Caramujo

Achatina Fulica é o nome científico do Caramujo gigante africano, trazido ao Brasil nos anos 80, com o intuito de ser comercializado a um preço inferior ao escargot. Foi levado para as fazendas do Paraná.
Infelizmente a aceitação do mercado não foi a esperada, fazendo com que a idéia naufragasse, deixando a espécie abandonado no meio ambiente e se adaptou à diversas regiões brasileiras. Nos 27 estados pertencentes à federação, calcula-se que em 25 estados podemos encontrá-lo. É uma espécie que causa muitos danos, tanto no meio ambiente como na agricultura, acabou virando vetor de doenças para os humanos.

Gigante

A História

O escargot é um molusco que faz parte da alta culinária, muito consumido nos restaurantes de elevado padrão em todo o mundo. Há uns 20 anos atrás o Achatina Fulica foi trazido do continente africano para o Brasil, afim de que o molusco se tornasse uma opção mais barata em comparação ao escargot. Muitos produtores gostaram da idéia, passando a criá-los, só que não tinham idéia de que o consumidor alvo do escargot, não gostou do advento do escargot falso (outro apelido dado ao molusco).
A partir deste momento, os produtores que criavam o caramujo gigante, sem conseguir vender sua produção, começaram a joga-los no lixo, nos rios e até mesmo em terrenos baldios. Conclusão, houve uma infestação destes moluscos nestes lugares, e até mesmo perto de centros urbanos causando rapidamente o espalho de toda a espécie pelo território brasileiro.

Infestação

Uma Praga em Quase Todo o País

O caramujo gigante é um animal que se reproduz muito rápido, além de ser assexuado, ele produz cerca de 600 ovos por ano. Já que os animais não possuem sexo, nada mais lógico dizer que todos possuem a capacidade de botar os 600 ovos cada (!). Outro fator que faz com que esses molusco se espalhe muito rápido, é que sua alimentação é muito variada, alimentando-se de flores, frutos, hortaliças, folhas e acreditem, de papelão. Também se adapta as diferentes temperaturas que nosso território possui resistem bem à seca ou ao frio, enfim, se sente bem em qualquer local.
Acabou se tornando uma praga por comer tudo o que encontra pela frente e é encontrado em locais muito variados, como vegetação nativa, florestas, caatinga, brejos, hortas, pomares, quintais, jardins, terrenos baldios e cidades.
Além de todos os problemas causados pelo meio ambiente, também é um transmissor de doenças, por ser portador de diversos tipos de parasitas. Aqui no Brasil não há relatos de nenhum caso, mas já foram encontrados 2 vermes no molusco: o Angiostrongylus, conhecido por transmitir a Angiostrongilíase abdominal, que causa dores abdominais, febre, perda de apetite, vômitos e outros sintomas, podendo levar à morte. E o Angiostrongylus Cantonensis que causa a meningite eosinofílica, que ataca o sistema nervoso central, inflamando as meninges, que é a membrana que protege o cérebro, levando ao óbito se não tratada.

Doenças