O lince é um animal mamífero que pertence ao gênero científico Lynx sp., à família dos Felidae e à ordem Carnivora.em outras palavras, ele é um tipo de felino, como se fosse um gato selvagem. Eles estão distribuídos por várias regiões geográficas ao redor do mundo, apesar de serem encontrados apenas no hemisfério Norte do planeta Terra. Por serem felinos, podem ser incluídos no gênero Felis, apesar de apresentarem um gênero próprio, o Lynx, como já citado. Em alguns países ele ainda é classificado a partir de uma subespécie, a Lynx lynx pardallus, como ocorre na Espanha, além de Portugal, por exemplo, que, na realidade é a designação para o lince mediterrânico ou para o lince ibérico.
Por serem felinos selvagens, seu hábitat natural são as florestas e as matas fechadas, isto é, regiões que apresentam uma vegetação bastante densa, juntamente com roedores, cervos e lagomorfos, que são os animais que fazem parte da sua dieta. As suas presas secundárias geralmente são os coelhos e as lebres, principalmente no período de inverno, quando as demais presas se recolhem devido ao frio.
De uma maneira geral, os linces são animais de médio porte, que podem chegar a pesar até um pouco mais de trinta quilos, no máximo e, na média, pesam entre doze e vinte quilos, aproximadamente. Seu comprimento pode variar entre oitenta e até cerca de um metro e dez centímetros. Caracteristicamente, apresentam uma carta relativamente curta, com relação aos demais felinos, além de uma orelha bastante pontuda. Ademais, seus pelos são sempre densos, espessos e seus bigodes são muito mais sensíveis do que a dos gatos domésticos, uma vez que necessitam desse instinto mais do que os animais que não precisam muito dele para garantir sua sobrevivência.
Outra característica peculiar é o fato de suas patas serem bastante largas, que lhes confere uma maior capacidade de equilíbrio, além de ser um fator que contribui no inverno, em locais em que há neve espessa. Quanto às suas cores, elas podem variar de cinza-amarelado até pardo-avermelhado, de acordo com a espécie de lince. A grande maioria dos indivíduos das espécies de lince se acasala entre os meses de fevereiro e de março, sendo que as gestações duram até aproximadamente dez semanas, com até quatro filhotes por ninhada e, diferentemente dos gatos domésticos, os filhotes de lince permanecem com as suas mães por até cerca de um ano completo.
Há descrita nas literaturas seis espécies de lince diferentes, que são as seguintes: a do lince euroasiático (Lynx lynx), a do lince ibérico (Lynx pardinus), a do lince do Canadá (Lynx canadenses), a do lince pardo, que também pode ser chamado de lince vermelho (Lynx rufus), a do lince do deserto (Caracal caracal) e a de uma espécie de lince que já foi extinto e que habitou a Terra na região da Europa durante o período Pleistoceno, o Lynx issiodorensis.
O Lynx lynx, que é conhecido como lince eurosiático, apresenta um porte médio, como a grande maioria dos linces e é uma espécie de lince nativa das regiões próximas à Sibéria, na Ásia e à algumas regiões florestais da Europa. Nessa região, além das lebres, esse tipo de lince também caça veados, mesmo adultos. Apesar de ainda pertencer a um porte médio, como citado anteriormente, ele é um dos maiores linces em comprimento, podendo chegar a até um metro e trinta centímetros, quando em pé, sobre as duas patas traseiras. Com relação a seu peso, as fêmeas pesam bem menos que os machos, podendo chegar a até dezoito quilos, enquanto que os machos podem chegar a até trinta quilos. Fêmea e macho geralmente só se encontram no período de acasalamento, uma vez que os linces costumam andar sozinhos quando adultos e preferirem andar durante a noite a procura de alimento. As cores do lince euroasiático podem ser cinza com algumas manchas pretas que o caracterizam, apesar de existirem alguns sem manchas.
Já o lince ibérico, cujo nome científico é o Lynx pardinus, já pertenceu à espécie anterior, pois era classificado juntamente com os linces euroasiáticos. Isso porque durante o período Pleistoceno eles andavam juntos pela Europa até serem separados devido a escolhas de hábitat. Apesar de a grande maioria de suas características serem as típicas de todos os linces, o lince ibérico apresenta uma coloração castanho-amarelada e quase todos os seus indivíduos apresentam manchas. O macho também é maior que a fêmea, mas chega a até vinte e sete quilos, ou seja, são menores do que o lince euroasiático. Com relação a seu comprimento, podem chegar a até um metro e dez centímetros, como a média de todos os linces. Os linces ibéricos podem viver até uma média de treze anos.
