Biguá

A ave aquática biguá (Phalacrocorax brasilianus) tem como principal característica mergulhar em busca de peixes se mantendo por um bom tempo embaixo da água. O seu nome científico vem da combinação de phalakrokorax (mergulhão) e brasilianus (brasileiro), sendo basicamente o mergulhão brasileiro.

Quando o biguá empreende um mergulho em busca de peixes tem o seu pescoço avistado somente bem adiante na água. A ave conta com penas que ficam completamente encharcadas o que facilita o seu mergulho profundo eliminando o ar que se cria entre elas. Para conseguir que as suas penas sequem a ave costuma pousar mantendo as suas asas abertas recebendo a ação do vento.

O Voo

O biguá pode ser visto quase sempre voando em bandos perto da água numa formação que lembra uma letra V. No momento de voo ele parece com patos e pode ser até mesmo confundido com essa ave. Dentre os outros nomes pelos quais o biguá pode ser conhecido estão mergulhão, biguá-una e corvo-marinho uma vez que é completamente negro.

Características do Biguá

Trata-se de uma ave que tem medidas entre 58 e 73 cm pesando em torno de 1,4 kg e cuja envergadura fica entre 100 e 102 cm. As plumas dessa ave são completamente negras tendo saco gular em tom amarelo. O pescoço é bastante alongado e a sua cabeça pequena, o bico possui um tom cinza com fundo amarelo. Uma coisa interessante é que a ponta do seu maxilar termina numa forma de gancho.

Podemos inclusive observar nessa ave uma sobrancelha branca que é bastante discreta. Com pernas e pés com palmas pretas essas aves possuem íris azuis. Quando está na fase de reprodução pode apresentar penas brancas e a sua garganta fica sem plumagem. Aparecem também tufos brancos nas regiões auriculares dessas aves. No período de acasalamento as cores da plumagem das aves dos dois sexos ficam mais viva.

Aliás, é interessante destacar que não existe diferenciação entre a plumagem dos machos e das fêmeas do biguá. Nos espécimes mais jovens a plumagem possui um tom amarronzado sendo mais clara na garganta e mais escura em suas asas.

Subespécies de Biguá

A primeira subespécie é a Phalacrocorax brasilianus brasilianus que pode ser encontrada na extensão da Costa Rica a Terra do Fogo. Tem ainda a Phalacrocorax brasilianus mexicanus que é uma subespécie que pode ser encontrada desde os Estados Unidos até a Nicarágua, Cuba, Bahamas e Ilha dos Pinheiros (ou Ilha da Juventude).

Leucismo – O Que é?

A espécie de biguás apresenta casos de leucismo, uma condição em que indivíduos que deveriam ser totalmente escuros se tornam brancos devido a presença de um gene recessivo. A palavra leucismo vem do grego leucos que significa branco e devemos destacar que a condição de leucismo é diferente da condição de albinismo.

Os indivíduos que são leucíticos não tem mais sensibilidade ao sol que outros indivíduos. Aliás, pode acontecer até mesmo o oposto, ou seja, esses indivíduos serem mais resistentes de maneira que a cor branca lhes confere proteção do calor. A condição oposta ao leucismo é o melanismo.

Alimentação do Biguá

A base alimentar do biguá consiste basicamente em crustáceos e peixes. A captura da presa é feita quando ele mergulha mantendo-se submerso por um bom tempo empreende uma perseguição até ter o que deseja. Para lhe ajudar nesse momento de caça o biguá conta com pés e bicos preparados para essa condição.

Como se trata de um ótimo mergulhador ele não se conforma somente com os peixes que são encontrados na superfície fazendo um mergulho no mar e fazendo ziguezagues e viravoltas até chegar à captura da presa. Além de peixes e crustáceos pode ser alimentar ainda de insetos aquáticos, sapos, girinos e rãs.

Reprodução do Biguá

Uma ave monogâmica que realiza um ritual de acasalamento bem interessante em que estão presentes movimentos e sons bem específicos. Os indivíduos agitam as suas asas e fazem movimentos peculiares com o seu pescoço. O som feito pelo casal lembra o ronco de um porco, eles se mantém empoleirados lado a lado. Os movimentos realizados são curiosos e devem ser repetidos muitas vezes até que a cópula termine.

