Animais Cordados: Características e Subdivisões

Animais Cordados          

Os animais cordados, cujo nome é originado do Latim Chorda ou corda, fazem parte de  um filo no reino Animália, no qual estão inclusos os anfioxos, vertebrados e ainda os tunicados. Estes seres possuem características especiais como a simetria bilateral, um sistema de digestão completo, notocorda, fendas branquiais, um tubo dorsal nervoso, e, finalmente, uma cauda pós-anal, presente em apenas uma fase da vida.

Características

Os cordados partilham de características com diversos animais invertebrados aqueles sem notocorda, especialmente caracterizada ao plano estrutural, como, por exemplo: metamerismo, eixo anteroposterior, simetria bilateral, e a cefalização. Desse grupo ainda fazem parte aqueles seres que estão prontos para a vida no ar, na terra e na água.

Os cordados, em união com outros dois filos, o Echinodermata, e o Hemichordata compõem o grupo da Deuterostomia, dos deuterostômios, conectados por vários feitios embrionários peculiares, no formato das larvas, da cavidade do peritônio ou peritonial (evoluído nos invertebrados), além do desenvolvimento das aberturas embrionárias.

Na parte interna os cordados são separados em três subfilos:  Cephalochordata, Urochordata,  e Vertebrata, especialmente baseado nas singularidades da notocorda. Nos indivíduos urocordados, a fase larval possui tubo neural e notocorda, sendo que as duas desaparecem no estágio adulto.

Já os seres cefalocordados possuem tubo neural e notocorda, porém, sem a presença de vértebras. Enquanto que nos vertebrados, exceto nas espécies Myxini, as feiticeiras, a notocorda foi diminuída e o tubo neural foi envolvido por uma cartilaginosa coluna vertebral ou óssea.

As ligações filogenéticas desses animais não são ainda bem entendidas, havendo diversos esquemas de classificação que se conflitam. Várias de suas classes são parafiléticas, sem atender às cobranças da cladística, na qual apenas os táxons monofiléticos têm reconhecimento como indivíduos taxonômicos válidos.

No ambiente ecológico, os cordados fazem parte dos animais mais adaptáveis facilmente, sendo capazes de ocupar grande parte dos habitats existentes. Esses animais se separam em protocordados, sendo aqueles mais primitivos, que não possuem a caixa craniana e nem a coluna vertebral e ainda os eucordados, que têm aparência mais evoluída, já que, além de terem coluna vertebral também possuem o crânio acompanhado do encéfalo.

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Cordados

Eles fazem parte de um filo de animais baseados em um plano de corpo bilateral. Esse filo é separado em razão de desenvolverem ao longo da vida as características seguintes:

  • Uma corda de dorso, ou seja, é um talo bastante duro feito de cartilagem que segue durante todo o corpo. Nos grupos dos vertebrados cordados, essa corda dorsal cresce na Vértebra. Nos animais essencialmente aquáticos isso auxilia o animal a se movimentar dentro d’água fazendo a flexão da cauda.
  • Em outros vertebrados e nos peixes, o tubo neural se desenvolve a partir da medula ou espinha, sendo a parte principal de comunicação com o sistema nervoso.
  • Os cordados ainda apresentam as aberturas na abertura localizada logo atrás da boca, ou seja, na faringe. Nos peixes essas aberturas são transformadas para fazer a Brânquia. Porém, em determinados cordados incluem um sistema de alimentação através da filtragem que retira partículas de alimento da água em que habitam.
  • Também possui um sulco no ventre, chamado de Endóstilo. Na alimentação através do filtro, ocorre a produção de muco para recolher partículas de alimento, que auxiliam no transporte da alimentação até o estômago. Além disso, ainda faz o armazaenamento de iodo, que pode ser um antecessor dos vertebrados na tireoide.

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Subdivisões

Craniata

Há três subdivisões dos Cordados, dentre elas está o craniata, que possuem crânios distintos. A maioria deles são animais vertebrados, nos quais a notocorda é transformada em coluna vertebral. Ela é formada a partir de uma série de vértebras em formato cilíndrico, cartilaginosas ou ósseas, quase sempre com arco neural que fazem a proteção da medula espinhal e com parte que fazem a ligação das vértebras.

Há algumas espécies, como os Peixe-bruxa que possuem uma cobertura craniana incompleta e não possuem vértebras, em razão disso não podem ser tidos como animais vertebrados, e sim indivíduos craniata, os animais dos quais se imagina que os seres vertebrados tenham evoluído.

Enquanto isso, podemos observar que os indivíduos chamados de lampreias possuem duas determinações. Já que possuem caixas cranianas completas e ainda a presença de  vértebras rudimentares e, por isso, podem ser tida como verdadeiros peixes e animais vertebrados.

Ocorre que, estudos que se utilizam de características bioquímicas para fazer a classificação dos organismos, mostram que esses animais podem fazer parte do grupo dos peixe-bruxa e dos animais vertebrados.

“Anfioxos”: Cephalochordata

Os cephalochordata são pequenos animais, com aparência semelhante a de peixe que não possuem cérebros, mas a cabeça definida claramente, além de especializados órgãos sensoriais. Se alimentam através de filtros e podem ser os indivíduos vivos, ou familiares mais próximos dos craniates ou ainda aqueles animais dos quais os demais Cordados evoluíram.

“Tunicados”: Urochordata

Grande parte dos tunicados surgem como animais adultos em duas principais formais, semelhantes a sacos de geleia que não possuem os recursos normais dos demais Cordados: Os animais chamados de “sea squirts” fazem uso basicamente de aparelhos de alimentação e de bombas de água.

Os Salpida flutuam dentro d’água, e se alimentam essencialmente de plâncton e possuem um ciclo de gerações onde uma delas é solitária e a outra se caracteriza por colônias parecidas com cadeias. Entretanto, todas as larvas do gênero tunicado possuem semelhanças aos Cordados padrão, inclusive caudas parecidas com as dos girinos; além de rudimentares cérebros, sensores de inclinação e de luz.

O terceiro principal grupo de tunicados, o chamado de Appendicularia continua com uma aparência semelhante à de um girino e ainda o sistema de natação ativo em todas as suas fases de vida, sendo considerado durante longo tempo como larvas de indivíduos de outros grupos. Como suas larvas possuem uma cauda longa, os tunicados são chamados também de cordados com cauda ou urochordata.

Evolução e Origens

Sua origem ainda não é conhecida. Os primeiros animais da espécie a serem identificados eram semelhantes aos peixes ou ainda aos lanceolados existentes no período Cambriano. Grande parte das especulações sobre sua origem está presente em variações de suas principais categorias:

  • Animais parecidos com vermes que nadavam.
  • Um filtro tubular que evoluiu em uma espécie que possuía nadadeiras;
  • Uma larva que nadava e que continuou com suas nadadeiras quando adulta.
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