Quais Os Tipos De Sabiá? Especies Com Nome E Fotos

Sabiá

O famoso sabiá faz parte da ordem Passeriformes e normalmente pertence à família Turtidae, quando assim é, ele pertence ao gênero Turdus, no entanto ele pode também ser da família Mimidae. Acredita-se que o ancestral comum à todos os sábias, tenha aparecido inicialmente na Europa, tendo posteriormente migrado para a América, o que provavelmente ocorreu a mais ou menos uns 20 milhões de anos atrás, onde evoluiu e se desenvolveu na espécie de pássaros que hoje conhecemos.

O sabiá é um pequeno pássaro brasileiro que muitas vezes é deixado de lado pela população como um dos símbolos nacionais, isso porque tantas vezes outras aves maiores e mais coloridas como o tucano, o papagaio ou até mesmo a arara azul acabam por chamar mais atenção à primeira vista, no entanto, ninguém pode negar que o sabiá é um dos mais brasileirinhos entre todos os animais da nossa fauna.

O sabiá está presente tanto na zona rural, quanto nas zonas urbanas das cidades e de fato ele é uma das aves mais adaptadas a viver nas cidades. Uma curiosidade é que não se encontra esse passarinho nas áreas de floresta Amazônica, é muito muito raro, no restante do território do nosso país ele pode ser facilmente encontrado.

O sabiá por sua vez é uma ave nativa da América do Sul, ele é originário principalmente dos países Argentina, Paraguai, Uruguai, subindo até a Bolívia e Brasil. No nosso país ele foi decretado como o pássaro símbolo do estado de São Paulo, isso desde meados do século passado e mais recentemente no ano de 2002, ele foi considerado o pássaro símbolo das comemorações do instaurado dia da ave. Uma grande homenagem ao sabiá laranjeira foi ser escolhido para estar no símbolo (emblema) oficial brasileiro, que por sua vez foi feito especialmente para a Copa das Confederações.

O sabiá ao contrário de tantas outras espécies de animais, contam com um grande número de indivíduos vivendo soltos por aí, portanto é um grupo de animais que é considerado estável e que está fora das listas dos ameaçados de extinção. Dentro da denominação sabiá existem muitas variações de espécies, a seguir vamos falar um pouco mais de cada uma delas para vocês.

Espécies de sábias

Sábia Norte Americano

O nome cientifico dessa variação de sabiá é Catharus fuscescens. Essa espécie tem uma coloração que se assemelha a um marrom ferrugem, enquanto que a sua parte inferior do corpo tem uma coloração mais clara, muitas vezes branca. O seu pescoço pode ser amarelo e a sua cabeça normalmente é amarronzada assim como o seu corpo.

Sábia Norte Americano

Sábia Norte Americano

Dentro dessa espécie ainda existem 4 diferentes subespécies, que variam em algumas poucas, mas destacáveis características, no entanto o principal é o seu habitat, esse é fato que mais se diferencia entre uma e outra. As suas subespécies são:

  • Catharus fuscescens fuscescens
  • Catharus fuscescens fuliginosus
  • Catharus fuscescens salicicola
  • Catharus fuscescens subpallidus

Dentre as espécies citadas somente a Catharus fuscescens subpallidus não tem chance de chegar em território brasileiro, todas as outras podem passar por aqui principalmente nos períodos do inverno norte americano. Eles comem pequenos insetos, aranhas, frutas e algumas sementes e bagas.

Sabiá Coleira

Sabiá Coleira

Sabiá Coleira

Essa espécie tem como nome cientifico Turdus albicollis Vieillot. O seu nome é em decorrência da suas penas e colorações, isso porque ele tem a característica de ter o seu pescoço em uma cor preta, mas que sempre é quebrada por uma rajada na cor branca.

A parte inferior do seu corpo é mais clara, variando de cinza a branco, enquanto que a parte superior do seu corpo é mais escura, um marrom ferrugem, esse pássaro ainda conta com um ponto na lateral do abdômen em uma cor mais laranja. O sabiá coleira possui algumas diferentes subespécies que variam principalmente por causa da sua área territorial e seu habitat natural. São elas:

  • Turdus albicollis albicollis 
  • Turdus albicollis contemptus 
  • Turdus albicollis crotopezus 
  • Turdus albicollis paraguayensis 
  • Turdus albicollis phaeopygus 
  • Turdus albicollis phaeopygoides 
  • Turdus albicollis spodiolaemus 

A grande maioria deles habita a América do Sul, podendo também ser encontrados em algumas localidades da América Central, como por exemplo na ilha caribenha, Trinidad e Tobago. Essa espécie se alimenta essencialmente de frutas, isso faz dela uma espécie onívora, suas preferidas é banana e mamão.

