A cobra-rateira, cientificamente conhecida como Malpolon Monspessulanus, é uma das maiores que há em toda a Europa, medindo entre 1,50 até mais de dois metros. Essa espécie está distribuída por toda parte sul da Europa, passando pela Península Ibérica, parte mediterrânea da França e chegando até o norte do Continente Africano.
Ela se alimenta de animais de pequeno porte, incluindo aves, répteis e mamíferos, e ainda outras cobras menores, porém, seu prato preferido são os roedores, daí o nome cobra-rateira. Como outras várias espécies, essa cobra é muito venenosa, mas por possuir o armazenamento do veneno na parte posterior de sua boca, quase nunca consegue injetar a substância quando dá o bote.
A cobra-rateira possui o processo reprodutivo de forma sexuada, sendo ovípara. Como seu habitat, prefere os lugares muito secos, arbustivos e rochosos, em solos de planície e com altitude mediana. Todos seus alimentos são carnívoros, por isso são predadoras ferozes, sendo necessária a captura de suas presas através da perseguição, sentindo prazer através desse instinto.
Ela consegue matar sua presa através da inoculação do veneno, com componentes extremamente tóxicos, mas não é problema para o ser humano, já que prefere fugir ao menor sinal de perigo, ao contrário de outras espécies que esperam para atacar. Seu bote é caracterizado por um sibilar e ainda levanta a parte superior do corpo em posição de ataque, pronta para morder.
Apesar de ser um animal bastante temido pelo ser humano, principalmente em razão do veneno e ainda pela aparência, ela é fundamental para manter o equilíbrio ecológico nas regiões em que vive, por se alimentar de ratos e consumir ovos de anfíbios e répteis. Além disso, em situações de fome extrema, a cobra-rateira é capaz de comer animais de sua própria espécie, já que o que fala mais alto é o instinto de sobrevivência.
Seus predadores mais próximos são as aves de rapina como águia, coruja, tanto as noturnas como as diurnas e também alguns mamíferos como o javali e o sacarrabos. Como já foi dito, elas preferem ambientes pedregosos, mas também podem se adaptar a outro habitat como bosques, zonas agrícolas, jardins e ainda a zona urbana, principalmente casas abandonadas.
As cores da cobra-rasteira estão entre o castanho e o verde-oliva, sendo que algumas delas apresentam manchas e listas dispersas, porém, o comum é que sejam de apenas uma cor. Como as demais cobras, elas apresentam cabeça acentuada e corpo longo e esguio. Essa espécie de cobra prefere sair para a caça durante o dia, ou seja, de hábitos diurnos, no entanto, em dias mais quentes, pode sair no entardecer. Em época de reprodução, essa espécie chega a por em média vinte ovos, que eclodem após o prazo de sessenta dias. Diferentemente de outros países, essa espécie é a maior encontrada na Europa.
A cobra-rateira, de nome científico Malpolon monspessulanus, é uma cobra muito comum em toda a bacia do Mediterrâneo. Ela pode chegar a ter até 2 metros de comprimento, e pesar até um quilo e meio, não sendo, portanto, uma cobra de grande porte.
Esta cobra é bastante ativa durante o dia, e se alimenta principalmente de lagartos. Esta espécie não está ameaçada pelas suas interações com seres humanos, e não consta em nenhuma lista de animais em perigo de extinção. Apesar de ser morta por carros ou outros acidentes, ela mantém um bom número de reprodução, e também pode ser encontrada em determinadas áreas protegidas.
Embora seja venenosa, a cobra-rateira não é perigosa para os seres humanos. Elas têm presas que ficam na parte posterior de sua boca, o que reduz as chances de o veneno atingir a pele do ser humano, e, além disso, seu veneno tem baixa taxa de toxicidade.