O Sabiá Laranjeira (Turdus rufiventris) é uma ave de pequeno porte com uma aparência bastante interessante, suas penas são em maioria pardas tendo algumas penas vermelhas puxando para um tom de laranja na região do ventre. O bico desse pássaro é amarelo-escuro. Uma curiosidade é que esse pássaro é considerado como um símbolo do Brasil e também do estado de São Paulo.
Essa simpática ave é conhecida popularmente também como Sabiá-Cavalo, Sabiá-Coca, Sabiá-Poca, Sabiá-de-Barriga-Vermelha entre outros. O período de incubação dos ovos de Sabiá Laranjeira é de cerca de 13 dias, se você quer saber mais sobre essa interessante ave, que já inspirou inúmeros poetas, continue lendo.
Diferentes Espécies de Sabiá Laranjeira
Já foram catalogadas 12 espécies de sabiás no Brasil, é interessante mencionar que muitas vezes uma espécie tem diversos nomes populares devido a sua distribuição geográfica por várias regiões do país. Uma lenda indígena antiga diz que quando uma criança escura o canto do sabiá durante a madrugada no começo da primavera receberá bênçãos como amor, felicidade e paz. O nome desse pássaro em tupi significa ‘aquele que reza’ em referência a suavidade do seu canto.
Subespécies de Sabiá Laranjeira:
A seguir vamos apresentar as subespécies de Sabiá Laranjeira.
Turdus Rufiventris Rufiventris
Uma subsespécie encontrada nas regiões Sul e Sudeste do país tem ventre de cor vermelho ferrugem com um tom de laranja mais destacado.
Turdus Rufiventris Rufiventris
Turdus Rufiventris Juensis
Encontrado na região Nordeste do Brasil tem uma coloração mais clara em seu ventre. Já foram registrados alguns indivíduos dessa subespécie nas regiões Sul e Sudeste.
Turdus Rufiventris Juensis
Habitat do Sabiá Laranjeira
Essa ave costuma ser encontrada em habitats compostos por ambientes abertos como pomares, entorno de estradas, quintais, praças entre outros que tenham alguma proximidade com a água. Trata-se de um dos pássaros mais abundantes do Brasil estando distribuído em quase todos os estados com litoral além de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Também faz parte da fauna de países vizinhos como Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Durante o inverno migra para regiões mais quentes.
Alimentação do Sabiá Laranjeira
De maneira geral a dieta do Sabiá Laranjeira é composta por insetos, frutas maduras, minhocas, larvas e frutas como a laranja e o mamão. Pode se alimentar ainda de coquinhos de palmeiras. Para os pássaros domésticos é importante acrescentar larvas de tenébrio a sua alimentação durante o período de reprodução para que os filhotes tenham mais nutrientes.
Reprodução do Sabiá Laranjeira
A reprodução do Sabiá Laranjeira, na natureza, acontece entre os meses de setembro e janeiro, entre a primavera e o verão. Essas aves estão prontas para o acasalamento a partir dos 12 meses de vida. Assim que as chuvas de agosto se iniciam os machos começam a cantar para atrair fêmeas e começam a demarcar o território.
O macho e a fêmea escolhem então um local para construir seu ninho a partir de folhas e gravetos com reforço de barro quando se mostra necessário. Os filhotes terão como berço em grande parte dos casos forquilhas de árvores de porte médio. Uma fêmea de Sabiá Laranjeira faz geralmente três posturas por ano sendo que em cada uma bota de dois a três ovos. Podem nascer entre seis e novo filhotes a cada temporada.
A eclosão dos ovos geralmente acontece com 13 dias de incubação e quando os filhotes completam 13 dias de vida já começam a sair do ninho. Com cerca de 35 dias os filhotes já podem ser separados da mãe. O macho e a fêmea se reveza para construir o ninho e alimentar os filhotes.
Canto do Sabiá
A finalidade principal do canto dos Sabiás é demarcar território e atrair as fêmeas. Tornou-se um dos símbolos nacionais após ser citada na ‘Canção do Exílio’ de Gonçalves Dias. Trata-se de uma habilidade aprendida de maneira que se um sabiá de uma espécie conviver com sabiás de outra espécie pode acabar tendo sua melodia contaminada.
Falta de Adaptabilidade
Sabiás são aves com grande dificuldade para se adaptar a ambientes estranhos e a objetos distintos. Não é recomendado retirá-los dos locais com os quais ele está acostumado. Nos momentos em que ele fica assustado começa a bater sua cabeça na gaiola para demonstrar seu descontentamento. Já ouve casos em que a ave foi a óbito devido aos ferimentos.
