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Conhecendo o Pintassilgo Negrito Boliviano
O pintassilgo negrito boliviano é um animal da ordem dos Passeriformes (pássaros), tem nome cientifico Carduelis atrata, e é um pássaro da família Frigilidae. Tem um comprimento de cerca de 12/13 cm, e tem distinção aparente entre os dois gêneros. O macho da espécie é quase todo negro brilhante, com amarelo aparecendo no ventre, nas asas e na cauda (em algumas penas da cauda). Já a fêmea tem as mesmas cores que o macho tem, só que em uma intensidade bem menor. Podemos diferenciar os juvenis pela cor também, neste caso esses animais são mais acinzentados, ganhando brilho em suas cores distintas do negro, a medida que ganham mais idade.
Esses lindos animais são encontrados em territórios sul americanos, se estendendo desde Argentina, até Bolívia, Chile e Peru. As vegetações preferidas são os matagais, e os prados das montanhas, dando-lhes status de pássaros que são atraídos pela altitude dos picos sul americanos (de 2000 m a 4000 m). Também são adeptos das zonas rochosas envoltas de moitas e arbustos. As herbáceas e suas ramificações também atraem o pintassilgo negrito boliviano. Além dessas, as gramíneas, pequenos bosques abertos, planaltos andinos, estepes e pradarias também são seu habitat.
Pintassilgo
Em território chileno, podemos encontrar o pintassilgo negrito boliviano nas cordilheiras da zona norte, em alturas elevadíssimas entre 3500m a 4500m, chegando a reproduzir e criar ninhos em alturas superiores a 4500m de altitude. No Peru, esse pássaro é encontrado a partir de 2600m, na Argentina a partir do 2000m. Podemos notar que esse pássaro gosta muito de altitude, e mesmo por isso não se adapta ao relevo brasileiro, formado em sua maioria por planícies, planaltos e depressões. O pintassilgo negrito boliviano é um animal muito tradicional nessas regiões, enfeitado com sua beleza e agilidade essas regiões que em geral, são bastante inóspitas.
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Porque o Pintassilgo Negrito Boliviano se Adapta a Altitudes Tão Altas?
Essa pergunta costuma deixar muitas pessoas confusas, o que faz desses animais tão aptos a estarem nesse locais tão altos. A resposta esta no metabolismo desses pássaros. O pintassilgo negrito boliviano é uma ave que possui uma taxa de glóbulos vermelhos muito maiores dentro de sua circulação. O glóbulos vermelhos são responsáveis pela troca de gases dentro do sangue, processo intracelular responsável pela respiração, ou seja: quanto mais glóbulos vermelhos circulando, maior a capacidade de lidar o com ar rarefeito dessas altitudes tão elevadas.
Os pássaros de zonas mais baixas não contam com essa taxa de hemoglobina tão alta, o que faz com que animais não adaptados, passem a ter dificuldade de respiração e de sobrevivência em locais como a Cordilheira dos Andes. Outra adaptação metabólica do pintassilgo negrito boliviano é a sua capacidade de suportar grandes variabilidade térmicas, ou seja: ele consegue lidar com um range de 50°C. Por exemplo, ele pode suportar estar em um ambiente que faz -25°C(negativos) a noite e 25°C de dia.
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Alimentação
A dieta do pintassilgo negrito boliviano é muito variada, lhe possibilitando lidar com carência de alimentos específicos em alguns locais ou épocas do ano. Se alimenta principalmente de arbustos e herbáceas, ao mesmo tempo que pequenos insetos e cereais (cevada, trigo, linhaça) também entram no seu menu. Gostam muito de sementes de plantas nativas dessas vegetações de altitude, com a quinoa, carraspique boliviano, o plantalgo e o nabo silvestre. Outros vegetais consumidos são amaranto e sementes de coreopsis.
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Reprodução e Nidificação
O pintassilgo negrito boliviano gosta de se reproduzir em períodos de cessão da estação de chuvas (geralmente em novembro), período que combina com o aparecimento de flores em plantas (florescimentos nativos).
O processo de construção do ninho é realizado pela fêmea, a engenheira entre os pintassilgos negrito bolivianos. O local escolhido para a construção geralmente é a árvore ou um arbusto. O animal também pode escolher uma fenda em uma estrutura rochosa ou no parapeito dessa mesma estrutura. O material escolhido são ramos e fibras vegetais, musgos encontrados nas redondezas, e geralmente é forrado com pelos e plumagem vegetal. Ela costuma colocar de 3 a 5 ovos (4 em média), com uma coloração curiosa que mistura o branco e o azul.
O processo de incubação do pintassilgo negrito boliviano dura cerca de 12 dias, e as crias permanecem no ninho por cerca de 2 semanas. Quando atingem a famosa maturidade, estão prontas para alçarem voos e conhecerem a vegetação que estão inseridas. Um detalhe curioso, é que nos primeiros dias, o pintassilgo negrito boliviano ainda costuma voltar pro ninho dos seus pais, por cerca de 10 dias ( de maneira esporádica).
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Reprodução em Cativeiro
Um detalhe muito importante sobre o pintassilgo negrito boliviano é que ele tem se mostrado altamente frágil quando criado em cativeiro, podendo vir a falecer depois de alguns dias ou semanas. Existem algumas explicações para esse fato. Há quem diga que se deva ao fato de não haver carvão mineral na água do animal (algo essencial para sua sobrevivência), outros dizem que não se pode dar níger para o animal, caso contrário ele pode vir a falecer em cerca de 10 dias. Mas definitivamente, o fato de estar inserido em uma altitude que não é a sua preferida, lhe causa instabilidade metabólica.
No Brasil existem muitos criadores de pintassilgo negrito boliviano, sendo estes localizados principalmente em regiões de altitude parecidas com aquelas em que o pássaro é encontrado naturalmente. Esses relevos estão localizado principalmente no sul e sudeste brasileiro, contudo é necessário ouvir as experiencias anteriores com o animal para não vir a lhe causar sofrimento.
Os fatores apresentados são essenciais, porém nenhum deles provocou tantos óbitos como outros dois: o peito seco e coccdiose. A obtenção dessa resolução se deu com base em uma série de estudos e análise de óbitos realizada na cidade de São Roque, no interior de São Paulo (cidade que possui altitude de até 1300m).
O peito seco é causado pelo cultivo em ambiente fechado. Ao passar muito tempo respirando em cativeiro, esses animais adquirem ácaros na traqueia, fazendo com que essa secura se alastre para os seus pulmões. Um segredo dividido pelos pesquisadores que chegaram a essa conclusão é de administra G-Trox e nistatina assim que o pássaro chegar no cativeiro.
Existem relatos de moradores andinos, que levaram um pintassilgo negrito boliviano para suas residências, que o canto do animal diminui em muito quando inserido em ambiente fechado. Logo, não é aconselhável a menos que um especialistas em cuidados de animais autorize e dê dicas para a transição. Não há sentido em ter um animal em casa que possa morrer, ou que perca a beleza do seu canto por conta do stress causado pelo enclausuramento.
