No mundo todo existem apenas sete espécies de tartarugas marinhas, sendo que elas estão divididas em duas famílias, que é a Cheloniidae e a família das Dermochelvidae que, por sua vez, se encontram na mesma ordem biológica, a dos Testudines. Dessas sete, cinco delas estão espalhadas ao longo de nosso território litoral. Sendo assim, aqui no Brasil, a família das Cheloniidae é representada pelas espécies Chelonia mydas (que é a chamada tartaruga verde), Caretta caretta (que é a tartaruga cabeçuda), Eretmochelys imbricata (mais conhecida como tartaruga de pente), as Lepidochelys olivácea, mais conhecida como tartaruga oliva.
Já com relação à família das Dermochelvidae, há apenas a espécie das Dermochelys coriácea, que é a chamada “tartaruga de couro”. As que não são encontradas no território brasileiro é a Natator depressus e as Lepidochelys kempii, ambas da família das Cheloniidae.
Para a realização da identificação dentre essas espécies de tartarugas marinhas, basta analisar o seu casco. Por exemplo, de acordo com o número de placas laterais ao seu casco, já é possível identificar algumas delas. A tartaruga verde apresenta quatro placas ao lado de seu casco, enquanto que a tartaruga cabeçuda já apresenta uma placa a mais, ou seja, cinco placas laterais ao casco.
Já com relação ao casco da tartaruga de couro, ela tem esse nome justamente pelo fato de a sua carapaça estar coberta de uma pele cujo aspecto é coriáceo e elástico, fazendo bastante semelhança com o couro, além de não apresentar as placas laterais que citamos como característica dos cascos das duas espécies anteriores.
O casco da tartaruga de pente, por sua vez, apresenta placas sobrepostas umas às outras na própria superfície do casco, enquanto que a tartaruga de oliva apresenta as placas laterais, assim como a tartaruga cabeçuda e a tartaruga verde, mas em um número de seis placas de cada lado laterais ao seu casco. Além dessas, há ainda as tartarugas que não são encontradas no Brasil, como a tartaruga marinha australiana, cujo nome científico é Necator depressus, que é encontrada basicamente no litoral da Austrália, por isso o seu nome popular.
Mas, apesar disso, ela ainda pode ser encontrada até em algumas porções de águas que banham a Indonésia. Essas tartarugas costumam crescer bastante, podendo atingir até um metro de comprimento, sendo que desse um metro, noventa centímetros são apenas de carapaça.
Já com relação à tartaruga da espécie Lepidochelys kempii, que também não é encontrada aqui no Brasil, o seu nome popular é tartaruga marinha de Kemp ou tartaruga marinha de Atlantic Ridley, sendo que ela é a espécie que se encontra na situação mais crítica de extinção. Elas são bastante pequenas, medindo entre vinte e três e vinte e oito polegadas, o que equivale a cinquenta e oito a até setenta centímetros de comprimento.
A sua característica principal e mais marcante é o aspecto de seu casco, que é o caractere principal de diferenciação das tartarugas marinhas. O seu corpo apresenta uma leve depressão no sentido dorso ventral, apresentando nadadeiras e uma dinâmica corporal incrivelmente adaptadas para a natação.