Fotos Cobra-Real

A cobra real, que também é muito conhecida como cobra rei, é considerada como a cobra peçonhenta de maior comprimento, uma vez que seus representantes podem chegar a adquirir seis metros de comprimento, ou até mais, algumas vezes. Seu nome científico é Ophiophagus hannah, sendo que o seu reino é o Ophiophagus e a sua espécie é hannah. Esse tipo de cobra está enquadrado na ordem das Squamata, na subordem das Serpentes e pertence à família das Elapidae. A palavra “Ophiophagus” significa “comedora de serpentes”, uma vez que a sua dieta é composta por, basicamente, outras cobras, sendo estas venenosas ou não, além de mamíferos que sejam de pequeno porte, lagartos e ovos de alguns animais.

A cobra real pode ser encontrada em quase todas as florestas tropicais que existem no mundo. Além disso, alguns locais em que esse tipo de cobra mais pode ser visto são mangues e bosques de bambus, além de alguns locais que apresentem vegetações rasteiras na Índia e também no Sul da China, além de algumas regiões de alguns países localizados na região Sudoeste da Ásia. No geral, essas cobras sobrevivem em locais que haja sombra, uma vez que costumam se deslocar ao longo dos espaços em meio às árvores, e em locais que exista água de fácil acesso, de preferência.

Essa cobra pode apresentar uma variação de coloração que pode ir desde o marrom, até o preto. Além disso, alguns de seus representantes podem apresentar listras ao longo de seu corpo e que podem ser da cor amarela, verde escuro, parecido com a cor de uma azeitona, ou até mesmo branca. Elas são bastante reconhecidas por apresentarem uma espécie de capa ao redor do seu pescoço e que se expande quando a cobra se sente ameaçada, como se fosse para tentar transmitir intimidação a quem lhe está supostamente a ameaçando. Outra característica peculiar da cobra real é o fato de ela ser uma espécie de cobra em que a diferenciação entre os sexos pode ser feita de maneira mais fácil do que nas demais espécies de cobras.

Um dos facilitadores para a simples realização do dimorfismo sexual é a sua cor. Isso porque, de uma maneira geral, os machos costumam apresentar cores em tonalidades muito mais claras do que as fêmeas, embora a cor de suas caldas seja igual em ambos os sexos, que se apresentam na cor preta. Além disso, enquanto os machos apresentam uma estrutura corporal um pouco mais longa e mais larga, as fêmeas se apresentam, geralmente, menos compridas e um pouco mais finas em sua largura do que os indivíduos machos da espécie.

O veneno da cobra real é muito menos tóxico do que à das cobras do tipo naja, que são conhecidas por serem as “primas” da cobra real. Apesar disso, a cobra real apresenta uma espécie de compensação a esse fato, uma vez que possuem a capacidade de inocular uma quantidade de veneno muito maior em apenas uma mordida do que as demais espécies de cobras peçonhentas que existem na natureza. Sendo assim, uma mordida de cobra real, muitas vezes, possui extrema capacidade de fatalidade, uma vez que essa mordida corresponde à inoculação de cerca de 7 ml de veneno com ação neurotóxica, o que acaba sendo suficiente para causar a morte inclusive de um elefante adulto.

Quando essa cobra se sente ameaçada, conforme já citado anteriormente, a capa que ela apresenta ao redor de seu pescoço se expande, a partir do momento em que ela realiza a elevação de cerca de um terço de seu corpo. Em seguida, a cobra real começa a emitir sons do tipo silvos, que podem inclusive serem confundidos com o rosnar de um cachorro. Dessa maneira, ela costuma se manter nessa exata posição e, ao mesmo tempo, inicia um movimento de aproximação a quem lhe está fazendo a ameaça, até fazer, por fim, o seu ataque, que pode ser fatal.

Um aspecto interessante com relação ao comportamento dessa espécie de cobra é a dança que o casal faz na ocasião do acasalamento. As cobras se enfrentam, ambas com as suas cabeças erguidas, sendo que o casal acaba se entrelaçando e permanecendo entrelaçados por muito tempo até a efetivação do acasalamento em si. A colocação de ovos se faz dentro de um tipo de ninho, que é produzido pela fêmea, um pouco antes da colocação dos ovos. Ela produz esse ninho a partir de folhas de ervas que ela encontra ao longo de seu hábitat. Cada fêmea põe uma quantidade de ovos que pode variar entre vinte a cinquenta. O que promove a incubação dos ovos é o calor do ninho que, na verdade, é produzido a partir da vegetação local e que faz com que esses ovos sofram eclosão dentro de sessenta até noventa dias após o momento em que são postos. Um pouco antes de isso ocorrer, a mãe acaba se afastando de seu próprio ninho, uma vez que dependendo de como estiver a sua dieta, ela pode acabar devorando os seus próprios ovos.

Da mesma maneira como as demais espécies de cobras, elas ficam bastante tímidas na presença de seres humanos e, portanto, acabam evitando o contato conosco e quando forçadas a se envolver com os humanos, podem se tornar ainda mais agressivas. Como a cada dia que passa os hábitats desse tipo de animal silvestre vem sendo destruídos, a cobra real se encontra como um dos animais vulneráveis e com alto risco de entrar em estado de extinção. Além disso, algumas populações asiáticas fazem a caça predatória dessa cobra, uma vez que se alimentam de sua carne, fígado e também de sua pele, que são órgãos também utilizados pela medicina tradicional.

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Répteis

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