Os animais marinhos são seres ainda pouco conhecidos do grande público, mas os que fazem sucesso são profundamente admirados e muito festejados quando avistados, como as baleias e os golfinhos, principalmente no Sul do país, onde há grande incidência dessas espécies. Não porque vivem ali, mas passam as férias por lá com a intenção de fugir do inverno e às vezes, para a reprodução.
Há várias espécies de animais aquáticos ou marinhos e são aqueles que passam toda ou maior parte do tempo na água, e são classificados em diversas ordens como os Cetáceos, que são as baleias, que não podem viver na terra; as Lutridae, conhecidas como Lontras, que passam a vida na água e na terra; as Castoridae, os famosos castores, além de todas as mencionadas ainda temos as aves aquáticas como gaivotas, pelicanos e os albatrozes e ainda os lindos pinguins, que são personagens de muitos filmes e desenhos.
Outros animais ainda habitam os mares, alguns são originalmente brasileiros como os botos, que são da família das baleias, mas apresentam tamanhos e formas diferenciadas, vivem na região amazônica, e são considerados os animais mais antigos da espécie por habitarem em água doce. Há vários tipos de Boto, como o Boto-cinza, Boto-de-Burmesteir, Boto-rosa, que está ameaçado de extinção, inclusive existe uma lenda amazônica que diz que o animal se transforma em homem e seduz as moças, com a finalidade de engravidá-las, geralmente nas festas regionais ele sempre sai antes do amanhecer, no maior estilo “cinderela”.
Temos ainda os peixes-boi, grandes mamíferos aquáticos; no Brasil existem duas espécies. O Peixe-boi-da-Amazônia pode pesar cerca de 300 kg e medir até 2,5 metros, vive somente em água doce, principalmente no Rio Orinoco e no Rio Amazonas. O peixe-boi tem o hábito de viver sozinho, somente se socializa em função do acasalamento. Da união dos casais a fêmea costuma gerar apenas um filhote, às vezes gêmeos, e sua gestação dura em torno de 13 meses, ela só engravida de quatro em quatro anos.
Todas as espécies desse animal estão ameaçadas de extinção devida à caça e o assoreamento das zonas onde as fêmeas parem, porém, no Brasil eles são protegidos por lei e comercializar qualquer produto derivado deste animal é crime, podendo o infrator ser punido com prisão. Segundo estudos, existem aproximadamente 500 peixes-boi habitando a costa brasileira, número pequeno que exige uma grande preocupação para que não ocorra a extinção desse animal.
Pensando no risco de extinção, o governo do Brasil criou nos anos 80 um projeto que visa proteger o peixe-boi, que leva o nome de Projeto Peixe-boi, localizado em Itamaracá. Nele são feitas pesquisas, recuperação e resgates desses animais, para que possam ser devolvidos com saúde à natureza. Além disso, ainda são feitas campanhas de conscientização com a população ribeirinha, para que auxiliem e denunciem possíveis maus-tratos aos bichos.