Quem gosta de animais e sabe que precisam de alguém para protegê-lo, especialmente aqueles que moram nas ruas e são abandonados por seus donos, certamente já ouviu falar da SUIPA. A SUIPA é uma sociedade protetora de animais, e não cuida apenas de cães e gatos, mas de qualquer outras espécies que estejam abandonadas e precisem de cuidados e, como protetora, não aceita Enem propaga a Eutanásia como meio de alívio do sofrimento, porque ainda acreditam que todos os animais têm direito a viver, da mesma forma que todos nós o temos.
Todos os animaizinhos que chegam à Instituição recebem tratamento médico e têm ainda a oportunidade de conseguir um lar através da adoção. A SUIPA abomina a ideia e a prática que muitos cometem, de recolher os animais nas ruas e logo depois sacrificá-los. A Instituição acredita que sempre haverá meios hábeis de se diminuir o sofrimento do animal e ainda integrá-lo de forma ativa a um lar, no qual ele possa ser amado e viver a mais plena alegria.
Alguns abrigos optam por colocar para dormir os animais doentes ou idosos, com o fraco argumento de por fim a seu sofrimento, ou ainda para controlar a quantidade de seres vivos abrigados, evitando a superlotação e a proliferação de doenças. Isto não ocorre na SUIPA. Muitas vezes, a equipe técnica da SUIPA é criticada por não executar a eutanásia nos animais e ainda pela superpopulação do abrigo, mas ao contrário de muitos, eles podem dormir com suas consciências tranquilas, pois estão fazendo o melhor que podem, e não ceifam nenhuma vida, fazendo o máximo para salvar e proteger os animais que estão sob a sua guarda.
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O Início Da SUIPA
A SUIPA foi inaugurada no dia 27 de abril de 1943, então, possui mais de 69 anos de existência, e logo no início era chamada de Sociedade União Infantil Protetora dos Animais. Isto ocorreu, pois os voluntários que formaram a Sociedade contavam com também com a ajuda de seus filhos no tratamento dos animais doentes que eram trazidos das ruas. Os bichinhos eram atendidos em um barracão pequeno, localizado na antiga Avenida Castelo Branco que, posteriormente, passou a se chamar Avenida Suburbana.
Na época, a região onde se encontrava o abrigo era rural e, portanto, desprovida de qualquer recurso. Entretanto, com o passar do tempo muitas famílias se instalaram nos arredores da SUIPA, onde estão atualmente, as comunidades do Jacarezinho e de Manguinhos, contando com mais de 300 mil moradores.
No meados dos anos 50, as crianças passaram a não participar mais do atendimento aos animais e a partir daí, os novos diretores cadastraram a instituição como SUIPA, chamada de Sociedade União Internacional Protetora dos Animais. A partir desta nova fase, muitos intelectuais como Nise da Silveira, Carlos Drummond de Andrade, Roberto Marinho, Rachel de Queiroz, Paschoal Carlos Magno e outros amantes dos animais se tornaram associados, alguns como diretores e outros como conselheiros.
Com o passar do tempo os protetores da SUIPA e dos animais tornaram-se, cada vez mais atuantes, passando a defender os animaizinhos em todos os lugares, para isso, tiraram tartarugas de restaurantes onde ficavam expostas, abriam as portas das carrocinhas para a fuga dos cães, travaram lutas em favor de um santuário que desse a devida proteção às baleias da região Sul do país, cavalos que eram maltratados foram libertos da violência, aves silvestres passaram a ser recolhidas de locais inadequados, entre ainda outras ações. Sem mencionar, é claro, as inúmeras cartas escritas a presidentes e governantes estrangeiros e brasileiros, sempre buscando a defesa de todas as espécies de animais.
O Trabalho Da SUIPA
Já com 69 anos de vida, a SUIPA permanece mais viva do que nunca, como uma entidade particular, que não pratica a eutanásia, que não possui fins lucrativos, e de alta utilidade pública. Se mantendo como abrigo de animais, e ainda mantendo na sede uma Assistência Veterinária, a preços populares, com a finalidade que mais e mais pessoas possam cuidar de seus animais de estimação. Para isso, ela funciona de segunda a domingo, como também nos feriados.
A receita arrecadada Através da Assistência Veterinária é totalmente voltada para cobrir as diversas despesas que tem a Entidade. Pois, a SUIPA abriga em torno de 3.500 animais, sendo que a grande maioria é de cães e gatos.
As Diversas Formas De Abandono
O abandono dos animais acontece das mais diversas formas, a maioria delas ocorre seguindo a lista abaixo:
- Mudança de endereço
- Animal idoso
- Problemas de higiene
- Nascimento de novos filhos
- Necessidades de tratamentos médicos em outras cidades ou visita a casa de parentes
- Separação do casal, já que nenhum deles tem interesse em ficar com o animal
- Desemprego
- Despejo da casa em moravam
Há ainda aquelas pessoas que entregam os animais mentindo, dizendo que os encontraram na rua, ou perdidos em algum local, e, logo que saem os animais passam a chorar, sendo que muitos deles entram em depressão profunda, chegando logo depois ao óbito. Além dos animais abandonados na sede, a entidade ainda recebe aqueles que são trazidos pelo Corpo de Bombeiros, Policias Civil, Defesa Civil, Militar e Federal, além de outros que são enviados por empresas privadas e Prefeituras de outros municípios.
O Atendimento
Uma equipe contendo de cinco a seis médicos trabalha durante todos os dias da semana, inclusive nos feriados, atendendo a todos os animais que estão abrigados, e ainda aqueles que precisam de atendimento de urgência e emergência e são trazidos por seus donos. Os médicos contam com a ajuda de auxiliares de serviços veterinários, para o trabalho seja melhor executado.
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Outros dois médicos são responsáveis especificamente pelo gatil, para que todos os animais sejam tratados da melhor maneira possível. O trabalho é muito dinâmico, pois o local conta com dezenas de animais doentes e idosos, sendo que aqueles que têm alguma deficiência são levados para a soroterapia todas as manhãs.
Os supervisores são aqueles que mantêm a ordem, especialmente por conhecerem todo o mecanismo do abrigo e saberem a localização exata de cada animal abrigado. Eles orientam as equipes de limpeza e aquelas que são responsáveis por, trocar água e a comida, alimentar os filhotes, principalmente os que não sobreviveriam sozinhos.