Dodô

O Dodô é uma ave que foi extinta há quase 200 anos. A ave pesava cerca de 23 kg e media aproximadamente 50 centímetros de comprimento. Foi vista pela última vez, na Ilha Maurício que era seu habitat natural, no Oceano Índico. Atualmente existem somente alguns ossos e crânios que estão expostos em alguns museus da Europa.

De Pombo Gigante a Ave Extinta

O Raphus cucullatus, vulgo Dodô, é descrito como um tipo de pombo gigante (pertencia a família dessa ave, a Raphidae) de comportamento bastante pacífico devido a tranquilidade do seu habitat, a Ilha Maurício que fica a leste de Madagascar, não temia o ser humano. Algo que parece ter sido seu grande erro haja vista que a condenação da espécie se deu exatamente pela chegada dos colonizadores a ilha.

Com asas muito frágeis e curtas, o Dodô, não voava e não sabia como se defender do ataque dos colonizadores europeus que desembarcaram em seu território. Para se ter uma ideia a ave foi descoberta em 1598 e levou menos de 100 anos para ser totalmente extinta. Em relação a aparência da ave tudo que se conhece se deve a descrições e ilustrações realizadas no período de encontro com a mesma. Conforme esses registros essas aves possuíam penas de coloração acastanhada ou acinzentadas.

Sua cabeça era desprovida de plumagem e o bico combinava as cores verde, amarelo e preto. O Dodô possuía pernas com alguma robustez e garras de coloração preta. Havia dimorfismo sexual, os machos eram maiores que as fêmeas e apresentavam bico mais alongado. Acredita-se que durante as estações mais frias as aves pesavam mais enquanto que nas estações mais quentes eram mais leves, a variação seria de mais de 10 kg em alguns casos.

Por que os Dodôs Foram Extintos?

Em 1507 os portugueses chegaram a Ilha Maurício seguidos dos holandeses em 1598. A ave que não tinha predadores em seu habitat natural era extremamente dócil sendo um alvo fácil para os marinheiros famintos que atracavam na ilha. Estabeleceu-se um ritmo de matança das aves, alguns europeus caçavam os inofensivos pássaros e tiravam suas vidas a pauladas. Havia uma quantidade grande de Dodôs quando os colonizadores chegaram, no ano de 1681 a espécie já era considerada extinta. Infelizmente o que sobrou para a humanidade conhecer do pássaro são ossos e modelos criados a partir de desenhos da época.

Diários de Bordo da Companhia Holandesa das Índias Orientais

As ilustrações e descrições textuais a respeito dos Dodôs são provenientes em sua maior parte dos diários de bordo da Companhia Holandesa das Índias Orientais. Esse material tinha como objetivo instruir os próximos viajantes da ilha. No entanto, os relatos não são muito confiáveis porque em muitos casos parecem ser descrições baseadas em dados gerais e não foram escritos por cientistas.

Uma das ilustrações mais conhecidas de Dodô é de autoria de Cornelis Saftleven e data de 1638, teria sido uma das últimas feitas a partir de um modelo vivo. A variedade de cores, formas, tamanhos e pesos que as aves apresentam nos desenhos abriu discussão a respeito da possibilidade de existir mais de uma espécie com a atribuição do nome Dodô. Contudo, essa especulação já foi descartada, atribui-se essas discrepâncias a variedade de artistas bem como ao fato de que muitos desenhos foram feitos a partir de animais empalhados ou como cópia de ilustrações anteriores.

E o Solitário-de-Rodrigues?

A ave conhecida como Solitário-de-Rodrigues seria um parente distante do Dodô que durante algum tempo foi confundido com o próprio. Também pertencente a família das pombas tem como nome científico Pezophaps solitária. A espécie, que está extinta oficialmente desde 1760, era endêmica da ilha Rodrigues (Maurícia).

Como vivia num habitat que exigia maior disputa territorial, o Solitário-de-Rodrigues, acabou se tornando uma ave mais agressiva que o Dodô. Sua extinção foi resultado da caça indiscriminada e da introdução de animais como cães e gatos que se tornaram seus predadores.