Tartaruga Cabeçuda

Extinção e proteção da Tartaruga Cabeçuda

Tartaruga Cabeçuda

A tartaruga-cabeçuda é o tipo mais comum encontrado nas águas salgadas em todo o mundo. Devido a sua popularidade, são conhecidas também por outros nomes, variando de acordo com a região: tartaruga-amarela, tartaruga meio-pente, tartaruga-mestiça ou tartaruga-comum. Ela é a única tartaruga marinha que faz sua desova nas praias do município de Anchieta no Estado do Espírito Santo, porém sua grande desova em território nacional é concentrada na praia da Guanabara no Estado do Rio de Janeiro.

Características

Espécies

Espécie de réptil onívora que se alimenta de crustáceos (pois tem mandíbulas fortes capazes de triturar as conchas e carapaças de moluscos e crustáceos), principalmente camarões, moluscos, águas-vivas, hidrozoários, ovos de peixes e algas. Tem a cabeça consideravelmente maior do que as outras espécies de tartarugas marinhas, com tamanhos que chegam a 25 centímetros. Seu dorso é marrom com o ventre de cor mais amarelada e a carcaça tem uma medida curvilínea média de 110 centímetros de comprimento, chegando a pesar o equivalente a 150 kg (algumas já apresentaram até 250 kilos) quando atinge médio porte.

As tartarugas-comuns vivem geralmente nas profundidades rasas, em média até cerca de 20 metros do nível da borda, porém há registros que comprovam mergulhos de tartarugas em até 230 metros de profundidade. São animais marinhos que preferem regiões de águas mais claras e mornas, pouco profundas e com poucas correntes e baías. O ciclo reprodutivo dessa espécie ocorre a cada dois ou três anos, em geral no final de junho, quando elas se dirigem até a costa para realizar a desova (escolhem geralmente uma praia deserta ao entardecer e, durante a noite, enterram seus ovos em buracos de aproximadamente 40 a 75 cm de profundidade. A média de ovos é de 60 a 200 no período de uma hora.

A tartaruga-cabeçuda e o projeto TAMAR

Riscos

As tartarugas-cabeçudas, apesar de serem encontradas em grandes quantidades por todo o planeta e principalmente no Brasil, já correm o risco de extinção e precisam do auxílio de projetos sociais destinados à recuperação de ambientes marinhos e das espécies que fazem parte desse ecossistema.

Um dos projetos mais engajados com a sobrevivência dessas e de outras espécies de tartarugas é o Projeto TAMAR (Projeto Tartarugas Marinhas). Mesmo não sendo muito procurada pela sua carne, a tartaruga-cabeçuda ainda sofre com a comercialização de seus ovos em alguns países. Mas a ação humana não é o maior fator que prejudica sua espécie, pelo menos não diretamente. O que mais atrapalha a continuação da espécie são as capturas acidentais que ocorrem durante as épocas de pesca.

O projeto TAMAR realiza ações de conservação e estudos sobre a vida marinha. Sua principal missão é a conservação e o manejo de cinco espécies de tartarugas marinhas que estão no litoral brasileiro. Os trabalhos do projeto TAMAR inicialmente eram direcionados exclusivamente à sobrevivência das tartarugas, porém depois de algum tempo tornou-se nítida a necessidade de estender o projeto para outras vidas marinhas. O objetivo é que, através da proteção às tartarugas, seja recuperado também o ecossistema marinho costeiro e o desenvolvimento sustentável das comunidades.