Sabiá
Você sabia que uma das espécies de sabiá é um dos símbolos do nosso país? Pois é, desde 2002 foi decretado que o sabiá laranjeira se tornaria o animal símbolo do Brasil, esse pássaro, além disso, alguns anos depois ele foi escolhido também como o animal oficial do estado de São Paulo, afinal o sabiá é um pássaro brasileiro que pode ser visto em todos os cantos do nosso país, é um dos animais mais abundantes nas nossas cidades e é um verdadeiro charme.
A importância do sabiá para o nosso país, para o nosso ecossistema e para o nosso meio ambiente é tanta que esse animal ganhou um prestigio de dia para chamar de seu, o dia do sabiá é comemorado junto ao dia da ave, que por sua vez é registrado na data de 5 de outubro. Além do sabiá laranjeira que talvez seja o mais falado entre os outros de sua espécie, temos também algumas outras espécies que são tão ou talvez até mais comuns no território brasileiro, entre elas estão o sabiá branco, o sabiá ferreiro, o sabiá de coleira e também o sabiá da mata.
Não é à toa que a arte brasileira ao longo do tempo já fez tantas homenagens a esse charmoso pássaro, ele já foi homenageado em canções, em vídeos, em poemas, em histórias, importantes textos e artistas da cultura brasileira já citaram o sabiá. Um dos mais famosos trabalhos que falam sobre esse passarinho é a “Canção do exílio” um dos grandes marcos da cultura brasileira, um poema que foi escrito pelo grande artista Gonçalves Dias, um importante poeta de seu tempo, filho de um português e uma legitima brasileira mestiça de negros e índios, no final das contas ele é um dos pássaros mais fácil de serem vistos em todos os lugares, desde as cidades, até os campos e zonas rurais.
As suas características físicas são até bem discretas quando consideramos algumas outras espécies brasileiras, ele tem a parte de cima do seu corpo em um tom meio bege, com caramelo, com toques de marrom claro e até um pouco acinzentado, além da sua parte superior, as suas asas, assim como também a sua calda segue as mesmas tonalidades descritas acima, dessa forma somente a parte inferior do seu corpo que difere um pouco e ganha cores um pouco mais coloridas, em uma das espécies mais comuns de sabiá, o seu peito segue a cor laranja, que as vezes pode parecer um vermelho ferruginoso, os seus olhos são pretos.
Sabiá
Uma especificidade de algumas espécies de sabiás é que as fêmeas têm as suas tonalidades mais escuras e são maiores do que os machos em tamanho, no caso do famoso sabiá laranjeira, as fêmeas na maioria das vezes tem o mesmo tamanho do macho, não apresentando tanta diferença visível em relação as suas medidas. A média de tamanho da espécie é de 25 centímetros sendo, portanto, um pássaro considerado médio em porte corporal.
Esse pássaro tem uma época de reprodução especifica, que acontece com uma única fêmea, eles ficam juntos pelo período de reprodução e até que os filhotes sejam maduros suficientes para viver sozinhos, eles constroem um ninho para acomodar os filhotes. O sabiá não é uma espécie que costuma ter muitos filhotes, a cada gestação são em média dois, podendo ser apenas um ou em casos mais raros mais de 2 filhotes. Os pássaros são ovíparos, portanto, há um tempo necessário para que os ovos dos sabiás sejam chocados, esse tempo é de aproximadamente 13 dias, podendo variar de acordo com as condições do ambiente, ou com as condições da saúde da mãe no momento da reprodução.
Quanto Tempo Um Filhote De Sabiá Demora Para Sair Do Ninho?
Filhote De Sabiá
Após a fêmea botar os ovos, tem o período de chocar os ovos, assim como acontece com todas as espécies ovíparas, após o filhote nascer, sair de dentro da proteção da casca dos ovos, ele ainda está muito frágil e precisa dos cuidados e da ajuda dos seus pais por um período de tempo. Esse tempo em geral é de mais ou menos 35 dias, para que ele tenha condições corporais e mentais de conseguir voar e começar a se virar, antes desse tempo ele é exclusivamente cuidado pelos seus pais, tanto a fêmea quanto o macho, ambos são responsáveis pelos cuidados e o mais importante, pela alimentação dos passarinhos que acabaram de nascer.
Uma curiosidade sobre o sabiá, em especial sobre o sabiá laranjeira é que ele é conhecido como um dos pássaros mais fieis do mundo animal, pois ele prefere ficar sem seu bando, seu grupo de companheiros, do que sem a fêmea que escolheu para a reprodução, sendo assim por todo o tempo de acasalamento e de cuidados com as crias, ele não se desvincula da fêmea e nem a fêmea do macho, até que seus descendentes possam viver por si só, sendo que todo o trabalho como recentes pais é igualmente dividido, revezado ou feito em conjunto.
Curiosidades Sobre O Sabiá
Sabiá se Alimentando
Esse pássaro é um dos mais importantes da nossa flora e fauna, sim isso mesmo, flora e fauna, porque apesar dele ser parte da fauna brasileira, ele é um das aves mais importantes em termos de flora, pois ele é responsável pelo espalhamento de sementes de muitas espécies de plantas, frutíferas ou não, ele se alimenta e depois espalha as sementes em diversos locais, as vezes em locais bem distantes da árvore original, o que é responsável por grande parte do reflorestamento das nossas matas no Brasil a fora, afinal todos nós já passamos por um momento de ver uma plantinha começar a crescer aparentemente “do nada”, mas na verdade, na grande maioria das vezes uma semente foi dispersada ali por um pássaro e uma das espécies mais responsáveis por esse trabalho é o sabiá.
O período de cantorias do sabiá começa em setembro e normalmente vai até fevereiro, nessa época ele canta praticamente o dia todo, no entanto, o seu canto não é algo padronizado, já que o sabiá aprende a cantar ao longo de sua vida, adquire trejeitos a partir de outros pássaros ou de sons que ele normalmente escuta, por isso o seu canto não é natural, ele é aprendido e pode ir mudando ao longo das fases da sua vida. Em todo o ano, o horário que mais se escuta o sabiá cantar é no período do final da tarde, quando vários indivíduos acabam por disputar os melhores lugares para poder se acomodar, se proteger, para passar a noite, para descansar e para dormir.
