A muito tempo o Greenpeace reúne esforços junto com outras organizações de defesa dos animais contra a caça discriminada de baleias no Japão. Este ano a Organização ganhou um aliado importante, um ex-caçador de baleias que resolveu se aliar aos naturalistas e revelar detalhes sobre esta indústria clandestina e cruel. Neste artigo nós vamos saber um pouco mais como funciona a indústria de caça de baleias no Japão e as conseqüências para o meio ambiente.
Ex-baleeiro
O ex-baleeiro que resolveu denunciar os absurdos da caça as baleias contou ao jornal britânico chamado The Guardian, detalhes sobre esse negócio ilegal. Assumindo um codinome o ex-tripulante que trabalhava no baleeiro em missão científica por vários meses na Antártica, ficou surpreso ao verificar que as expedições cientificas não passam de uma fachada para descumprir a proibição de caça as baleias. Assim o ex-tripulante procurou o Greenpeace e revelou o fim da carne das baleias capturadas e o desperdício.
Proibição de Caça a Baleia
Em 1986 a Comissão Internacional da baleia proibiu de forma expressa a caça de baleias para fins comerciais. Mas devido a pressão provida pelo Japão foi aprovada uma cláusula que permitia ao Japão manter aquelas expedições dos baleeiros até a Antártica que sejam consideradas de fins de “pesquisa cientifica”. Essa foi a brecha necessária para que os baleeiros japoneses continuassem com a caça de baleias na antártica, e provendo os restaurantes e supermercados do país de cortes nobres de carne de baleia, muita apreciada na culinária oriental.
A Polêmica
As denuncias vem no momento em que aumentam as polemicas, em virtude da possibilidade da Comissão internacional das Baleias suspender a moratória em vigor, que proíbe a caça as baleias. Segundo a Comissão essa é uma possibilidade real, desde que o Japão e a Noriega se comprometam a manter a caça aos animais dentro dos limites estabelecidos pela entidade. Essa possibilidade agita os ânimos dos ambientalistas, especialmente dos Greenpeace. A Austrália também está nesta luta e juntamente com outros países defendem a manutenção da moratória e a maior fiscalização, com aplicação de pesadas sanções nos países que usarem as pesquisas cientificas para burlar a lei e caçar animais protegidos.
Ativistas Presos e Cultura Japonesa
De um lado temos dois ativistas do Greenpeace presos, podendo ser condenados até 10 anos de cadeia pela invasão de propriedades privadas. Os dois ativistas buscavam provas do uso ilegal dos recursos públicos com as pesquisas de baleias e da matança dos animais e venda da carne nobre, do outro lado o Japão, que se defende e afirma que a caça da baleia e o consumo da sua carne é uma questão cultural no seu país, e portanto relevante, devendo ser considerada de forma especial. Enquanto se discute nos tribunais o destino das baleias na Antártica, elas continuam sendo caçadas e servindo de alimento e para o enriquecimento ilícito de centenas de pessoas.