As espécies animais espalhadas pelo mundo são muitas e cada uma tem suas próprias características, bem como um tipo de habitat preferido. A grande maioria delas é lembrada por seu grande porte, como os dinossauros, que assustam as pessoas até hoje, mesmo sem nunca terem se encontrado com eles.
Por outro lado, o Brasil, como o país com a maior diversidade da fauna e flora do mundo, tem espécies com peculiaridades invejáveis e que quase passam despercebidas, devido ao seu minúsculo tamanho. Um exemplo é o Juliomys pictipes, um gracioso roedor, pertencente aos Cricetidae, a mesma família dos hamsters e camundongos, só que ele não chega a ser maior do que o polegar de um homem adulto.
Os roedores fazem parte da família dos mamíferos e constituem o maior números de espécies desse gênero, cerca de 2000. O Juliomys pictipes tem proporções aproximadas de 75 a 104 milímetros e a cauda é de 121 milímetros. Seu peso, pasmem, um luxo, chega a 24 gramas, dá pra carregar no bolso da camisa. É um tipo muito diferente de um outro roedor muito conhecido de nossas estradas, a capivara, que tem seu peso aproximado de 45 quilos e está sempre transitando por áreas onde há rios, já que vive grande parte do tempo neles.
O habitat desse roedorzinho, o Juliomys pictipes, é a floresta, de preferência a Mata Atlântica, com clima úmido e temperado. Ele é um animal terrestre, presa fácil de grandes aves de rapina, cobras e outros animais.
Sua aparência é agradável, pois não se assemelha aos ratos que estamos acostumados a ver saindo do esgoto, todos sujos e feios. Os Juliomys pictipes têm suas costas com cor marrom clara, em tom de ocre, os pelos do focinho são meio amarelados, as patas e orelhas são pequenas e com pelos brancos, a cauda é formada por duas cores e a pelagem é bem curtinha.
Um parente próximo deste roedor foi descoberto recentemente e, apesar de ser parecido, já é reconhecido como uma nova espécie, que recebeu o nome de Juliomys ossitenuis. Tem como principais diferenças a sobrevivência em árvores, e não terrestre como seu primo, e o fato de que se alimenta de frutas, já que elas estão em grande quantidade no alto das árvores.
Por ser a Mata Atlântica o principal habitat desses animais, o risco maior é que se propaguem por outras regiões e não encontrem a alimentação adequada. Isso com certeza desencadearia um desequilíbrio ecológico, já que os roedores são capazes de se adequar a todos os tipos de clima, exceto o gelado, ou seja, o Antártico, e também podem sobreviver em diversas altitudes.
Além dos conhecidos ratos, que cruzam nosso caminho e nos causam tanto asco por frequentarem os esgotos e outros lugares mais sujos, fazem parte dessa grande família as pacas, os esquilos, as cutias e os castores.