Lista Recente de Animais em Extinção

A Extinção De Espécies

Uma alteração, normalmente introduzida ou influenciada por atitudes humanas, no meio ambiente, fazem com que as espécies precisem se adaptar comportamentalmente e fisiologicamente para que continuem sobrevivendo. Essas alterações podem ser climáticas, por exemplo, como o aquecimento global. Também alterações no seu habitat, como introdução de lixos, de espécies exóticas ou desmatamento, dentre outros.

Os animais, muitas vezes, não possuem adaptações que os permitam sobrevivem a perturbações ambientais e acabam não conseguindo se reproduzir, sobreviver, se alimentar. Sendo assim sua população vai diminuindo até que seja extinta. Em alguns casos as populações são únicas e exclusivas de algum lugar e isso definitivamente é grave. Populações endêmicas, ou seja, que vivem em apenas um local exclusivo, são extintas mais facilmente, pois são mais sensíveis.

Para ilustrar melhor o que estamos vivendo: a perda de espécies que estamos vivenciando hoje é estimada por pesquisadores que seja entre mil e dez mil vezes maior do que a taxa natural de extinção. Eles calculam que entre 0,01 e 0,1% das espécies são extintas a cada ano, o que significa basicamente que entre 200 e 2000 espécies são extintas a cada ano, no mínimo.

Mas qual é o problema de uma espécie ser extinta? Espécies são extintas o tempo todo naturalmente! Essas são algumas frases de pessoas que não entendem o grande problema de uma extinção causada direta ou indiretamente pela intervenção humana na natureza. Vamos entender melhor adiante…

Como já dito, a extinção pode ocorrer naturalmente e isso é normal do processo de seleção natural, ou seja, da evolução, proposta por Darwin primeiramente em seu livro “A origem das espécies”. E evolução acontece e acontece com a seleção natural, em que espécies mais adaptadas sobrevivem e espécies não adaptadas a tal ambiente acabam naturalmente sendo eliminadas – seja por competição entre espécies, seja por reprodução falha, etc.

Mas o homem tem sido o causador do aniquilamento de muitas espécies em um espaço de tempo geológico muito pequeno. O espaço de tempo em que uma espécie é extinta naturalmente é muito grande e acompanha as mudanças ambientais, sendo um processo totalmente natural e saudável para o planeta. O ambiente e os animais estão interligados nos ciclos biogeoquímicos e nas teias ecológicas. E um anda de acordo com o outro. Entretanto quando espécies são extintas por motivos extras à natureza, o meio ambiente e as outras espécies não acompanham o processo. E aí ocorre o desequilíbrio.

O Que a Extinção De Uma Espécie Pode Causar?

Em um ecossistema uma espécie depende da outra em muitos aspectos. Algumas estão tão interligadas que acabaram evoluindo juntamente num processo chamado de coevolução e acabam não vivendo uma sem a outra, e assim sucessivamente. Por exemplo, há espécies de plantas que só são polinizadas por abelhas e há abelhas que precisam de certas espécies de vegetais para viverem de seu pólen. A extinção de uma espécie de abelha causará a morte dessas espécies de árvores – e claro, também dos animais que dependem dos recursos desta árvore, como os frutos. A partir disso você já pode imaginar que esses animais também são importantes para outras espécies.

Abelha

Abelha

Especificamente, a extinção de espécies causa a perda da biodiversidade, a redução do fundo genético global do planeta, a diminuição do número de recursos naturais para muitas espécies incluindo os humanos, redução da capacidade de regeneração e autoregulação ambiental dos ecossistemas e a crescente aceleração de outras extinções.

O ser humano está fadado a acabar, mas antes disso o meio ambiente está sendo destruído de uma forma nunca vista antes pelos seres vivos do planeta Terra. O planeta deve urgentemente ser salvo e as mudanças devem ocorrer em todos os níveis, desde a recusa em pegar uma sacolinha de plástico no supermercado até a determinação de medidas de lei de conservação da natureza pelos governantes.

Causas De Extinções De Espécies E Soluções Para Contorcer O Problema

As espécies podem ser extintas, como já foi citado, por motivos naturais, em um período de tempo geológico grande o suficiente para que a natureza se adapte às mudanças decorrentes da extinção de alguma espécie. Mas, as principais causas das extinções de espécies ultimamente vêm sendo decorrentes de alterações ambientais causadas por humanos. Nós criamos e modificamos recursos da natureza de modo que se tornem prejudiciais ao meio ambiente, como o lixo.

