Abutre-do-Egipto

O Abutre-do-Egipto (grafia em Portugal) pode ser encontrado na África, Ásia e no sul da Ásia. Esses animais são vistos geralmente em parques naturais de Portugal, no entanto, no inverno eles migram para o continente africano. Realizam voos circulares aproveitando as correntes de ar para apenas planar nos céus. Trata-se de um animal necrófago, ou seja, que se alimenta dos restos de outros animais mortos. Que tal saber um pouco mais sobre esses abutres?

Abutre-do-Egipto: O Menor dos Abutres

 De porte médio, o abutre-do-egipto (Neophron percnopterus), é o menor do grupo de abutres podendo medir até 65 centímetros de comprimento com uma envergadura que fica entre 1,55 e 1,70 centímetros, pode pesar até 2 kg. Sua face é de um amarelo aceso e o bico com forma de gancho. A plumagem é branca e uma observação pertinente é que seu pescoço possui uma quantidade significativa de plumas.

Outros nomes populares pelos quais é conhecido incluem britango, abanto, galinha de faraó e abutre branco do Egito. Praticamente metade dos indivíduos dessa espécie vive na Europa em especial em Portugal. Uma curiosidade a seu respeito é que essas aves usam o voo circular para se locomover sem precisar de grande esforço, isso acontece porque aproveitam as correntes de ar.

Dieta do Abutre-do-Egipto

 Essa espécie, diferente de boa parte dos abutres, inclui em sua dieta detritos orgânicos além de carne em putrefação. O que define os alimentos que farão parte da sua dieta é a disponibilidade. Quando inserido num contexto urbano esse abutre pode se alimentar de lixo humano incluindo frutas e vegetais em processo de decomposição. Diariamente esse abutre é capaz de se deslocar cerca de 80 km para buscar alimento.

Na fase migratória os abutres-do-egipto conseguem utilizar pedras para quebrar ovos de avestruz e se alimentam deles. Trata-se de uma das únicas espécies de aves que se vale desse recurso. Para tanto ele primeiro rouba os ovos de avestruz dos ninhos e os guarda delicadamente num local seguro. Depois ele procura por pedras e as utiliza para abrir a casca dos ovos e poder se alimentar deles.

Abutre-do-Egipto Voando

Abutre-do-Egipto Voando

Reunião Para se Alimentar

Esse abutre costuma se alimentar em grupo com outros abutres, no entanto, é o que fica com as menores e piores partes. Seu comportamento em relação a outros abutres costuma ser condescendente, no entanto, tem certo destaque dentre as demais aves. Dentre as principais refeições desse abutre estão cadáveres de outros animais como ratos, coelhos e cobras. O bico embora não seja forte pode ser usado para explorar os restos de outros animais.

Risco de Extinção

De acordo com considerações da comunidade científica essa espécie de encontra sob ameaça de extinção. Para se ter uma ideia em Portugal a população de abutres-do-egipto caiu em torno de 30% nas últimas três décadas, um dos principais motivos é a degradação do seu habitat natural, também deve ser mencionada a perturbação humana.

Uma questão bastante grave é a da caça ilegal de elefantes na África, os caçadores que tem interesse no marfim envenenam a carcaça dos mamutes para matar os abutres e assim dificultar que sejam encontrados pelas autoridades. Há quem mate essas aves para utilizar partes do seu corpo na medicina tradicional.

Reprodução do Abutre-do-Egipto

Casal de Abutre-do-Egipto

Casal de Abutre-do-Egipto

O ninho desses abutres geralmente é construído em escarpas ou penhascos podendo ser reutilizado por anos. Os ovos são postos na primavera, entre um e três, o pai e a mãe se revezam para o processo de incubação e depois de seis semanas nascem os filhotes. Passado três meses a cria totalmente desenvolvida deixa o ninho.

Os abutres que vivem em áreas mais setentrionais se caracterizam como migradoras dirigindo-se para o norte quando a primavera chega. Entre o fim de fevereiro e o começo de março as aves chegam à Europa através de Gibraltar, os adultos chegam antes. Os abutres-do-egipto passam o verão no continente europeu retornando para a África entre setembro e outubro.

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Categoria(s) do artigo:
Aves

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