É comum que pelo menos uma vez na vida, em alguma situação, tenhamos a sensação de que algo de sobrenatural aconteceu, como um amigo que liga, bem no momento em que você começou a pensar nele. E o caso de sonhar com alguém e quando sair de casa, dá de cara com aquela pessoa. Porém, o que nos pode parecer coisa de “outro mundo”, diz o biólogo inglês, Rupert Sheldrake, não passa de um simples acaso.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=Fdorx5ecg3Y[/youtube]
Segundo Rupert, esses momentos são consequência do momento em que nos conectamos com a consciência primitiva e para provar essa teoria, bastaria observar como se comportam os animais. Pois eles, ainda usam o sexto sentido.
Vale ressaltar, que se Rupert defende essa teoria, nem todo mundo “está com ele”, digamos que a maioria dos cientistas dizem que tudo não passa de esoterismo. É um assunto seguido de várias controvérsias. Até porque, como se não bastasse, o biólogo inglês não poupa os cientistas e faz críticas a pontos que são pilares de métodos científicos.
Cães Sabem Quando Seus Donos Estão Chegando
Os cães sabem quando os donos estão chegando é o título de um livro que escreveu o biólogo Rupert. Apesar das controvérsias, o livro do inglês é um sucesso, um best-seller. Na publicação, ele reúne vários casos, os quais acompanhou de perto, querendo mostrar que os poderes vão além do que a ciência tradicional acredita.
Continuando a falar do que ele defende, sobre o instinto animal, a diferença é que nós humanos, perdemos essa capacidade. Para mostrar isso, o estudioso definiu três passos:
- Primeiro foram feitas entrevistas com pessoas que costumam lidar com animais, como veterinários, cegos, treinadores, tratadores de zoológico, entre outros.
- O segundo passo foi preparar questionários e distribuir sem seguir uma regra em residências nas quais viviam animais de estimação. Essa etapa foi realizada nos Estados Unidos e em alguns países britânicos.
- A terceira e última fase foi separar alguns casos para que esses fossem analisados, o que deu o resultado de um livro.
Alguns Casos Sobre Instinto Animal
A história de um cachorro que vivia com uma família em Manchester, na Inglaterra foi analisada. A cachorra que ficava na porta de entrada esperando pela volta da dona do trabalho, todos os dias. Segundo os pais da dona da cachorra, meia hora antes era o momento que o animal ia para portar aguardar.
Durante 100 dias o comportamento do cachorro foi observado e registrado, mas também a rotina da dona da cachorra. Foi então que o pesquisador Rupert ordenou que a dona da cachorra colocasse algumas variáveis na rotina. Mudou o perfume, passou a ir para casa usando meios de transportes diferentes e o animal estava lá, sempre no mesmo horário, sem mudar a rotina. Nem mesmo a variação de horários fez com que a cachorrinha perdesse a hora de esperar pela dona.
Foi então, que o biólogo usou cronômetros e câmeras para observar dono e cão, foram bem 120 fitas que depois foram cautelosamente analisadas. Uma primeira observação interessante foi que a cachorra não ia para a portar no momento em que a dona saía do trabalho, mas naquele que ela dizia que iria sair. Era como se o animal conseguisse ler os pensamentos da dona. Com toda essa pesquisa e resultados, Rupert concluiu que os animais possuem poderes extra-sensoriais, o que chamamos de instinto.
Ele garante ainda, que a ligação que um animal possui com o dono vai muito além de companheirismo. Pois, eles podem sentir que o dono está passando pelo um momento difícil, captar a existência de uma doença. Aliás, um caso despertou muito interesse, nessa relação, homem e animal.
Aconteceu na Inglaterra, quando uma mulher que passava por um período de depressão profunda ia pegar um remédio para se matar, com uma dose grande de calmantes, o seu cão, com ela há 15 anos, se colocou com muita agressividade em frente ao vidro.
O cachorro pela primeira vez foi agressivo com a dona, mostrando os dentes e que era capaz de avançar nela, caso ela tentasse pegar o vidro de calmantes para cometer o suicídio. Um cão que era considerado dócil e voltou a esse estado depois que adona desistiu de acabar com a própria vida.
Instinto Animal e Telepatia
Segundo Sheldrake a ligação entre animais e o homem vem de longa data. Segundo ele, desde que o homem domesticou os cães, estamos falando de mais de 100 mil anos. Por isso, segundo ele, o instinto animal, nada mais é do que a leitura que ele consegue fazer do pensamento das pessoas. Como o gato que no dia de ir ao veterinário, o que ele não gosta, simplesmente desaparece. O cachorro que mesmo simulando um passeio, sabe que está indo para uma consulta ou para tomar uma vacina.
No livro de Rupert são bem mais de 1.500 casos desses contatos. A explicação se resumiria, segundo Rupert, que não existe nada que consiga desvendar o instinto dos animais, apenas se tem certeza que ele existe. Não tem nem como levantar hipóteses.
Seria mais um daqueles “casos” que desafiam a ciência, como outros tantos, que estão sem uma justificativa até os dias atuais, mesmo depois de tanto estudo e observação.
O biólogo aposta nos campos mórficos para que exista essa conexão com objetos e seres, inclusive aqueles que não somos capazes de ver. Ele compara a um tipo de campo magnético, que sem uma bússola não nos apresenta absolutamente nada.
Seguindo as ideias de Rupert, os campos mórficos são criados na relação entre homem e animal doméstico. Quando um gato sabe que quem está ligando para casa é o seu dono, ele simplesmente estaria usando o seu sensor de campo mórfico. O mesmo seria o que leva um cão a usar o mesmo recurso, o mesmo que o homem já teve um dia e perdeu, segundo as teorias de Rupert.
O biólogo conclui dizendo que crê que a sua teoria nasce da evolução “natural do conhecimento” e cita Descartes, que dizia que “o único tipo de mente era a consciente”. Até que o inconsciente foi “criado” por Freud e veio Jung para dizer que existia além do inconsciente pessoal, o inconsciente coletivo.
O instinto animal é algo que parece incontrolável em quase todos os momentos, mas a natureza animal também tem os seus momentos de poesia e beleza. Quando os filhotes nascem e andam sempre junto com suas mamães ou mesmo quando brincam e se divertem, pois nem tudo é apenas caçar e devorar uns aos outros.
A natureza animal pode ser delicada como os pássaros e não somente brutal como os leões, por exemplo. Muitas pessoas gostam de observar a natureza e o comportamento dos animais, essas pessoas se surpreendem quando percebem que nem tudo é brutalidade e falta de delicadeza no mundo animal.
Conheça um pouco sobre a natureza e se surpreenda também com a relação entre os animais que podem ser colaborativos entre as espécies e até por que não amigos? O que podemos dizer da natureza animal, além de que é um ciclo de vida com as suas próprias regras?