Sabiá Poca

Sabiá Poca

Sabiá Poca

O nome cientifico desta variação de sabiá é Turdus amaurochalinus Cabanis. Essa espécie é uma das mais populares em todo o território nacional e também uma das mais conhecidas pelas pessoas. No Brasil a fora ele recebe também muitos outros nomes além do seu original, como sabiá do bico amarelo ou sabiá do peito branco.

Esse animal costuma ter sempre o bico amarelo e uma região com penas pretas no seu rosto, geralmente é a região frontal que fica entre os seus olhos e o seu bico. O seu corpo apresenta a parte superior mais escura e a parte inferior mais clara, a parte mais escura varia em tons de marrom, a mais encontrada é o marrom ferrugem. Vale lembrar que quanto mais próxima está a época da reprodução, mais amarelo em um tom vivo fica o seu bico.

Mais alguns fatos interessantes sobre o sabiá poca é que eles não apresentam o famoso dimorfismo sexual, quando ou o macho ou a fêmea são em média maiores do que o outro sexo, além disso nessa espécie não há nenhuma subespécie, sendo assim ela é chamada de monotípica. Seus principais alimentos não são muito diferentes dos outros animais, eles gostam de frutas e pequenos insetos, invertebrados em geral.

Sabiá Barranco

Sabiá Barranco

Sabiá Barranco

O nome cientifico desse pássaro é Turdus leucomelas Vieillot, ele ainda recebe muitos outros nomes dados na linguagem popular, tal como sabiá da barranqueira, sabiá fogueteiro, sabiá tipo branco, capoeirão, sabiá da cabeça cinza, entre outros, geralmente cada nome é característico de uma região do país.

Esse sabiá muitas vezes é conhecido como um animal semi florestal, isso porque ele não vive muito em florestas, mas em regiões de transição das cidades para as matas fechadas, no entanto, hoje ele é muito visto também nas áreas urbanas, mas principalmente nas cidades do interior do país.

Ele assim como a espécie anteriormente descrita também não apresenta o que chamamos de dimorfismo sexual, pois normalmente a fêmea tem o mesmo tamanho e características físicas do macho, sendo assim a principal forma de diferenciação é essencialmente o canto desse pássaro, uma vez que somente os indivíduos do sexo masculino cantam.

O canto dessa espécie é um dos mais fortes e contínuos. O sabiá barranco possui algumas subespécies que serão listadas a seguir. A principal variante entre elas é a sua distribuição geográfica.

  • Turdus leucomelas leucomelas 
  • Turdus leucomelas albiventer 
  • Turdus leucomelas cautor.

Os seus principais alimentos são os invertebrados e os frutos de arvores, mas ele pode ser visto também comento minhocas e os conhecidos artrópodes, uma curiosidade é que ele já foi visto comendo o que é chamado de cobra cega.

Sabiá Laranjeira

O nome cientifico dessa espécie é Turdus rufiventris Vieillot, mas na cultura popular brasileira ele ainda recebe muitos outros nomes, que variam de região para região, entre eles estão: sabiá cavalo, sabiá de coca, sabiá da barriga vermelha, gongá, ponga, piranga sabiá da barriga laranja, sabiá da barriga amarela, sabiá tipo vermelho e um outro muito usado é sabiá do peito roxo.

Essa espécie de sabiá está altamente ligada à fatores culturais brasileiros, uma vez que é ele que oficialmente foi declarado símbolo do estado de São Paulo e também a ave símbolo do nosso Brasil, do estado ele se tornou símbolo a mais de meio sáculo atrás, enquanto que símbolo do Brasil ele se tornou desde o ano de 2002.

Além disso, o sabiá laranjeira é um dos mais citados em canções e poemas brasileiros, um dos mais famosos definitivamente é o poema chamado de Canção do exílio de Gonçalves Dias, mas além dele outros grandes nomes brasileiros também já usaram o sabiá como inspiração tal como Luiz Gonzaga, o eterno Gonzaguinha.

