Qual é o Habitat Natural do Pardal?

  1. Pardal

    O pardal, também conhecido como Pardal-do-telhado, e em inglês, House Sparrow, possui nome científico Passer domesticus. Essa ave é pertencente à ordem dos passeriformes, ou seja, é um pássaro.
    Oriunda da Ásia e da Europa, apesar de ser amplamente encontrada no Brasil atualmente. Ela foi trazida para cá como uma espécie exótica e se espalhou pelo país. Mas ela não se espalhou só no Brasil, ela na verdade é hoje a ave com maior distribuição geográfica do planeta, não sendo encontrada apenas na Antártida. Esses pássaros podem ser facilmente encontrados em locais onde há habitação humana, nas cidades, onde há casas, edifícios, comércios, plantações, etc. São poucos lugares onde não podem ser encontrados.
    Este passarinho pequeno e robusto possui uma expectativa de vida de aproximadamente sete anos de idade na natureza, podendo chegar até os 13 anos – neste caso, em cativeiro. Pesam cerca de 30 gramas, medem aproximadamente 15 centímetros, com patas curtas e coloração rosa, com bicos cônicos muito fortes e grossos.

Origem, Distribuição E Habitat

O pardal, como já foi dito, apesar de ser facilmente encontrado aqui no nosso país, não é oriundo deste local. Ele foi primeiramente descrito na Europa e na Ásia, em diferentes países. Em meados de 1903 ele foi trazido de Portugal para o Brasil, com autorização de soltura do prefeito do Rio de Janeiro. Aqui no continente Americano, ele chegou por volta de 1850.

Por ser uma espécie exótica, ela se espalha mais rapidamente. Isso acontece porque uma espécie que veio de outro lugar não possui pragas, doenças e predadores naturais. Com isso ela tem uma chance muito maior de vencer na competitividade com outras espécies que possuem um nicho ecológico similar e/ou próximo do dela. Com isso, acaba sendo prejudicial para a natureza, na maioria das vezes, pois elimina espécies endêmicas e pode alterar significativamente o ambiente. Inclusive há um grande problema para a agricultura em muitos lugares, pois os pardais acabam sendo considerados pragas das plantações.

Os pardais podem ser encontrados em todo mundo, isso você já sabe. Entretanto podemos dizer que os locais onde os pardais estão adaptados a viver são habitats abertos, sejam eles nas cidades ou campos.

Características

Eles são pequenos, robustos, leves, com bicos fortes. Possuem entre 13 e 18cm de comprimento, chegando a até 25cm de envergadura. O seu peso está entre 10 e até 40 gramas. O pardal possui dimorfismo sexual, ou seja, há diferenças visíveis entre o macho e a fêmea desta espécie.

Os machos possuem uma coloração na primavera e outra no outono. Na primavera a plumagem é acinzentada na região próxima ao píleo e fronte, com pelagem escura tendendo ao preto no loro e garganta, com marrom e preto nas asas e também na região do dorso, cinza claro e branco na região do rosto, também peito e abdômen. Os bicos são pretos e os pés rosados. No outono eles ficam com o loro com coloração preta, a garganta com coloração mais clara chagando próximo ao branco. No outono toda a coloração da plumagem é mais clara, menos evidente. Isso tem muito a ver com a época reprodutiva.

Pardal Fotografado no Tronco

Pardal Fotografado no Tronco

As fêmeas possuem uma coloração mais acinzentada no píleo. Os loros são marrons, também a fronte e bochechas, com uma listra de cor clara. As rêmiges e também o dorso é muito parecido com a coloração dos machos. Os jovens apresentam uma cor muito parecida com a das fêmeas, mesmo os machos.

