Os crustáceos foram denominados assim em razão da constituição de seu exoesqueleto feito de carbonato de cálcio, formando uma crosta. Fazem parte das espécies artrópodes com hábitos aquáticos, em sua grande maioria vivendo no mar. Dentre as mais conhecidas estão os camarões, as lagostas, os siris, tatuzinhos e caranguejos.
Seu corpo conta com divisões próprias, abdome, tórax e cabeça, ou ainda podemos dizer que é abdome e cefalotórax. Esses animais contam com cinco pares de apêndices, e dois pares de antenas na cabeça, sendo esta a característica mais comum deles. Têm um segmentado tronco e um telson, em sua parte final um ânus. Em vários crustáceos o tórax se encontra coberto por uma capa no dorso.
A Locomoção
São animais que nadam, e esse ato é feito através da movimentação dos apêndices.
Outras espécies rastejam, já que contam com os apêndices mais pesados, adaptando-se a cavar e rastejar.
Tegumento
A estrutura dos crustáceos é repleta de carbonato de cálcio. Abaixo do tegumento há os cromatóforos e as glândulas tegumentares.
A Nutrição
Contam com uma grande variedade de alimentos. Existe na área da cabeça, e em volta da boca, duas mandíbulas e outras partes para se alimentar. Muitos desses animais apresentam o ato de filtrar, alimentando-se de detritos e de plâncton. Esta forma de alimentação apresenta cerdas, e não cílios.
Tais apêndices geram uma movimentação de corrente de água, ficando as com partículas de alimento presas nas cerdas filtradoras ou nos apêndices. São deslocados destas cerdas como se fossem escovas e assim arrastadas até a boca. A posição da boca é ventral enquanto o aparelho digestivo fica na posição reta.
O Processo de Excreção
A principal substância excretada é a amônia. Por esta excreção as glândulas responsáveis são as glândulas verdes ou glândulas antenais. Determinados experimentos apontaram que as brânquias auxiliam na secreção da amônia. Os principais órgãos são as brânquias fazendo a manutenção osmótica.
Contam com células que acumulam e recolhem as partículas de secreção, chamadas de nefrócitos, na base das pernas e nos eixos das brânquias.
O Ato da Circulação Sanguínea
O sistema de circulação desses animais é muito semelhante ao dos quelicerados. O coração pode variar de uma vesícula esférica a um tubo longo, localizado na área do dorso do tórax. O sangue contém fagocíticas como granulosos e amebócitos que fazem parte do processo de coagulação.
As trocas dos gases são feitas através das brânquias.
O Sistema Nervoso
Grupos diversos desenvolveram inúmeros graus de fusão longitudinal e medial dos gânglios. Têm como estruturas sensoriais os olhos, estatocistos, receptores táteis, proprioceptores, e quimiorreceptores. São dois os tipos de olhos: compostos e medianos. O mediano é próprio do indivíduo enquanto larva e talvez não persista na fase adulta.
No caso dos ocelos são constituídos de células fotorreceptoras. O olho é usado para a orientação. Os animais na fase adulta contam com um par de olhos ao lado da cabeça. Há espécies em que não existem os olhos compostos.
O Sistema Reprodutivo
Grande parte dos crustáceos é dióica, ainda que haja tipos hermafroditas, tais como a Craca. Encontram-se no abdome e na parte dorsal do tórax as gônadas, que são estruturas compridas e localizadas aos pares. O macho contém diversos apêndices alterados para apanhar a fêmea. Em determinados animais os espermatozoides são imóveis e aflagelados, e nas demais são conduzidos por espermatóforos.
Determinadas fêmeas podem contar com apenas um receptáculo seminal. Geralmente as fêmeas deixam os ovos incubados em câmaras incubadoras ou em apêndices. Esses ovos são centrolécitos, com um indireto desenvolvimento e, em grande parte dos casos, mais de uma forma de larva. Em se tratando do lagostim há um direto desenvolvimento.
Maiores Informações
Os crustáceos são seres invertebrados que têm uma muito resistente e dura carapaça externa e patas articuladas. Os mesmos podem ser encontrados em terra firme, como os tatuzinhos-de-praia (que estão sempre abaixo da areia da praia), tatuzinhos-de-jardim (que sempre estão sob os troncos apodrecidos e pedras), e as baratas-da-praia (achadas entre as rochas marinhas), como também em ambientes aquáticos (de água doce ou marinha).
Determinadas espécies desses animais vivem grudadas aos cascos de navios ou às rochas, como as cracas, que carregam a denominação dos seres sésseis. Existem outras espécies que andam na areia no fundo do mar, como os camarões e siris, e existem também os animais que nadam pelo mar, porem que preferem ficar às escondidas entre os corais e as rochas no fundo do oceano, como as lagostas.
Os caranguejos fazem parte dessa espécie e podem sobreviver fora e dentro da água, e vários deles mantêm seu habitat nos manguezais. Muitas dessas espécies de caranguejos preferem se alimentar de algas, e outras optam por peixes mortos ou vivos.
No caso do caranguejo ermitão, que ainda é denominado do caranguejo eremita, ao contrario dos outros não tem uma carapaça e, em razão disso, ele costuma abrigar-se numa concha que fora abandonada por outro tipo de animal, no caso, molusco. É habitual vermos uma anêmona-do-mar em cima da concha daquele caranguejo, que costuma usá-la como defesa, já que a anêmona tem células que possuem características tóxicas, afugentando possíveis predadores.
Os crustáceos são bastante apreciados na culinária brasileira e ainda em diversas outras culturas, especialmente quando misturados a outros tipos de ingredientes, o que o caso da Paella Espanhola, uma mistura de frutos do mar, carnes e arroz. No Brasil, os mais apreciados são o siri e o camarão, em pratos como a casquinha de siri, risoto, camarão empanado e muitos outros.
Os crustáceos contam com uma enorme importância em se tratando de cadeia alimentar marinha, já que grande parte dos seres aquáticos sobrevive em razão de se alimentar de crustáceos pequenos. Determinados animais como lagostas, camarões, caranguejos e siris ainda são bastante apreciados para a alimentação do homem.
Há um problema quanto a isso, pois a pesca de determinados crustáceos, quando não observada das regras de seus ambientes, pode culminar com o desaparecimento das espécies.
Por isso, é importante que se observe as regras de manutenção das espécies, assim não faltará camarão e lagosta para ninguém, nem para o homem e nem mesmo para a natureza.
Os crustáceos formam um grande grupo de artrópodes, normalmente tratados como um subfilo, que inclui animais familiares como caranguejos, camarões, lagostas, lagostim, e cracas. As sessenta e sete mil espécies conhecidas variam desde algumas que têm apenas 0.1 milímetros, até algumas outras, que têm pernas do tamanho de três metros e oitenta centímetros, e que pesam mais de 20 quilos.
Como outros artrópodes, os crustáceos têm um exoesqueleto, que eles têm de abandonar, para poderem crescer. Eles são distintos de outros grupos de artrópodes, assim como os insetos, por possuírem membros que tenham duas partes, e pela forma de larva em náuplio.
A maioria dos crustáceos são animais aquáticos livres, mas alguns são terrestres, alguns são parasitas, e outros são ainda sésseis. Este grupo é extensivamente documentado em formas de fósseis, chegando até o período Cambriano. Mais de dez milhões de toneladas de crustáceos são produzidos para o consumo humano, e formam uma parte vital da cadeia alimentar.