Os nomes dados a esse pássaro se devem principalmente a característica dele ter a sua barriga avermelhada e também por causa do seu bico bem amarelo, esse fato o diferencia de muitas outras espécies de sabiás. Outra coisa que chama muito a atenção é o seu canto, que é muito famoso, uma vez que é bem parecido, pelo que dizem ao som de uma flauta. Uma curiosidade é que ele tem a preferência por cantar de manhã e ao entardecer do dia. O indivíduo macho costuma cantar mais vezes do que a fêmea.

Sabiá Laranjeira

Sabiá Laranjeira

Outra curiosidade é que apesar do belíssimo som de flauta que ele emite, há outros sons ou cantos que podem ser apreciados, ele pode fazer melodias ou pequenos sons de maneira pausada ou até mesmo sons parecidos com o de outras aves, isso acontece porque esse sabiá é um animal que aprende muito por imitação. Um dos principais motivos dele exibir os seus dons é atrair fêmeas e também como uma forma de marcar seu próprio território.

A seguir as duas subespécies do sabiá laranjeira, lembrando que ambas ocorrem no Brasil, sendo elas raramente vistas em outros países, até mesmo nos países vizinhos é difícil observar esse belo pássaro, elas são endêmicas das regiões brasileiras, com exceção da região Norte.

  • Turdus rufiventris rufiventris 
  • Turdus rufiventris juensis 

Sabiá Ferreiro

Sabiá Ferreiro

Sabiá Ferreiro

O nome cientifico dessa espécie de sabiá é Turdus subalaris, mas assim como os outros animais de seu grupo de aves, ele também recebe nomes populares, além do que lhe é mais conhecido, são eles: ferreirinho, sabiá azul, sabiá azulina, sabiá cinza, sabiá campainha e molafaca.  O sabiá ferreiro é assim chamado principalmente por causa do som que ele emite, que muitas dizem parecer o som de uma bigorna metálica caindo.

Essa espécie tem a característica do dimorfismo sexual, uma vez que o físico do indivíduo macho é diferente do indivíduo fêmea, principalmente as suas cores. O sabiá macho é mais acinzentado tendendo à tons escuros, enquanto que a sabiá fêmea apresenta alguns tons de cinza misturado com marrom. Em ambos o pico e os pés são amarelos.

Ao contrário de outros tipos de sabiá, o sabiá ferreiro não é muito de aparecer, normalmente está camuflado entre as arvores, sendo assim o sabiá mais discreto. Ele é observado principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do Brasil. Ele não tem subespécies, portanto, é um sabiá monotípico.

Sabiá do Campo

Sabiá do Campo

Sabiá do Campo

O nome cientifico desse tipo de sabiá é Mimus saturninus, ele é de uma família diferente da maioria dos sabiás, a sua família é a Mimidae. Ele possui outros tantos nomes populares, pelos quais é chamado nas diferentes regiões do Brasil, tais como galo do campo, arrebita rabo, sabiá levanta rabo, toja, sabiá boiadeiro, sabiá conga, tejo do campo, entre outros. Alguns dos seus nomes populares lhe são conferidos por causa da sua cauda, que é bem protuberante, sendo ela comprida e normalmente vista um tanto quanto levantada para cima.

Esse pássaro possui subespécies, especificamente 4 e elas podem ser diferenciadas por causa da sua distribuição geográfica, como também por características físicas, como a coloração das suas penas. A seguir os seus nomes:

  • Mimus saturninus saturninus; 
  • Mimus saturninus arenaceus;
  • Mimus saturninus frater;
  • Mimus saturninus modulator.

Esses sabiás são muito sensíveis à vida em cativeiro, podendo inclusive morrer quando submetido a confinamentos, isso ocorre por causa do stress que lhe é causado. Ele gosta de viver em meio a áreas verdes, pode sim viver em cidades, desde que tenha alimentos e áreas arborizadas, como os parques. Ele normalmente vive em grupos e entre eles há um espírito de cooperação muito grande, ao mesmo tempo as vezes são agressivos um com os outros, mas na hora dos perigos esses pássaros sempre se protegem.

Como você pode observar existem muitas espécies de sabiás e entre elas há diferentes famílias, no entanto, para esse tipo de pássaro isso é normal. Essas aves são tipicamente brasileiras e graciosas e apesar de não estar ameaçada de extinção, devemos cuidar e preservar para que eles continuem vivendo saudáveis por aí, o mais importante é que vivam soltos na natureza, afinal nenhum pássaro merece uma vida em cativeiro.

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Categoria(s) do artigo:
Aves

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