Os problemas ambientais são hoje a maior causa da extinção de espécies, com certeza. E estes problemas podem ser vários, desde a introdução de espécies exóticas em um ambiente até o derramamento de petróleo em corpos de água. Veremos a seguir quais são as principais causas da extinção de espécies e como elas causam esse problema.

Em resumo, o que nós podemos fazer, para melhorar e diminuir os problemas que estamos causando ao planeta, são medidas simples que se forem feitas por todo mundo farão uma grande diferente. Reduzir o consumo de carne, diminuir o uso de combustíveis fósseis, diminuir a produção de lixo, separar o lixo, diminuir o consumo de água, consumir menos e melhores produtos, evitar consumir produtos com herbicidas e pesticidas, evitar comprar produtos de empresas não sustentáveis, etc.

Lixo

Lixo no Meio Ambiente

Lixo no Meio Ambiente

Nós somos os únicos animais do mundo que produzem lixo artificial. Todos os plásticos já produzidos até hoje, até mesmo os plásticos biodegradáveis, não foram degradados. O nosso lixo está no planeta ocupando espaço que deveria ser ocupado por matéria orgânica – viva ou morta. O lixo intoxica o solo, intoxica os corpos de água e intoxica os animais. Com certeza a principal medida a ser tomada é diminuir a produção de lixo. Isso deve ser feito a nível individual e à níveis nacionais ou maiores. Os países, as empresas, as ONGs, as pessoas, precisam urgentemente evitar a produção de lixo.

Caça Ilegal E Introdução De Espécies Exóticas

Caça Ilegal

Caça Ilegal

Outra medida a ser tomada, essa a um nível mais governamental, é melhores leis e aplicações de leis para controle da caça ilegal. A caça ilegal, além de eliminar diretamente espécies, elimina indiretamente, pois o transporte de espécies de um local para o outro causa a introdução de espécies exóticas, o que também contribui para a extinção de espécies.

Desmatamento

Também a nível governamental, urgentemente, os países precisam controlar o desmatamento descontrolado e queimadas, que destroem os ecossistemas, biomas e habitats de muitas espécies e causam extinções graves. No Brasil, o que está ocorrendo é exatamente o contrário. O governo não se preocupa com a preservação da natureza e de biomas e florestas onde há quantidade imensa de espécies de animais e plantas endêmicas.

Desmatamento

Desmatamento

Na realidade, mais do que não se preocupar em não proteger, o governo está indo a favor da destruição de nossas florestas e outros biomas, permitindo desmatamento, queimadas e caça ilegal. A Amazônia, por exemplo, agora em 2019, está morrendo. A Amazônia é um bioma muito importante para o planeta e precisa ser preservado.

Uso Indevido Dos Recursos Naturais

Reduzir o uso de recursos naturais é também essencial. A água potável está sendo consumida em uma velocidade muito superior à velocidade com a qual a água se torna potável. Em algum momento muito próximo toda a água do planeta estará armazenada em formas impossível de ser usada pelos animais. Sem água um planeta não sobrevive – nenhuma espécie. Falando em água, a poluição vinda do derramamento de óleos nos corpos de água também são um grande problema pois poluem a água de forma irreversível. Os pesticidas e herbicidas (além de medicamentos de gados) poluem o solo e os lençóis freáticos, o que consequentemente também polui mares e rios. As espécies absorvem todos os compostos químicos tóxicos em um processo chamado de biomagnificação.

O uso indevido do solo também deve ser imediatamente transformado. Sustentabilidade significa processos que podem ser mantidos para sempre, isso é ser sustentável. Sustentabilidade é utilizar os recursos de maneira em que podem ser repostos e devolvidos da mesma maneira à natureza. Isso envolve a não utilização de herbicidas e pesticidas. Também que as plantações sejam feitas em combinação com florestas.

Aquecimento Global

O efeito estufa é um processo que ocorre naturalmente no planeta e é saudável até que se torne descontrolado. Significa que gases presentes na atmosfera da terra são capazes de absorver a energia do sol de modo a esquentar o ar, permitindo a sobrevivência de muitas espécies. Entretanto a partir do momento em que esse efeito fica maior do que o natural, o planeta começa a esquentar demais e aí as espécies não suportam, sendo eliminadas/extintas. O aumento do efeito estufa ocorre a partir do aumento de gases presentes na atmosfera. O CO2, apesar de não ser o que mais retém calor, é o que mais está causando o problema, pois está aumentando muito. Isso ocorre por dois motivos que vão a favor do seu aumento. Primeiro o desmatamento, pois os vegetais são capazes de sequestrar esses gases ao realizar a fotossíntese, retirando CO2 do ar e devolvendo O2. Junto à isso, a queima de combustíveis fósseis libera muitos gases, incluindo o CO2.

