De nome científico Celeus lugubris, o Pica-Pau-Louro, tem um visual inconfundível, sua cabeça parece ter sido platinada. Um visual bem diferenciado para uma ave pertencente a ordem dos Piciformes e da família Picidae. Quer saber mais sobre essa ave de visual tão impactante? Continue lendo para conferir alguns detalhes bem interessantes!
Entendendo o Nome Científico do Pica-Pau-Louro
Como já mencionado essa ave tem como nome científico Celeus lugubris, a primeira palavra vem do grego keleus que significa pica-pau verde. A segunda parte do nome científico vem do latim lurubris que significa algo como lúgubre ou triste. Logo o nome refere-se a um pica-pau triste. Essa ave tem uma expressão um pouco triste.
Quais São as Principais Características do Pica-Pau-Louro?
Essa ave tem em média 24 centímetros de comprimento e pesa entre 115 e 130 gramas no caso da subespécie lugubris e entre 134 e 157 quando se trata da subespécie kerri. O nome popular foi atribuído devido a sua cabeça e penacho amarelo. O macho possui uma faixa vermelha no seu malar e as fêmeas tem essa faixa na cor preta.
A parte inferior do corpo desse pica-pau costuma apresentar tons de castanho escuro sendo seu dorso escuro barrado de amarelo. As asas dessa ave apresentam tonalidades marrons com manchas na tonalidade ocre escura. As supracaudais também são amarelas. É uma ave de aparência diferenciada.
As Duas Subespécies Conhecidas
O pica-pau-louro possui duas subespécies reconhecidas: Celeus lugubris lugubris e Celeus lugubris kerri. A primeira é encontrada no sudoeste do estado brasileiro do Mato Grosso e nas planícies secas presentes no leste boliviano. A segunda subespécie é encontrada no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul, Paraguai e nordeste argentino.
Alimentação do Pica-Pau-Louro
A base alimentar dessa espécie é composta por insetos capturados sobre os troncos de árvores ou numa caçada empreendida abaixo da casca das mesmas. Os ‘alimentos’ favoritos são cupins e formigas. O nome de pica-pau se deve ao hábito constante de bicar árvores que essa ave possui. O objetivo desse hábito, retratado como irritante no desenho Pica-Pau, é que a ave tenha acesso a alimento, insetos e larvas que ficam escondidos embaixo da casca das árvores.
Alimentação do Pica-Pau-Louro
Proteção Para o Cérebro
Estudos realizados com diferentes espécies de pica-pau concluíram que essa ave pode chegar a uma velocidade de cerca de 6 metros por segundo quando está se dedicando a encontrar comida. Uma ave plenamente adaptada para sua principal atividade de caça, pois conta com estruturas esponjosas que protegem seu cérebro do impacto.
O fato de ter diferença de tamanho entre a parte de cima e debaixo do seu bico também colabora para que o cérebro da ave não seja danificado com toda a intensidade utilizada. Inclusive a identificação desses mecanismos naturais de proteção dos pica-paus pode ajudar o ser humano a desenvolver equipamentos de proteção para cabeça.
Também foi descoberto que não existe espaço entre o crânio e o cérebro dessas aves. Dessa forma o cérebro fica parado no lugar enquanto as bicadas estão ocorrendo. O cérebro humano fica mais solto dentro da caixa craniana, algo que pode tornar acidentes com impacto muito graves. Há ainda o fato de que o cérebro do pica-pau é mais alongado vertical do que horizontalmente, isso permite uma distribuição mais homogênea do impacto para a ave.
Pica-Pau-Louro Dentro da Árvore
Osso Hioide
O osso hioide nos seres humanos forma o pomo de adão, nos pica-paus é extremamente mais desenvolvido começando na parte inferior do seu bico passando por dentro das suas narinas alcançando o topo do seu crânio. Esse osso contorna a cabeça da ave descendo até a sua testa criando um tipo de círculo.
Ainda existe muito para se investigar a respeito de como funciona a anatomia de um pica-pau, algo que pode ser relevante para a construção de equipamentos de segurança mais qualificados para seres humanos. Uma ave que passou por um processo evolutivo bastante consistente e que a preparou para sobreviver.
A Língua
O pica-pau usa o bico para perfurar a madeira chegando até os insetos e larvas escondidos embaixo da casca, no entanto, a captura dos mesmos se dá com o uso de sua língua que possui excelente aderência. A língua e as narinas dessa ave estão conectadas ao seu cérebro. Logo a ave fura a madeira e insere a sua língua para pegar seu almoço. Talvez não seja a imagem mais agradável assistir a um pica-pau se alimentando, a língua dessa ave é bastante eficiente no precisa fazer, algo que pode parecer meio assustador.
Reprodução do Pica-Pau-Louro
Esse pica-pau constrói seu ninho a uma altura entre 4 e 10 metros do chão. Para isso ele pode escavar cupinzeiros ou formigueiros de árvores. Também pode utilizar para a sua construção galhos secos e pedaços de árvores mortas do período de agosto a novembro. O pica-pau é conhecido como um excelente construtor da natureza criando ninhos relativamente elaborados e seguros para os seus filhotes usando a mão de obra disponível no seu habitat.
Quais São os Hábitos do Pica-Pau-Louro?
Essas aves são encontradas geralmente em áreas arborizadas abertas podendo ser avistados no Mato Grosso do Sul e no Pantanal (Mato Grosso) no Brasil. A espécie está presente ainda no Chaco paraguaio em cerrados, matas de galeria, campos sujos, carandazais entre outros.
O seu deslocamento acontece nos coordenados voos ondulados, característicos de todos os pica-paus, com alternância de batidas fortes de asas para subir e descidas com as asas bem fechadas. Esse pica-pau costuma voar em alturas mais baixas para que possa se esconder com rapidez entre as árvores.
Chamado do Pica-Pau-Louro
O pica-pau-louro tem um chamado bastante alto que é semelhante a uma gargalhada. O canto se dá em três ou quatro sequências seguidas. Quem ouve esse pica-pau emitindo seu chamamento garante que é bastante agradável. Para indicar a dominância do território costuma tamborilar realizando batidos uniformes dentro de um ritmo previamente estabelecido.
Pica-Pau-Louro Pendurado no Galho
Distribuição Geográfica do Pica-Pau-Louro
Pode ser avistado no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul estendendo-se até a Bolívia, Argentina e Paraguai.
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