Conheça mais sobre o gavião tesoura e seu aspecto físico para reconhecer o animal.
Você já ouviu falar do Elanoides forficatus, mais conhecido como gavião tesoura? Esse é um animal da família dos acipitrídeos. A espécie pode ser encontrada com frequência em locais como a América Central e o Norte da Argentina, além de poder ser vista em todo território brasileiro em matas ciliares, aquelas localizadas nas margens de rios e córregos, cerrados e áreas urbanas.
Com a cauda em forma de “V”, o gavião tesoura é um dos tipos mais bonitos de gaviões. Nessa espécie, os animais chegam a alcançar até cerca de 66 centímetros, mas as fêmeas são predominantemente maiores. Os machos chegam a um peso máximo de 407 gramas, já as fêmeas, por serem naturalmente maiores, chegam a pesar aproximadamente 28 gramas a mais do que seus parceiros, tendo como peso máximo 435 gramas.
As asas, que em geral são da cor preta, tem envergadura de aproximadamente 120 a 135 centímetros. Com a cabeça e a parte inferior na cor branca e a cauda em formato de tesoura, responsável por seu “apelido”, esse animal é facilmente reconhecido durante o voo.
Além de ser chamado de gavião tesoura, essa ave também tem outros apelidos como gavião-de-taperas, itapema ou tapema. Essa espécie costuma habitar regiões e florestas com pouca vegetação e são muito ágeis durante o vôo, isso porque os gaviões tesoura utilizam as correntes térmicas a seu favor.
Esse gavião é considerado uma ave rapina, mas o que é isso? São aves que se alimentam de carne e possuem características semelhantes, entre elas o bico curvado e pontiagudo e as garras fortes. Quando chega a época de reprodução, macho e fêmea fazem apresentações de voo para atrair a atenção um do outro, e quando se unem, é para sempre. Esse animal tem apenas um parceiro durante toda a vida.
Após o ato de reprodução, o gavião tesoura constrói o ninho, que é feito de gravetos e musgo, no alto de árvores e em lugares bastante afastados. Geralmente preferem lugares escondidos, como algum buraco no tronco da árvore ou bem no topo, entre as folhagens. Essa ave costuma botar entre dois e três ovos brancos ou na cor creme. O período de incubação é de 24 a 28 dias. Apesar da mãe permanecer no ninho com os ovos todo o tempo, diferente de outras espécies, o pai também pode ajudar os filhos a nascerem.
Os filhotes costumam deixar o ninho em um período de seis ou sete semanas, mas não se afastam dos pais, que continuam sempre presentes na vida dos filhos até o período em que migrarem para reproduzir. Uma curiosidade da espécie é o companheirismo, pois quando um casal de gaviões tesoura está construindo seu ninho, outras aves do grupo que não estão em fase de reprodução ajudam o novo casal na construção do novo lar. Uma graça, não é?