Como Os Animais Controlam a Natalidade

Em uma observação simples de um pequeno habitat, você pode perceber que a natureza é perfeita. Você não irá ver em uma floresta dois mil ursos ou um mil leões. Estranho, se todo animal que entra no cio está pronto para procriar e eles não possuem relações sociais, paquera e nem usam preservativo.

Na natureza há sim um controle de natalidade, e é bem interessante. Os animais encontram sempre uma forma de fazer com que sua população fique controlada, ou a natureza entraria em desequilíbrio e faltaria alimento para alguma das espécimes. Isso garante a perpetuação dos seres vivos por diversos anos na terra e de forma segura.

Fêmeas Evitam o Cio Entre Os Mamíferos

Entre os humanos, quando muitas mulheres convivem por muito tempo juntas, elas entram na TPM também juntas. Por quê? Porque na ovulação elas estarão igualmente no mesmo período e podem competir de igual para igual pelos machos próximos. Não percebemos este pequeno fenômeno humano na maior parte das vezes, mas ele acontece. É apenas a natureza mantendo seu instinto natural de conquista ativo. É uma questão de levar o macho alfa, que as vezes não funciona mas ainda perpetua na genética humana.

Com os mamíferos de pequeno, médio e grande porte, há um fenômeno semelhante que ajuda no controle da prole em números. Quando diversas fêmeas estão vivendo juntas, elas acabam por entrar ou não no cio juntas. Este tipo de fenômeno acontece quando a população está grande demais. É como se o sistema de reprodução das fêmeas de leoas e zebras, por exemplo, soubesse que, ao dar a luz mais vezes, poderá gerar muitos filhotes que não vão ter o que comer.

Com os animais domésticos isso também acontecer, mas de uma forma um tanto diferente. Muitas cadelas criadas em casa com mais fêmeas em uma mesma casa começam a ter os cios mais espaçados. Cachorros de rua, no entanto, acabam dando a luz a cada seis meses, como seria normal. Em espaço reduzido e com outros da mesma espécia, o corpo de mamíferos se defendem de uma possível falta de comida, e por isso controlam a sua gravidez. A própria natureza faz isso, sem qualquer uso de anticoncepcional.

Machos De Aves Brigam Para Formar a Sua Família

Com as aves, o fenômeno de controle de natalidade tem relação com o espaço disponível para as novas famílias, o alimento disponível e a quantidade de machos. Se cada macho estimula-se uma fêmea para acasalar, a quantidade de famílias em um mesmo habitat seria enorme, por isso eles brigam por este direito.

Entre populações de algumas espécies de aves, ganha quem tem mais força. Os machos brigarão entre si por fêmeas em lutas cada vez mais mortais. Ganha o macho que conseguir vencer a batalha, indo formar a sua família. Os demais terão que esperar.

Mas, se houver uma expansão do habitat ou aumento de oferta de alimento, mais machos poderão formar a sua família. Logo, a batalha pode acontecer ou não, basta não haver espaço. A disputa acontece sempre que uma fêmea está na época de colocar seus ovos, fazer seu ninho e todo o processo para perpetuar a espécie.

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Ratos Não Podem Controlar, Mas Acabam Comendo Seus Filhotes

O sistema reprodutivo dos ratos parece não ter o felling para a quantidade de alimento, por isso há diversas ninhadas de novos ratos. Contudo, um fenômeno entre esses animais costuma se restabelecer. Quando os animais começam a procriar bastante, surge o canibalismo: eles se alimentam uns dos outros.

Apesar dos ratos serem animais vegetarianos em sua natureza, o canibalismo surge por uma necessidade. Quando há uma superpopulação de tais ratos, o alimento naturalmente vai faltar e eles começam a se alimentar uns dos outros. Quando o número de roedores volta ao normal, os animais começam a voltar a seu alimento comum, pois ele já está de sobra.

Cobras Comem Seus Próprios Filhotes

A píton norueguesa, por exemplo, pode chegar a colocar 100 ovos por vez ou podem dar à luz há mais de vinte cobrinhas, no caso das que não são ovíparas. Então como não há mais cobras que qualquer outro animal nas florestas? O controle de natalidade. Como as cobras não podem conter a saída dos ovos, elas podem conter a quantidade de cobras que vão chegar à fase adulta depois de alguns meses e competir com as mães por alimento.

Já depois do nascimento, as cobras reduzem bastante a sua prole comendo seus próprios filhotes. Não há nada de canibalismo grotesco ou uma prática malvada da mãe. Entre as cobras não há laços de cuidados com seus filhotes. Os animais já nascem prontos, por isso podem seguir sua vida e partir para a sua própria caça. Contudo, as cobras ficam bem fracas depois de dar à luz e buscam fonte de proteínas bem próximo. Logo, seus filhotes deixam de ser filhinhos para se tornarem a melhor fonte de nutrientes mais próxima. Muitos já vão por ali. Cobras também são canibais. Na falta de alimentos, elas acabam matando umas às outras como fonte de alimento, por isso a população em florestas densas, sem o toque humano, continua controlada.

Predadores Controlam Algumas Populações

Quando a genética dos próprios animais não faz sua parte e controla a natalidade por meio da diminuição da fertilidade, a natureza se encarrega de fazer o resto. Se uma determinada população animal cresce demais, seus predadores acabam desenvolvendo uma grande quantidade de filhotes.

A lógica é a mesma citada acima: mais alimentos, mais animais podem se alimentar e por isso mais filhotes podem procriar. Quando uma população de gazelas aumenta, por exemplo, a de lobos irá dobrar de tamanho e a de seus caçadores irá aumentar ainda mais. É apenas a cadeia alimentar entrando em ação. É por isso que você sempre verá os animais em harmonia em florestas densas: eles mesmo encontram sua forma de controlar e evitar

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Categoria(s) do artigo:
Comportamento

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