Animal
Mão-pelada é o nome popular do animal Procyon cancrivorus, um mamífero e carnívoro que tem uma grande semelhança com os guaxinins, mas se difere devido a ausência das patas com manchas brancas. É encontrado em regiões tropicais de ambos os lados da Cordilheira dos Andes e agora também pode ser encontrado na Costa Rica, Brasil, Uruguai e norte da Argentina. Seu rosto é esbranquiçado, com uma espécie de máscara preta nos olhos, cauda preta com anéis branco amarelados e pernas sem pelos, possuem garras. Mede de 23 a 30 cm de altura, o comprimento do corpo com a cabeça é de 42 a 70 cm e a cauda de 20 a 41 cm, e chegam a pesar até 15 quilos. Ele se alimenta principalmente de caranguejos, camarões, peixes, pássaros pequenos, caramujos, insetos, tartarugas e sapos, também come frutas, sementes e alguns legumes. Se refugia em árvores ocas, fendas de rochas, tocas abandonadas de outros animais, mas sempre perto de cursos de água.
Características do Mão-Pelada
Esta espécie é noturna, terrestre e solitária, muito pouco se conhece sobre a sua ecologia ou comportamento, embora a informação existente esteja disponível a partir de estudos feitos em cativeiro. Muitas vezes acredita-se que ele so pode ser encontrado em costas e habitats ribeirinhos, mas foram encontrados em alguns ambientes não-aquáticos em determinadas épocas do ano.
É uma espécie raramente vista em florestas, mas ela é encontrada em planícies e florestas verdes. Na zona onde se encontra o guaxinim comum, o mão-pelada comumente é encontrado em mangues, principalmente para comer caranguejos, e também pode ser encontrado em rios de águas doce. As ameaças a esta espécie incluem a retirada de peles, o uso para a prática de tiro, o comércio de animais, e, em algumas áreas, destruição do habitat, tendo a chuva como principal culpado. Projetos de desenvolvimento e destruição dos mangues também contribuem para o declínio da população regional de animais da espécie mão-pelada.
Reprodução do Mão-Pelada
Os machos são polígamos, acasalam-se com várias fêmeas em sucessão, mas as fêmeas rejeitam os machos, uma vez que já está acostumada com o cheiro de outro. Ambos os sexos atingem a maturidade sexual depois de um ano e já podem se reproduzir. No entanto, os homens mais jovens geralmente não se reproduzem porque não podem competir com os grandes, os machos mais velhos, que certamente conseguem mais facilmente encontrar uma fêmea para acasalar. O acasalamento ocorre uma vez por ano, entre julho e setembro. O período de gestação dura cerca de 60 a 73 dias e pode render de 2 a 7 filhotes, apesar de 3 ou 4 filhotes por ninhada ser o mais comum. As fêmeas dão à luz suas crias em tocas localizadas em fendas de rochas, ocos de árvores, ou nas tocas abandonadas de outros animais.
Por Heloisa Prado