O Ninho do Biguá

A nidificação acontece em colônias que estão localizadas em árvores nas matas alagadas entre outras. A construção do ninho é de responsabilidade do casal, o papel do macho é escolher os locais de nidificação e conseguir o material para fazer o ninho enquanto que o da fêmea é fazer a construção do mesmo. É comum que as aves reutilizem materiais de outros ninhos. Normalmente esses ninhos são feitos de uma camada externa espessa que é composta de galhos e gravetos e cujo forro é feito com gramíneas ou algas.

Ovos e Filhotes

Normalmente as fêmeas botam entre 3 e 4 ovos de tons azul e azul-claro que ficam incubados pelo casal. Tem como período de incubação de 23 a 26 dias e a alimentação dos filhotes é de responsabilidade das duas aves que fazem o processo de regurgitar o alimento nos seus bicos. A alimentação dos filhotes dura até 11 semanas e quando atingem 12 semanas já são aves independentes.

Hábitos do Biguá

Normalmente essa ave vive em águas bem interiores ou então na orla marítima. Existem alguns casos de biguás que são encontrados em lagos, represas, açudes, estuários entre outros. Mesmo não tendo o hábito de se afastar da costa para ir ao mar ele voa para ilhas que estejam localizadas perto da costa. Aliás, a sua nidificação pode ocorrer por lá.

Como essa ave não tem a glândula uropigiana pode acabar ficando com a sua plumagem completamente encharcada o que lhe confere mais peso e assim torna mais fácil os seus mergulhos. Assim que a ave sai da água tem a sua plumagem seca abrindo então a sua cauda bem como as asas ao sol. Uma curiosidade é que essa ave fica ofegante de maneira que se pode observar o seu saco gular amarelo.

Uma ave que é bastante bonita e que pode representar bons momentos de observação para os amantes de belos pássaros. Se você tiver a oportunidade de observar esse pássaro não deve deixar de fazê-lo.

Biguá é um animal estranho mas que todo mundo conhece e se não conhece já ouviu falar. Ele também é conhecido por outros nomes biguá-una, imbiuá, mergulhão, miuá e pata-d’água. È uma ave que dá mergulhos em rios, açudes, e no mar em busca de seu alimento que são pequenos peixes, moluscos, mariscos entres outros animais aquáticos. O bigua é um animal originario da America do Sul, e que se encontra também em algumas partes do Mexico. Um bicho magnifico, que representa a beleza do mundo animal, principalmente na hora da caça com as suas glândulas uropigial, que libera substâncias que deixam as penas impermeáveis a água por isso apresenta vantagem em relação aos outros pássaros na hora da caça, já que com a água suas penas se tornam mais pesadas e retém menos ar, fazendo com que ele mergulhe mais rapidamente. E para completar, para eles secarem suas penas eles tem um jeitinho especial só deles, eles ficam sobre troncos, e outros lugares altos, com suas asas aberta para pegar vento e sol. Eles voam em grandes bandos parecidos com patos em forma de ‘V’ sendo até as vezes confundidos com os patos ou marrecos, equivocadamente é claro, pois são animais diferentes em alguns aspectos, não em todos.

O mais legal nessas aves é que a plumagem muda conforme o estagio da vida util dessas aves, por exemplo, quando adulto ele tem uma plumagem preta, quando na fase juvenil de sua vida ele tem uma plumagem marrom-escura. Atinge 75 cm de comprimento e seu peso geralmente só chega a 1.3 kg, possui pescoço longo, cabeça pequena, bico cinzento longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma de gancho.

Sua reprodução mostra seu instinto de sobrevivência e independência, uma coisa admirável. Ele coloca seus ovos em vários lugares como, sobre árvores em matas alagadas, às vezes entre colônias de garças, deixando que elas cuidem de seus filhotes sem se preocupar com eles, em ter que alimentar seus filhotes e coisas desses tipo fazendo com que a garça cuide dele até ele atingir a idade certa e sair para caçar sozinho. Ovos são de coloração azul-claro e a incubação dura em torno de 24 dias.
Esses animais vivem em áreas próximas de lagos, grandes rios e estuários e devido as suas fezes serem ácidas, podem danificar árvores prejudicando suas raízes folhas e até o solo. As fezes dessa ave depreendem uma enzima que ele larga para mergulhar melhor, e acabam favorecendo a manutenção das populações de peixes, e assim atraindo outras aves para se alimentar. O biguá é com certeza um animal muito interessante, espero que você tenha tirado um pouco de suas duvidas em relação a esse animal tão especial na natureza e que leva junto com ele também grandes curiosidades.

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Categoria(s) do artigo:
Aves

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