O aumento da temperatura da superfície fará com que muitas espécies se movam em direção aos polos da terra e subam montanhas para permanecer em locais mais frios. Mas a maioria das espécies não são capazes de se adaptar à esta mudança brusca na temperatura, ou seja, estão sendo eliminadas.

Então, em suma, reduzir e/ou eliminar o uso de combustíveis fósseis é medida urgente. Retirar do fundo da terra carbono que estava estocado e queimar, liberando gases CO2 para a natureza, aumenta o efeito estufa e acelera o aquecimento global, que também causa a extinção de espécies – juntamente com o desmatamento, essa velocidade aumenta, já que não há vegetais para sequestrar o carbono.

Lista Recente De Animais Ameaçados De Extinção

No Brasil o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é o órgão que fiscaliza, analisa, controla os animais ameaçados no Brasil. Na última portaria publicada o órgão avaliou entre os anos de 2010 e 2014 12.256 táxons da fauna brasileira.

Os resultados mostraram que 1173 táxons da fauna estão ameaçados no Brasil. Listados em duas portarias que são a MMA nº 444, de 17 de dezembro de 2014 e a portaria MMA nº 445, de 17 de dezembro de 2014. No total são 448 espécies vulneráveis, 406 em perigo, 318 criticamente em perigo e 1 extinta na natureza. Destas 310 peixes continentais, 233 aves, 233 invertebrados terrestres, 110 mamíferos, 98 peixes marinhos, 80 répteis, 66 invertebrados aquáticos e 41 anfíbios.

Fauna – ICMBio: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/fauna-brasileira/avaliacao-do-risco/PORTARIA_N%C2%BA_444_DE_17_DE_DEZEMBRO_DE_2014.pdf

http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/fauna-brasileira/avaliacao-do-risco/PORTARIA_N%C2%BA_445_DE_17_DE_DEZEMBRO_DE_2014.pdf

Fauna – IBGE: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv775.pdf

Flora – MMA: https://www.mma.gov.br/estruturas/ascom_boletins/_arquivos/83_19092008034949.pdf

Abaixo listaremos algumas das espécies da fauna brasileira ameaçadas. Entende-se por espécies ameaçadas as que, de todas as analisadas se encaixaram em uma das três categorias dentre  vulnerável, em perigo e criticamente em perigo:

