Cavalo Alter Real

Quem gosta de cavalos certamente conhece a raça Altér-real. Chegou no Brasil trazida por D. João VI na época do reinado. Esse cavalo, cuja a raça é de Portuguesa era usadoon para servir a realeza.

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A História Do Altér Real

Os primeiros cavalos da raça Altér-real que se tem indício surgiram em 1748 e eles estariam na Casa de Braganza, em Villa do Portel, em Portugal.

O objetivo de se ter cavalos dessa raça era promover com eles equitação clássica, assim como usá-los para transportar as carruagens. Para tal, os cavalos Altér-real foram levados diretamente para os estábulos da família real, na cidade de Lisboa. Até então, esses cavalos não eram chamados pelo nome que os conhecemos nos dias atuais.

Eles passaram a ser os cavalos Altér-real depois de 8 anos, que deixaram Lisboa e foram levados para Altér. A transferência se deu pois a terra do local era considerada rica em minerais e portanto, os seus pastos ofereciam maior quantidade de nutrientes.

Daí o nome do Cavalo Altér-real, Altér referência a cidade e real porque ele servia a realeza de Portugal.

A Primeira Coudelaria Em Portugal

Coudelaria é o nnome dado pelos Portugueses para um centro completo equestre. Neste lugar, os cavalos são criados, treinados. Coudelaria para nós brasileiro se chama haras, que tem exatamente a mesma função.

Pois bem, a primeira coudelaria ou haras, se preferir, em Portugal, contava com 300 éguas andaluzas. Todas elas eram provenientes de Jerez de La Frontera, uma região da Espanha conhecida pela presença de garanhões árabes.

Os cavalos que foram levados para a coudelaria de Portugal logo ficaram conhecidos, pois foram promovidas apresentações em Lisboa. No ínicio do século XIX, porém, alguns desses cavalos foram roubados ou ficararam perdidos. Isso aconteceu durante um saque promovido por tropas enviadas por Napoleão, comandadas pelo general Junot.

O Fechamento Dos Estábulos Da Família Real

Não foi só primeiro ataque que causou perdas para a família real em sua coudelaria. No ano de 1834, mais uma vez, o local foi atacado, e a realeza decidiu por fim de vez nos estábulos reais.

Um pouco antes, o lugar tinha recebido raças de outros países, como cavalos ingleses, normandos, árabes e hanoverianos. Uma ideia de D. Maria Pia. Mas, que teve que ser suspensa.

Porém, não foi somente os ataques que levaram a ruína os haras da família real. Alguns experimentos que tiveram resultados negativos quase fizeram com que a raça Altér-real desaparecesse de uma vez por todas. Ela só conseguiu se salvar graças aos cavalos que foram importados.

Destruição Dos Arquivos Dos Estábulos

No ano de 1910, Portugal se tornava uma República e neste momento, todos os estábulos que tinham sido construídos na época do reinado foram destruídos.

A coudelaria em Portugal se foi junto com a monarquia e por isso, se imaginava que a raça Altér-real acabaria tendo o mesmo fim. Porém, Dr. Ruy d’Andrade, um importante entendedor de cavalos naquela época, imaginou que o fim das coudelarias significaria o fim daqueles animais que elas abrigavam, para evitar que a raça Altér-real desaparecesse, ele iniciou uma pequena criação. E deu certo, dos seus sucessores nasceram 2 garanhões.

Passados alguns anos, o Ministério da Economia decidiu que a criação de Altér-real deveria ser retomada. Isso aconteceu no ano de 1932. Desse momento em diante, o animal não só ganhou grande importância em Portugal, como a raça foi sendo melhorada.

O cavalo Altér-real cruzava com éguas selecionadas e adequadas. Mesmo assim, a quantidade dessa raça de cavalo não existe em grande quantidade, porém, a boa notícia é que não corre nenhum risco de desaparecer.

A raça de cavalos tornou-se uma referência a cultura e a história de Portugal.

As Características Do Cavalo Altér-real

Segundo entendedores de cavalos, os animais que podemos ver nos dias atuais, aqueles que estão sendo criados em Portugal, são bem semelhantes a raça original. Aquela que começou em 1700.

Considerando toda a história e o que a raça passou ao longo dos anos. Imaginar que hoje os cavalos são praticamente idênticos aos que existiram no seu surgimento parece impossível, mas é verdade.

O cavalo Altér-real é considerado vistoso, extravagante, um animal valente e portanto é um excelente animal para escolas de equitação.

A altura média de um cavalo Altér-real fica entre 15 e 16. Falando em coloração, normalmente, ficam entre cinza ou marrom. Tem o pescoço curvado, bem musculoso, porém pequeno.

Se observamos bem a cabeça de um cavalo Altér-real vamos encontrar uma grande semelhança com o Andaluz. Uma cabeça pequena cujo o perfil é levemente reto ou convexo. É uma característica que pode variar .

Possui um cauda com crina em grande quantidade e também vistosa, pois é bem volumosa e brilhosa.

Tem o corpo curto e a se observa uma leve inclinação com rabo de baixo inserção da garupa.

Sobre as características comportamentais do cavalo Altér-real são sensíveis, corajosos, inteligentes e com um caráter tão forte que é impossível confundir.

Curiosidades Sobre Cavalos

A “família” do cavalo está há mais de sessenta milhões de anos, essa é a linha evolutiva desse animal. Segundo estudos, parece que o cavalo é descendente de um animal que media cerca de 40 centímetros de altura e sua origem seria o Norte da América. Porém, esses animais desapareceram há mais ou menos 128 mil anos.

Existem várias raças de cavalos espalhadas pelo mundo. Porém, na forma física, elas são bem parecidas. Um característica comum é o pescoço longo e musculoso e as ancas. As orelhas costumam ser pontudas e o cavalo tem uma ótima audição.

Os cavalos que chamamos de selvagens aparecerem na época da Pré-história, porém, não em todo mundo. Esses animais estiveram presente na Europa e na Ásia durante essa época. Porém, com um tempo e a domesticação dos animais, além da caça, os cavalos selvagens começaram a desaparecer.

No Brasil, os cavalos chegaram em três momentos diversos: a primeira vez que chegaram cavalos no Brasil foi em 1534, eles foram levados para a Vila de São Vicente; a segunda leva de cavalos que chegou no nosso país foi em Pernambuco, um ano depois, em 1535; a terceira leva de cavalos foi trazida por Tomé de Sousa e os animais chegaram na Bahia.

O cavalo Alter Real foi criado, exatamente como sugerido pelo seu nome, para servir à realeza. Durante alguns anos, passou por dificuldades, já que a grande maioria da sua espécie foi morta ou se perdeu, mas com a introdução de sangue novo em sua composição, o cavalo sobreviveu.

Ele é um cavalo de porte clássico e perfeitamente adequado à alta escola de equitação. Pode chegar a medir entre 1 metro e 52 centímetros até 1 metro e 62 centímetros de altura, tendo uma pelagem variada e rica, que passa pelo marrom, castanho e também alazão.

É um tipo de cavalo usado hoje em dia para a sela, montaria comum, desportos e também é uma raça muito adequada ao adestramento.

Os criadores desta raça investem em manter a sua pureza para que não corram o risco de serem perdidos mais uma vez como quase o foram no passado.

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