Tatu-de-Quinze-Quilos: Características, Nome Científico e Fotos

A segunda maior espécie de Tatu conhecida é o Dasypus Kappleri Krauss, também conhecido como Tatu-de-quinze-quilos ou ainda Tatu-grande-narigudo. Ele, além de ser facilmente reconhecido pelo seu tamanho, é também muito diferente dos outros tatus por ter esporas muito proeminentes nas suas patas traseiras. É um mamífero consideravelmente interessante, com características físicas, fisiológicas e comportamentais diferentes de tudo o que você está acostumado, ao imaginar um mamífero comum.

O tatu é um animal semifossorial, que pode ser encontrado nas planícies da América do sul. Entretanto ele é capaz de ocupar diversos tipos de habitats, dentre eles podemos citar as florestas tropicais, as matas ciliares (vegetação que protege o entorno de rios) e também pastos. O tatu-de-15-quilos não está listado entre espécies ameaçadas de extinção, entretanto ele está sofrendo muito com situações causadas pelos seres humanos, como a destruição do seu habitat, deixando a espécie vulnerável a ocupar outro lugar na classificação. Neste artigo iremos conhecer mais sobre este animal incrível.

Fatos Rápidos

Dasypus Kappleri Krauss

Dasypus Kappleri Krauss

  • Ordem: Cingulata
  • Família: Dasypodidae
  • Gênero: kappleri
  • Nome científico: Dasypus kappleri krauss
  • Nomes comuns: tatu-quinze-quilos, tatu-tinga, tatu-açu, tatu-verdadeiro e tatu-canastra, mulita de Kappler (espanhol), tatú peba grande (espanhol, Equador), tatú-de-quinze-quilos (espanhol, Bolívia), armadillo aracacho (espanhol, Colômbia); tatou de Kappler (francês); grand tatou (francês), greater long nosed armadillo (inglês)

Características

Quem deu o nome a espécie foi Krauss, que decidiu fazê-lo em homenagem ao pesquisador August Kappler, um naturalista de origem alemã. Kappler dedicou boa parte de sua vida estudando os animais do Suriname, quando encontrou este tatu do gênero Dasypus.

Este tatu é facilmente distinguível dos outros de seu gênero por ter um padrão incrivelmente único de escamas no seu escudo pélvico. Estas são lisas, achatadas e uniformes. Além disso, possui escamas centrais e periféricas em um mesmo nível. As escamas da cauda do D. kappleri são únicas também, com proeminências. No crânio, o tatu-de-15-quilos possui uma proeminência chamada de crista palatina lateral.

O Tatu-de-quinze-quilos possui a cabeça do tamanho variável entre 51 e 57 centímetros de comprimento. A sua cauda pode chegar ao comprimento de até 48 centímetros de comprimento. O peso total corporal deste animal é de até 11 quilos. Assim como os outros tatus, este mamífero possui a maior parte do corpo protegido por um escudo, mas neste há uma característica bem distintiva, que são as proeminências nas escamas, na parte posterior.

Distribuição

Este mamífero pode até ser encontrado em diversos habitats por aí, mas saiba que ele é nativo do nordeste tropical da América do Sul. Neste, ele está distribuído pelos países Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Colômbia, Venezuela, Brasil, Equador, Peru e Bolívia. Aqui no Brasil ele é encontrado na Amazônia. É um animal muito adaptado a viver em ambiente de floresta úmida, mas também em áreas de savana. Entretanto ele vive muito bem e é quase que restrito a ambiente de floresta tropical de planície.

Hábitos

O Tatu-de-quinze-quilos é um animal ainda pouco estudado pelos pesquisadores, zoólogos e biólogos. Sabe-se que é um animal de hábitos noturnos e muito pouco sociável, costuma viver solitário, até mesmo em época reprodutiva, não formando pares. Sua história natural ainda é um tanto quanto desconhecida também.

De acordo com relatos dos povos de tribos indígenas Matsés, ele é um animal que costuma viver em solidão e possui hábitos noturnos. Durante o dia ele fica entocado em margens de ravinas ou ainda ao lado de riachos. A toca deste tatu, assim como de muitos outros animais deste grupo, possui uma única entrada e, no interior, é forrada com folhas úmidas. Um único animal possui várias tocas, assim ele varia dia-a-dia sua casa.

Depois de passar o dia na toca, antes da noite chegar, o tatu começa a se ativar. Assim que o ambiente externo está totalmente escuro, ele sai da toca para fazer suas atividades. Correndo por caminhos já conhecidos ou explorando aos poucos novos caminhos, forrageando atrás de alimento. O tatu costuma caçar insetos, como besouros, formigas e centopeias. Mas também adora frutas e minhocas. Pode-se considerar que o tatu é um animal onívoro, já que, apesar de ter essas preferências, ele se alimenta de tudo o que encontrar no caminho, dentre vegetais e pequenos animais.

Os tatus dessa espécie costumam nadar entre riachos e também entrar em locais lamacentos. Quando começa a acabar a noite e o sol vai nascer, ele volta para a sua toca e, neste momento, ele começa a juntar folhas e detritos para levar para sua toca.

Alimentação

Dasypus Kappleri Krauss

Dasypus Kappleri Krauss

Alguns pesquisadores estudaram a dieta do Tatu-de-quinze-quilos e constataram que se trata de um mamífero insetívoro, mas não estritamente. Ele costuma se alimentar de qualquer inseto que encontrar, tem certa preferência por formigas, besouros e centopeias. Mas também pode se alimentar de vegetais, como frutos caídos e algumas sementes.

Reprodução

Não há muita informação até o momento sobre os hábitos reprodutivos desta espécie de tatu. Há o nascimento de duas crias a cada ninhada e não há um consenso sobre o sexo – algumas evidências sugerem que são duas crias do mesmo sexo, mas isto pode ser uma poliembrionia.

Conservação

Como é uma espécie que possui uma distribuição ainda abundante e não está descrita como ameaçada ou em risco para extinção, não foram avaliadas ainda as ameaças que podem causar problemas para a sobrevivência desta espécie.

Entretanto, há um consenso de que o desmatamento e a caça são ameaças óbvias e que estão afetando a permanência de diversas espécies de animais e vegetais no mundo, incluindo o tatu-de-15-quilos, já que há caça destes animais e também porque ele não sobrevive em áreas muito abertas, como campos desmatados.

A União Internacional para a Conservação da Natureza classificou o Dasypus kappleri como sendo uma espécie de menor preocupação. Mas, na região de Llanos no país da Colômbia já existem projetos de educação ambiental para a conservação do tatu-de-quinze-quilos.

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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