  • Caluromysiops irrupta/ Cuíca-de-colete
  • Alouatta guariba guariba/ Guariba
  • Alouatta ululata/ Guariba-de-mãos-ruivas
  • Brachyteles hypoxanthus/ Muriqui
  • Cebus kaapori/ Macaco-caiarara
  • Cebus xanthosternos/ Macaco-prego-de-peito-amarelo
  • Leontopithecus caissara/ Mico-leão-de-cara-preta
  • Leontopithecus chrysopygus/ Mico-leão-preto
  • Saguinus bicolor/ Sagüi-de-duas-cores
  • Callicebus barbarabrownae/ Guigó
  • Callicebus coimbrai/ Guigó-de-coimbra-filho
  • Balaenoptera musculus/ Baleia-azul
  • Trichechus manatus/ Peixe-boi-marinho
  • Carterodon sulcidens/ Rato-de-espinho
  • Phyllomys unicolor/ Rato-da-árvore
  • Juscelinomys candango/ Rato-candango
  • Wilfredomys oenax/ Rato-do-mato
  • Liolaemus lutzae/ Lagartixa-da-areia; Lagartinho-branco-da-praia
  • Corallus cropanii/ Boa-de-cropani; Jibóia-de-cropani
  • Dipsas albifrons cavalheiroi/ Dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande
  • Bothrops alcatraz/ Jararaca-de-Alcatrazes
  • Bothrops insularis/ Jararaca-ilhoa
  • Dermochelys coriácea/ Tartaruga-gigante
  • Melanophryniscus macrogranulosus/ Sapinho-narigudo-de-barriga-vermelha (RS)
  • Hyla cymbalum/ espécie de perereca
  • Hyla izecksohni/ espécie de perereca
  • Hylomantis granulosa/ Perereca-verde
  • Phyllomedusa ayeaye/ Perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada
  • Scinax alcatraz/ Perereca-de-Alcatrazes
  • Holoaden bradeiOdontophrynus moratoi/ Sapinho
  • Paratelmatobius lutziiThoropa saxatilis
  • Galeorhinus galeus/ Cação-bico-doce
  • Pristis perotteti/ Espadarte (AP, PA e parte do MA) ou Peixe-serra (demais Estados)
  • Puffinus lherminieri/ Pardela de asa-larga; Pardelinha (ES)
  • Fregata ariel/ Tesourão-pequeno
  • Fregata minor/ Tesourão-grande
  • Mergus octosetaceus/ Pato-mergulhão
  • Claravis godefrida/ Pararu; Pararu-espelho
  • Columbina cyanopis/ Rolinha-do-planalto; Pombinha-olho-azul; Rolinha-brasileira
  • Anodorhynchus leari/ Arara-azul-de-lear
  • Pyrrhura anaca Salvadori(Pyrrhura griseipectus) / Periquito-cara-suja (CE, PE); Cara-suja (CE); Tiriba-de-peito-cinza
  • Neomorphus geoffroyi/ Jacu-estalo; Jacu-porco; Jacu-taquara; Jacu-queixada; Jacu-molambo; Jacu-verde; Aracuã-da-mata
  • Calyptura cristata/ Tietê-de-coroa; Anambé-mirim
  • Drymornis bridgesii/ Arapaçu-platino
  • Gubernatrix cristata/ Cardeal-amarelo
  • Oryzoborus maximiliani(Sporophila maximiliani) / Bicudo; Bicudo-verdadeiro
  • Coryphistera alaudina/ Corredor-crestudo
  • Leptasthenura platensis/ Rabudinho
  • Philydor novaesi/ Limpa-folha-do-nordeste
  • Pseudoseisura lophotes/ Coperete
  • Antilophia bokermanni/ Soldadinho-do-araripe; Lavadeira-da-mata; Galo-da-mata; Cabeça-vermelha-da-mata; Uirapuru-matreiro
  • Merulaxis stresemanni/ Entufado-baiano
  • Formicivora littoralis/ Formigueiro-do-litoral; Com-com (Cabo Frio)
  • Myrmotherula snowi/ Choquinha-de-alagoas
  • Nemosia rourei Cabanis/ Saíra-apunhalada
  • Hemitriccus kaempferi/ Maria-catarinense; Sebinho-de-peito-camurça
  • Phylloscartes roquettei/ Cara-dourada
  • Diplodon koseritzi/ Marisco-do-junco (RS)
  • Corvoheteromeyenia australis
  • Corvospongilla volkmeri/ Pó-de-mico
  • Racekiela sheilae
  • Cassidulus mitis Krau/ Ouriço-do-mar
  • Synaptula secreta/ Pepino-do-mar; Holotúria
  • Giupponia chagasi/ Opilião; Aranha-bode; Aranha-fedorenta
  • Iandumoema uai/ Opilião; Aranha-bode; Aranha-fedorenta
  • Dichotomius schiffleri/ Besouro-rola-bosta
  • Exomalopsis(Phanomalopsisatlantica / espécie pouco conhecida de abelha
  • Dirphia monticola/ espécie de mariposa
  • Mecistogaster pronoti/ espécie de libélula

Flora:

  • Apuleia leocarpa / Garapeira
  • Swietenia mahagoni /Mogno
  • Cedrella fissiliss Vell. / Cedro-rosa
  • Mezilaurus itauba / Itaúba
  • Bertholletia excelsa / Castanheira
  • Dallbergia nigra Vell. / Jacarandá-da-Bahia
  • Hymenaea courbaril / Jatobá-pequeno
  • Hymenolobium petraeum / Angelim-pedra-amarelo
  • Melanoxylon braúna / Braúna
  • Virola surinamensis / Ucuúba
  • Peltogyne recifencis /Pau-roxo
  • Ocotea catharinensis / Canela-preta
  • Prunus spp. / Cerejeira
  • Virola bicuhyba / Bicuíba
  • Carinianna estrellensis / Jequitibá-branco
  • Ocotea odorífera / Canela-sassafrás
  • Ocotea porosa / Imbuia
  • Caesalpinia echinata Lam / Pau-Brasil
  • Araucaria augustifolia / Araucária
  • Euxylophora paraenses / Pau-amarelo
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