As abelhas são insetos de extrema importância para a vida terrestre, já que estas são responsáveis por cerca de 80 % da polinização que ocorre em todo o mundo. Um estudo interessante realizado com plantações de café foi que, a produção de abelhas próximas a um cultivar do grão aumentou em cerca de 15% a produção deste. Além deste papel crucial no desenvolvimento biológico na natureza, estas ainda produzem mel e outros produtos afins como a própolis utilizada em indústria farmacêuticas e de cosméticos. Por isso há uma grande preocupação quanto a extinção deste inseto, já que é responsável pela quantidade, qualidade e variedade na produção de alimentos em todo o mundo.
A nível mundial, existem mais de 16.000 espécies descritas de abelha, sendo que 95 % destas são insetos solitários e apenas 5 % possuem um certo comportamento social. Este tipo de prática é característico nas abelhas fêmeas pela sua autonomia e independência na construção e na realização de ninhos. Dentre as abelhas do sexo feminino não há divisão nem diferenciação de trabalho, e muito menos cooperação entre fêmeas da mesma geração ou entre filhas e mães. E na grande maioria das vezes as mães morrem antes mesmo das filhas nascerem.
Reprodução e Ciclo de Vida
Em praticamente todas as espécies de abelha, a função do zangão é de realizar o acasalamento com a fêmea, sendo que este não pode efetuar funções de polinizador e nem de produção de cera, já que não possui os órgãos específicos. O zangão nasce após a produção do ovo pela rainha, 24 dias posteriores, e alcança a maturidade reprodutiva com 12 dias. Vivem em média de 80 até 90 dias, sendo este alimentado somente pelas abelhas operárias, criando assim um vínculo de dependência.
A atração de zangões ocorre por meio de feromônio emitido pela abelha rainha em voo alto, assim ganha a atenção de vários machos, desta maneira estes estarão aptos a realizar a fecundação de seus ovos. Como forma de seleção natural, os mais fortes e resistentes, vale citar que somente os zangões que conseguem segui-la irão realizar a fecundação.
A abelha rainha consegue se acasalar com vários zangões, podendo assim armazenar esperma que ela irá utilizar durante toda sua vida. O coito ocorre em locais coletivos, a após o acasalamento o zangão morre, mas há algumas espécies que este ainda consegue sobreviver.
Após o ritual, a abelha rainha vai para seu abrigo onde irá depositar seus ovos fertilizados, sendo que o processo de crescimento desta é semelhante ao das borboletas. A sequencia é o depósito do material genético nos óvulos, a transformação em larvas e em seus casulos se transformam em pupas, e a fase final é sua saída já abelhas adultas formadas.
Distribuição Geográfica
Hoje é possível encontrar abelhar espalhadas em todo o mundo, porém há indícios de que estas tenham sido originárias no supercontinente Gondwana. Elas são encontradas mais facilmente em localidades mais secas no mundo, as razões para isto é que estes insetos voadores estocam o alimento que irá nutrir as larvas abaixo do solo, e estas são impermeabilizadas com camadas muito finas de cera. Se forem realizadas em áreas com muita umidade, o alimento das larvas serão consumidas e infectadas por fungos rapidamente.
A partir desta argumentação acredita-se que estas tenham originalmente aparecido no supercontinente, já que este apresentam evidências de que o clima ali era muito seco e quente, e também que a porção de terra ali tenha sido a que originou as primeiras espécies de plantas angiospermas, base alimentar primitiva destes animais.
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