Subespécies

• Passer domesticus bactrianus (Zarudny & Kudashev, 1916)
• Passer domesticus balearoibericus (Von Jordans, 1923)
• Passer domesticus biblicus (Hartert, 1904)
• Passer domesticus domesticus (Linnaeus, 1758)
• Passer domesticus hufufae (Ticehurst & Cheesman, 1924)
• Passer domesticus hyrcanus (Zarudny & Kudashev, 1916)
• Passer domesticus indicus (Jardine & Selby, 1831)
• Passer domesticus niloticus (Nicoll & Bonhote, 1909)
• Passer domesticus parkini (Whistler, 1920)
• Passer domesticus persicus (Zarudny & Kudashev, 1916)
• Passer domesticus rufidorsalis (C. L. Brehm, 1855)
• Passer domesticus tingitanus (Loche, 1867)

Alimentação

A alimentação dos pardais consiste basicamente de sementes, como exemplo a semente de capim, painço, alpiste, etc. Podem também se alimentar de frutas variadas, como mamão, banana, maçã, acerola, dentre várias outras. E claro, migalhas de pão e outros restos de alimentos de humanos. Mas sua alimentação não é apenas vegetariana, eles também comem pequenos insetos. No período reprodutivo a alimentação é muito mais rica.

Pardal Se Alimentando

Pardal Se Alimentando

Comportamento

O pardal é muito abundante no ambiente humanizado, isso já está claro. Por isso sua interação com os humanos é grande. Ele vive em grandes cidades e lugares habitados e estão próximos aos humanos, inclusive porque assim sempre se aproveitam de restinhos de comidas que caem no chão.

Costumam viver em bandos cheios de indivíduos em zonas de plantações e também em parques urbanos. Já foi observado que o pardal costuma de banhar com chuvas nas copas das árvores e se esfregar em folhas úmidas de sereno e chuvas. E, em dias ensolarados, eles se juntam em pequenos grupos para se esfregarem nas areias do chão quente.

Reprodução

Os pardais são monogâmicos. Formam pares que se reproduzem e constroem seus ninhos entre os meses de fevereiro e maio. Mas esse período pode dar uma variada dependendo da disponibilidade na natureza de materiais para construir o ninho, pois ele deve ser muito organizado e resistente. O ninho é feito com vegetação seca, penas caídas, cordas, papeis e outros materiais naturais e secos caídos pelo chão, como galhos finos. Ele é construído em locais altos, como postes de iluminação, arbustos grandes, árvores, buracos em barrancos e paredes, edifícios, telhados, etc. Ou também, é comum, podem usar ninhos prontos que estão em boas condições.

Depois de pronto, o macho corteja a fêmea próxima e de seu interesse. Ele lhe mostra o ninho para ver se ela gosta, eriça sua penugem de maneira teatral. Se a fêmea gostar, ela entrará no ninho. Isso já deixa claro que ela quer a cópula. Então o casal copula.

Filhote de Pardal

Filhote de Pardal

A fêmea posta os ovos que são acinzentados. O pai e a mãe incubam e cuidam dos ovos por cerca de duas semanas até que eles estejam prontos para eclodirem. Algumas vezes o tempo de incubação pode se estender, depende também da temperatura do ambiente, para até 24 dias. Depois de eclodirem os ovos, os filhotes são cuidados e alimentados nas próximas duas semanas pelos pais. Eles primeiramente recebem uma alimentação rica em proteína, com minhocas e outros pequenos animais. Depois desse tempo passam a receber vegetais, como ementes e frutas.

Conservação

Apesar de sua ampla distribuição geográfica e de ainda ser muito abundante. O número de pardais vem diminuindo drasticamente. Estima-se que mais de 63% dos pardais já se perdeu até o ano de 2013 (último dado).

Os pardais são considerados indicadores biológicos de saúde do ambiente nas cidades. Isso significa que onde há pardais, é provável que o nível de contaminação e poluição do local esteja baixo. Ela é sim uma espécie exótica na aqui na América. Mas já se adaptou muito bem e, neste ponto, devemos nos preocupar em fazer de tudo para conservar e3sta espécie para que o nível de indivíduos nas populações não diminua a ponto de eles não conseguirem mais se reproduzirem na natureza e sim apenas em cativeiro.

Apesar de tudo isso, o cartão-postal cotidiano das cidades, o pardal-doméstico, que antes convivia aos montes com os humanos, já não são nem tão habituais nem tão massivos. Estima-se que 63% dessas aves desapareceram da Europa entre 1980 e 2013.

As principais causas para a diminuição no número de pardais são:
• Pesticidas nas vegetações
• Poluição
• Eletromagnetismo
• Aumento do efeito estufa e aquecimento global
• Falta de espaços para se abrigarem e também para construir os seus ninhos
• Competição com novas espécies exóticas e invasoras
• Aumento de predadores (gato doméstico)

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Categoria(s) do artigo:
Aves

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