrado para o meio mais concentrado, com a finalidade de atingir um equilíbrio, para que a concentração da solução em ambas as regiões seja a mesma, essa passagem de um ponto para outro acontece através de uma membrana que tem por característica ser semi permeável. O ponto é que a pressão que é exercida sobre essa tal membrana semi permeável por parte da solução como um todo, possa impedir a passagem da água, que é o solvente da situação.
Osmorregulador
Agora que já foi mais esclarecido o conceito principal da osmose, fica muito mais simples de se entender o que são os organismos osmorreguladores, e podemos então afirmar que muitos dos crustáceos o são, sendo assim eles fazem eles mesmo constantemente a auto regulagem dos seus corpos em relação ao ambiente e água do meio onde estão inseridos. Diante de todo esse quadro corporal, podemos então trazer a informação de que o processo de excreção de um crustáceo osmorregulador, é fundamental no processo de manter o equilíbrio do corpo do animal, manter um equilíbrio em relação volume de água que contém esse animal. Ainda sobre a excreção desse grupo, é importante dizer que a mais parte da sua excreção é feita do composto amônia, essa sua eliminação não é exclusiva dos indivíduos que vivem na água, ocorre também pelos indivíduos terrestres, esse material por sua vez é eliminado tanto pela região das brânquias ou pela região dos chamados nefrídios, que para os animais do grupo dos invertebrados que os possuem eles trabalham como uma espécie de rim.
Glândulas Maxilares
Nesse momento chegamos no nível de contexto necessário para que você possa entender com muita clareza do que se tratam as glândulas antenais, elas podem ser consideradas uma parte do órgão nefrídio, elas são justamente a parte excretora do órgão, o ponto de ligação da parte interna com o mundo exterior ao corpo. As glândulas antenais e as já mencionadas glândulas maxilares, são um tipo estrutural que é homologo entre si e podem estar dispostas em série. Outros nomes pelos quais as pessoas e os cientistas podem usar para se referir a essas duas glândulas, são glândulas verdes, glândulas coxais, e por fim glândulas da carapaça, a nomenclatura mais usada pode variar de acordo com a espécie que estamos falando. Sobre a ocorrência das duas glândulas, maxilares e antenais, normalmente os crustáceos na maioria das suas espécies, apresentam ambas, mas há também o caso em que somente as glândulas antenais estão presentes, como há o caso em que as glândulas antenais não são muito bem desenvolvidas, enquanto que as glândulas maxilares são muito avançadas em relação ao seu desenvolvimento.
Nefrídio
O órgão citado aqui cujo nome é nefrídio, tem uma capacidade de regulagem do ambiente interno corporal, com o ambiente externo do meio ambiente, uma vez que ele é o responsável para evitar desequilíbrios osmóticos e excretores no corpo dos crustáceos, principalmente quando uma espécie pode viver entre dois ambientes principais, que são o ambiente aquático seja ele doce ou o ambiente marinho, no caso o mais importante papel nesse caso seria evitar a perda excessiva de fluidos quando fora da água e em contrapartida uma espécie de capitação excessiva de água quando o animal está presente e imerso nos meios aquáticos. É importante trazer também a informação que apesar da regulagem osmótica ser muito importante para o bom funcionamento do corpo desse grupo de animais, ela não é a única responsável pela ocorrência de excreção por parte deles, uma vez que existem alguns outros fatores envolvidos nesse processo, tal como alguns fatores ambientais do meio à sua volta. Um exemplo disso, é que pesquisas realizadas já indicaram que a temperatura pode ter um impacto muito grande na excreção de amônia, mas há outros casos a se considerar também.