Meu Território, Minhas Regras!

A realização de marcação de território feito por animais machos é algo muito conhecido, tanto pelos proprietários dos animais, quanto por aqueles que gostam deles. Entretanto, a motivação de gatos e cães que têm frequentemente essa forma de comportamento pode se dar de maneira diferente, e compreender as causas destes é de grande valor para evitar que continue o problema.

Ainda que a marcação de território possa ser algo passageiro na vida dos animais, existem situações em que ela se torna um hábito ou um mau hábito. Esse comportamento, acaba causando grandes preocupações e dores de cabeça para os donos de animais que insistem em deixar rastros por onde passam.

Além das causas mais comuns, as quais incluem a remessa de uma mensagem para manifestar o domínio sobre determinado local e, em se tratando de fêmeas, para dar um aviso de que estão no cio. Além das razões citadas, a marcação do território também pode se dar em virtude de questões psicológicas do animal que, por estar com nível de insegurança elevado ou necessitar de maior atenção, pode ficar fazendo xixi pela casa toda.

Entretanto, nestas situações, o treinamento e o tratamento para que o pet passe a conseguir controlar o comportamento é diverso, e as situações que causam o desencadeamento dessas atitudes precisam ser levados em conta, pois ele não acontece apenas através do instinto de gatos e cães.

Inúmeros fatores que compreendem doenças dentre outras complicações relacionadas à saúde do pet (além de depressão) também servem de disparo para que um animal se comporte de forma a demarcar território. Com isso, ao perceber ações bastante frequentes nesse sentido, é aconselhável que se agende uma consulta com um veterinário, ou profissional habilitado para treinamento, pois a desobediência e a falta de treinamento de um cão ou gato podem ser confundidos facilmente com a marcação de território.

A Demarcação de Território Entre os Cães

Uma das mais comuns reclamações que os veterinários costumam receber dos donos de cães machos é a mudança de comportamento deles, pois, de uma hora para outra, os mesmos deixam de fazer suas necessidades no local correto e ficam fazendo xixi por todo o lado. Em grande parte dos casos, os donos dizem que os filhotes parecem terem desaprendido a fazer o xixi no local indicado. E tal alteração tende a ser tomada como uma rebeldia simples do cão.

Esta alteração, na verdade, possui muito mais relação com os ancestrais selvagens do cão do que somente com um comportamento rebelde. E para compreendermos tudo isso melhor, uma explicação precisa ser dada, especialmente relacionada à vida dos lobos.

Entendendo Melhor o Assunto

Nas florestas havia inúmeras matilhas. Entretanto, cada delas possuía seu território próprio, que precisa ser respeitado pelos demais membros das matilhas.  A maneira que as matilhas encontravam para limitar seu território era por meio de substância excretada pelo macho líder ou alfa. Esta secreção também era eliminada através do órgão masculino, e nem sempre vinha junto ao xixi.

Ao deixar essa secreção espalhada em seu território, o macho erguerá um tipo de cerca invisível, que delimitará o local por meio do cheiro. Todo lobo ou cachorro que invadisse esta “cerca” seria tido como um invasor, e sofreria o ataque da matilha.

Ainda que os cães tivessem passado por um processo de domesticação de vários séculos, determinados comportamentos ligados à sua vida selvagem foram mantidos e a marcação territorial é um deles.  Nem todo indivíduo macho possui esta característica quando adulto, apenas os alfa, ou ainda, aqueles levados a serem líderes.

Em lugares onde exista mais de um indivíduo macho é habitual que os mesmos passem a disputar a liderança do grupo onde cada animal coloca a sua secreção por sobre a do “adversário”.  E essa disputa não tem fim.

Esta mudança passa a ocorrer quando o animal deixa de atuar como um filhotinho e vem a fazer xixi da mesma forma que um animal adulto. Há todo um grupo de mudanças e o fazer xixi com a perna erguida é um deles.

E dando vazão a seu instinto de demarcação de  território, ele passa a fazer xixi ao redor de toda a casa. Entretanto, esta secreção é suprimida pingo a pingo, e habitualmente tem forte odor.  Bem mais fedido que o cheiro do xixi comum de um animal macho. Determinados animais com maior sentimento de liderança costumam até mesmo demarcar objetos de seus donos tais como carro, móveis, portas e até o próprio dono.

Como Resolver o Problema

Como descrito acima, a demarcação é um comportamento ancestral e instintivo, por isso, não gaste suas energias brigando com seu animal! Ele não age assim para te estressar, simplesmente é seu instinto. Outra coisa errada é achar que tal comportamento pode melhorar com o passar do tempo, pois não vai!

Você pode até mesmo pensar: por que meu animal pretende demarcar território num local que é apenas dele? Mas, isso não é algo racional, por isso, é bobagem tentar entender pela lógica. Por exemplo, seu cachorro não se alimenta porque tem conhecimento que aquele hábito o faz crescer saudável e forte, e sim porque seu instinto de sobrevivência fala mais alto. A mesma coisa acontece com a demarcação de terreno.

A única forma de resolver este problema é acabar com a produção hormonal do macho, ou seja: passando-o pela castração. Aqui é preciso encarar o problema, deixando de lado os preconceitos e mitos que envolvem esta situação. Os donos homens de cães nem mesmo gostam de falar nessa possibilidade, e em muitos casos optam pela vasectomia do animal como uma paliativa solução. Para ser sincero, de nada adianta a vasectomia, já que continua a produção hormonal.

É bom lembrar que o animal não possui a consciência humana, por isso, aquele que passa pela castração não deixa de ser feliz. Ele o é da mesma forma, já que não tem ideia do que perdeu.  Também é importante salientar que o animal não ficará mal próximo de uma fêmea no cio, com a cabeça cheia de pensamentos do tipo: Ah! Se eu fosse inteiro poderia cruzar com ela.

Não se pode comparar o cão com o homem, um não tem a mesma forma de pensar que o outro.

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Categoria(s) do artigo:
Caninos

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