Você sabia que nem todas as aves são pássaros? Pois é! Pássaros, em biologia, são todos os animais pertencentes ao filo Chordata, à classe Aves e à ordem Passeriformes. O Rouxinol-da Amazônia é uma ave passeriforme pertencente a família Icteridae. Seu nome específico é Icterus Pyrrhopterus. O nome vem do grego Ikterus, que significa amarelo, do grego pyrrhos, que significa cor de fogo e do grego pteros, ou seja, com as asas. Pássaro amarelo com asas cor de fogo. O nome em inglês é Variable Oriole.
O Rouxinol-da-amazônia também pode ser conhecido por: encontro, inhapim, primavera, melro, soldado, maria-pretinha, gorricho, guacho, pêga, viana, xexéu-de-banana e xexéu-soldado.
Ele possui ainda algumas subespécies reconhecidas, são elas:
- Icterus pyrrhopterus pyrrhopterus
Icterus Pyrrhopterus Pyrrhopterus
Ocorre no sudeste da Bolívia, no Paraguai, no sul do Brasil. Possui cor castanho forte.
- Icterus pyrrhopterus tibialis
Icterus Pyrrhopterus Tibialis
Nordeste do Brasil, do Maranhão ao Piauí e Bahia e chega ao sudeste, no Rio de Janeiro. De cores amareladas.
- Icterus pyrrhopterus valenciobuenoi
Icterus Pyrrhopterus Valenciobuenoi
Ocorre nos estados de Goiás até Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. De cor castanho-amarelado.
- Icterus pyrrhopterus periporphyrus
Icterus Pyrrhopterus Periporphyrus
Nordeste da Bolívia e oeste do Mato Grosso. Possui cor castanho-claro mais pálido que o nominal e tamanho maior.
Características Físicas
Mede aproximadamente vinte centímetros. O macho é um pouco maior (mas nesse caso não é considerado um dimorfismo sexual, pois a diferença é mínima) com cerca de trinta e três gramas de massa corporal e a fêmea com cerca de trinta gramas. Corpo longilíneo com longa cauda e bico fino. Próximo as asas possui uma mancha na coloração característica, que vai do amarelo ao castanho forte. Essa mancha também está presente no início da perna.
Rouxinol da Amazônia Em Cima da Árvore
Habitat
É encontrado naturalmente na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Seus habitats naturais são florestas tropicais, subtropicais, tropicais úmidas, pântanos tropicais, matagais e florestas secundárias altamente degradadas. Também vive em campos de cerrado. Nas frias manhãs encontra-se indivíduos pousados em galhos expostos, buscando o sol.
Alimentação
Possui um hábito muito inteligente de imitar o som de aves grandes e predadoras para afugentar outras aves que estejam alimentando-se do fruto que ela tem interesse. Sua dieta consiste em frutos, flores e alguns invertebrados. Gosta bastante de espécies como o ipê, tarumã, piúva e pombeiro. Assim como o João-pinto, ele suga o néctar das flores enfiando o seu fino bico nelas e, em alguns casos coloca a cabeça inteira na corola das flores.
Reprodução
Para a cópula há um ritual de canto, como flauta, além de sons parecidos com outras aves. A cada estação o casal de rouxinóis-da-amazônia botam q ninhada, com três ovos. O casal costuma criar um ninho largo, curto e frouxo, feito com talos largos e secos, em formato de bolsa bem longe de outros ninhos para evitar competição e predação.
Sobre a predação nos ninhos, algumas espécies invasoras podem diminuir a diversidade e riqueza no local, pois ganham na competição e na predação. Um exemplo é a predação da ninhada de rouxinóis-da-amazônia por uma espécie invasora de mamífero, o sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata) em paisagens impactadas pela ação humana. Pesquisadores observaram a predação de duas ninhadas por saguis adultos em dois dias alternados.
Sagui-De-Tufo-Preto (Callithrix Penicillata)
As espécies invasoras costumam prosperar bem em ambientes impactados pela ação humana, como em campos agrícolas, por exemplo. E esses ambientes que foram destruídos são um dos locais onde o pássaro em questão costuma viver. Por isso a importância de se preservar a natureza impedindo o desmatamento além de evitar a introdução de espécies exóticas nos ecossistemas, pois estas podem se tornar espécies invasoras e acabar eliminando outras, que são nativas ou até endêmicas.
