Conhecido popularmente como Pica-Pau-Oliváceo devido a sua tonalidade verde oliva esse pássaro tem como nome científico Colaptes rubiginosus que significa ‘cheio de ferrugem’ em referência ao visual das suas asas e costas. É encontrado no sul do México, leste da Guiana, noroeste da Argentina e em Trinidad e Tobago. Antes era classificado como sendo integrante do gênero Piculus. Continue lendo para conhecer melhor essa espécie e conferir fotos.
Nome Científico do Pica-Pau-Oliváceo
O nome científico dessa ave é Colaptes rubiginosus, Colaptes vem do grego kolaptë, kolaptö e significa ‘bico com forma de cinzel’ e rubiginosus vem do latim significando algo como avermelhado ou enferrujado. Sendo assim seu nome científico descreve uma ave avermelhada com bico de cinzel.
Características da Espécie
O nome popular dessa ave se deve a plumagem olivácea que possui na sua parte superior. Essas aves medem em média 22 cm de comprimento e pesam 68 gramas. Os indivíduos adultos dessa espécie geralmente são da cor dourada podendo ter algumas restrições em sua cauda. As costas e asas dessa ave apresenta uma tonalidade de vermelho que lembra ferrugem.
A parte de cima da cabeça está dividida em dois tons de vermelho que alcançam a nuca e as costas. O rosto dessa ave é branco com tons amarelados e as suas partes inferiores tem tons de amarelo e preto. A cauda do pica-pau-oliváceo é preta e os machos adultos contam com uma faixa vermelha, algo que as fêmeas não têm. Um pássaro bonito e que tem fama de ser bastante trabalhador.
O Habitat e a Vida do Pica-Pau-Oliváceo
Um pássaro que pode ser encontrado em florestas, especialmente aquelas mais abertas e também em regiões montanhosas. No período de reprodução essa ave deposita dois ou três ovos brancos em um ninho feito numa árvore. A incubação dos ovos é feita por machos e fêmeas. Quando os filhotes nascem são alimentados por regurgitação.
Como essas aves costumam viver em regiões de florestas montanhosas – geralmente separadas por caudalosos rios – acabaram evoluindo para em torno de 20 subespécies. Uma diferença notável de algumas das subespécies sul-americanas é ter somente uma barreira amarela bem estreita nas partes inferiores. Já nas subespécies andinas é possível identificar uma cor mais pálida no seu olho.
Conhecendo Algumas Subespécies e Suas Localizações
Dentre as subespécies podemos citar Piculus rubiginosus yucatanensis encontrada de Oaxaca, México até o oeste do Panamá; Piculus rubiginosus buenavistae que estão distribuídos da cadeia de montanhas andinas no leste da Colômbia até o Equador; Piculus rubiginosus rubiginosus encontrado das Montanhas do Norte até o noroeste da Venezuela; Piculus rubiginosus tobagensis encontrado em Tobago.
Também tem a Piculus rubiginosus trinitatis encontrada em Trinidad; Piculus rubiginosus guianae encontrada na parte leste da Venezuela e Guiana; Piculus rubiginosus nigriceps também encontrada na Guiana; Piculus rubiginosus alleni encontrada na Colômbia; Piculus rubiginosus deltanus encontrada na Venezuela assim como a Piculus rubiginosus meridensis e Piculus rubiginosus paraquensis entre outras.
Alimentação do Pica-Pau-Oliváceo
Alimentação do Pica-Pau-Oliváceo
A base alimentar principal dessa ave é composta por insetos inclusive formigas e larvas de besouros. Para se alimentar o pica-pau tem o hábito de bicar incessantemente o casco de árvores para que possa alcançar os insetos que se esconder por lá. O ‘prato’ favorito dos pica-paus é cupim. Também se alimentam de bagas e frutas.
Curiosidades Sobre Pica-Pau
Muitas pessoas são familiarizadas com essa curiosa ave desde crianças devido ao personagem Pica-Pau dos desenhos animados. Contudo, é bem provável que essas pessoas não saibam exatamente como é o estilo de vida das aves dessa espécie batalhadora que para se alimentar precisa usar seu rígido bico para golpear árvores. Continue lendo e confira algumas curiosidades dessas aves.
– Presente na América e Europa
As aves pica-pau estão presentes no continente europeu e também na América (Central e do Sul). Curiosamente essas aves são encontradas em maior quantidade na América do Sul.
– Variedade de Pica-Pau
Há uma boa variedade de espécies de pica-pau sendo que essas aves podem variar entre 20 e 59 centímetros de comprimento, também podem ter cores diversas como roxo, laranja e verde, todas com muito brilho. Vale ressaltar que existem exceções e pica-paus com outras cores também podem ser encontrados na natureza.
– Adaptações
Para que possa encontrar seu alimento (insetos e larvas dentro do tronco de árvores) possui um bico bastante forte para golpear o tronco e também quatro dedos em suas patas sendo dois voltados para frente e dois para trás (assim consegue se segurar com mais facilidade).
Um pica-pau pode golpear a casca de uma árvore entre 15 e 16 vezes com seu bico em apenas um segundo. Inclusive é isso que produz aquele som bem característico que se tornou símbolo do Pica-Pau do desenho. Para reduzir as chances de danos ao animal pelo impacto das bicadas as suas narinas e a sua língua são conectados ao seu cérebro criando uma espécie de bloqueio durante o ato de bicar.
O crânio do pica-pau é mais espesso do que o de outros animais, uma adaptação relevante para proteger o seu cérebro do impacto das bicadas. A cabeça dessa ave pode atingir a velocidade de uma bala enquanto está bicando. A cabeça do pica-pau recebe golpes que podem ser mil vezes mais fortes do que a gravidade.
– Grande Volume de Comida
Pica-pau-de-cabeça-amarela se Alimentando
O pica-pau demanda um grande volume de comida devido ao seu intenso dispêndio de energia para conseguir seu alimento, não é nada fácil ficar bicando a casca de uma árvore. Além disso, a ave não busca comida apenas para si, mas também para a sua família podendo inclusive dividir com outra ave próxima. Geralmente um pica-pau precisa de 900 a 1.000 larvas por dia para que possa se manter pronto para a caçada. Para isso ele pode bicar mais de 12.000 vezes por dia.
Há uma espécie conhecida como pica-pau das bolotas que armazena alimento durante a primavera e o verão para ter o que comer no inverno. Para isso essa ave ‘guarda’ bolotas de comida em árvores por meio de um buraco feito com seu bico. Curiosamente armazenam somente uma bolota em cada casco de árvore.
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