Seu hábitat natural, que é o responsável pelo seu nome popular, é a Península Ibérica, que se localiza na região Sul da Europa. O lince ibérico tem como caça predileta os coelhos, diferentemente dos demais linces, que correspondem de oitenta a quase noventa por cento de sua alimentação. Os machos de grande porte comem um coelho por dia, mas as fêmeas, quando se encontram prenhas, podem chegar a comer até três coelhos por dia. Essa grande demanda de coelhos é um dos principais riscos à espécie, que não apresenta muita variabilidade nem adaptação a outro tipo de alimento. Sendo assim, desde o ano de 2015 o lince ibérico se encontra em situação de risco de extinção, o que se agrava com o extenso desmatamento e com a ocorrência de atropelamentos de linces, a partir da construção de estradas em regiões silvestres.
O lince da espécie Lynx canadenses, o lince do Canadá, como seu próprio nome já diz, é típico da região do Canadá, mas também em algumas porções dos Estados Unidos da América, principalmente em locais com florestas densas, além de regiões rochosas, como as tundras e tampas, por exemplo. Dentro dessa espécie de lince há três subespécies, que são as seguintes: a Lynx canadensis canadensis, a Lynx canadensis mollipilosus e a Lynx canadensis subsolanus. No geral, sua coloração se apresenta em tons de marrom-amarelado, com alguns pontos marrom escuro em algumas partes do corpo, na grande maioria dos indivíduos. Além disso, a ponta das suas caldas sempre se apresenta na cor preta. Ele é um pouco menor do que as demais espécies de lince citadas anteriormente, medindo entre sessenta e sete e até um metro e sete centímetros e, com relação a seu peso, podem pesar de cinco quilos a até dezessete quilos. O lince do Canadá também se alimenta de roedores, de pássaros e até mesmo de peixes, além das lebres e, durante o inverno, conseguem caçar cervos.
O lince vermelho, que também é conhecido como lince pardo (Lynx rufus) tem como hábitat natural a América do Norte e apresenta até doze subespécies reconhecidas biologicamente. Em toda a extensão desse continente, ele pode ser encontrado mais notadamente em algumas regiões do Sul do Canadá, no México e em alguns estados dos Estados Unidos da América. Isso demonstra sua grande capacidade de adaptação em regiões diferentes, o que difere das demais espécies de linces. Os linces pardos geralmente migram de uma região para a outra, de acordo com a estação do ano. O adulto pode chegar a pesar até quatorze quilos e medir menos de um metro, cerca de noventa centímetros. Uma característica típica dessa espécie é uma listra branca que se encontra abaixo de suas caudas. O resto da pelagem se apresenta na cor cinza ou em cores que variam de castanho avermelhado a preto. Sua alimentação pode variar, além das lebres e dos coelhos, típicos de todos os linces, a até insetos. No entanto, também são capazes de caçar roedores e até mesmo cervos, o que vai deferir um pouco de acordo com as treze subespécies desse tipo de lince que são reconhecidas cientificamente.
O lince do deserto (Caracal caracal), também pode ser chamado informalmente de lince persa e é habitualmente encontrado na África e na região da Ásia Menor e, dentre todos os demais, é o que mais foge do parentesco dos linces, sendo mais próximos de um animal chamado serval. Ele pode chegar a pesar até doze quilos apenas, podendo medir menos de oitenta centímetros. Suas cores variam entre o cinza, o amarelo escuro e o vermelho, podendo, inclusive, haver alguns indivíduos da espécie na corto totalmente preta. O lince do deserto pode viver até doze anos na natureza e chegar a até dezessete anos, quando vivendo em cativeiro. Além das lebres, eles se alimentam de roedores, podendo às vezes comer gazelas e filhotes de avestruz.
Já o lince da espécie Lynx issiodorensis é uma espécie extinta e, conforme já citado, viveu na região da Europa no período Pleistoceno. Apesar disso, devido ao fato de alguns fósseis que acreditam-se pertencer à essa espécie, esses linces se originaram na região da África. Há uma teoria de que o Lynx issiodorensis é o ancestral comum de todos os linces existentes no mundo, apesar de alguns estudiosos discordarem disso, uma vez que ele apresenta características um pouco diferentes dos linces atuais, como um pescoço muito mais longo, uma cabeça maior que as vistas atualmente e membros além de mais curtos, mais robustos que os demais linces encontrados nos dias de hoje.
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