Tipos de Tartarugas Brasileiras

  • Conhecendo as Tartarugas

Tartarugas são animais conhecidos por estarem inseridos dentro da classe Reptilla e ordem dos Testudines. Esse grupo de seres do reino Animalia são caracterizados pela presença de um casco, com uma parte localizada no dorso que é chamada de carapaça. A parte situada no ventre é comumente conhecida como plastrão, sendo fundida à clavícula e a interclavícula. Sem sobreposição de posição é número, acima das placas dérmicas há placas epidérmicas queratinizadas. Além disso, a condição anapsida do crânio decorre da um tipo de perda das fenestras temporais de uma condição ancestral diapsida, não sendo considerada mais como parte do grupo Anapsida.

No total temos 14 famílias compondo um grupo de 356 espécies, de forma que essas espécies aparecem prioritariamente nas áreas tropicais e temperadas do globo. Muitas dessas centenas de espécies se encontram em estado de extinção extrema, tornando cada vez mais necessários projetos de preservação de tartarugas (como o projeto Tamar, no Brasil). Em suma, temos algumas classificações relacionadas ao tipo de ambiente que cada tipo de testudinatas habita. Temos o cágado que é o testudinata que habita prioritariamente a água doce. Quem habita o ambiente terrestre é o jabuti, e o ambiente marinho (água salgada) é habitado pelas tartarugas. Considerando essa classificação ( que não reflete a classificação taxonômica) não faria sentido o termo “tartaruga marinha”, contudo de acordo com a taxonomia tradicional o termo se faz correto.

A estrutura das tartarugas marinhas as fazem ter grande capacidade de imersão em ambiente aquático, isso lhe auxilia em atividades que vão desde estar em repouso, até o momento de obter alimento. Isso se dá em função da grande capacidade de distribuição de oxigênio que a tartaruga apresenta em seu corpo, aliada ao nível do seu metabolismo, que é bem baixo. Além disso, a tartaruga apresenta uma estrutura de respiração anexa, possibilitando a o intercambio de fluidos gasosos entre a estrutura da cloaca e da faringe.

A alimentação das tartarugas marinhas é baseado em uma dieta onívora, que resumidamente pode ser classificada como o hábito de comer um pouco de tudo em seu habitat. Vários tipos de peixes, assim como crustáceos, moluscos, zooplancton e até alguns celenterados (como corais, água vivas, hidras e caravelas) estão inseridos na dieta desse animal.

  • As Tartarugas Brasileiras

    Tartaruga

    Tartaruga

 Dentre as várias espécies de tartarugas marinhas presentes no mundo, cinco delas estão presentes no Brasil. Esses animais existentes há mais de 180 milhões de anos são evoluídos a partir do cágado, que é a tartaruga que habita a água doce.  No Brasil esse animal é protegido por um projeto desenvolvido por biólogos e ambientalistas brasileiros, o Projeto Tamar. Vamos detalhar a seguir as espécies de tartarugas marinhas encontradas em território brasileiro.

  • Caretta caretta (Tartaruga Cabeçuda)

Essa espécie também é chamada de tartaruga mestiça, e se encontra classificada pela IUCN como espécie vulnerável, em relação a extinção. A IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza) é uma associação internacional que trabalha em função da conservação da natureza. Fundada em 1948, a IUCN reúne mais de 1250 organizações, incluindo 84 governos nacionais e 112 agências de governo. A IUCN foi fundada em 5 de outubro de 1948. A tartaruga cabeçuda também é classificada pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente) como espécie em perigo.

Tem medidas aproximadas de 140 kg de peso, e ate 1,36 metros de comprimento (incluindo o formato curvilíneo de sua carapaça). São animais carnívoros, e desfrutam do cardápio marinho disponível para sua alimentação como: moluscos, peixes variados, mexilhões e moluscos.

  • Chelonia mydas (Tartaruga Verde)

A tartaruga verde é uma das espécies mais populares em território brasileiro. Se trata de um membro da família Chelonidae, sendo o único gênero da família Chelonia. Está distribuída por todos os oceanos, nas zonas de águas tropicais e subtropicais. O nome tartaruga verde se deve a coloração esverdeada da sua gordura corporal.

A tartaruga verde é uma tartaruga marinha com um corpo achatada coberto por uma grande carapaça em forma de lágrima, dois grandes pares de nadadeira. É classificada pela IUCN e CITES como uma espécie ameaçada. A sua coleta, dano ou morte é considerada ilegal.

  • Eretmochelyz imbricata (Tartaruga de Pente)

A tartaruga de pente é considerada como a espécie mais tropical de todas as tartarugas marinhas. O seu habitat preferido está localizado nos recifes de corais, e também em meio às aguas costeiras situados em territórios mais rasos. O seu peso médio é de 86 kg, e o seu tamanho gira em torno de 1,10 metros de comprimento. Toda temporada são originados aproximadamente 2200 ninhos.

  • Dermochelys corácea (Tartaruga de Couro)

    Tartaruga de Couro

    Tartaruga de Couro

A tartaruga de couro (também conhecida como tartaruga gigante, tartaruga de cerro ou tartaruga de quilha) é a maior das espécies de tartarugas, e é muito diferente das outras espécies, tanto em aparência quanto em sua fisiologia.  É a única espécie existente do gênero Dermochelys e da família Dermochelyidae.

Seu comprimento gira em torno de 2 metros por 1,5 metros de largura, alinhados a um peso de 500 Kg. Já foi encontrada uma espécie com 3 metros de comprimento e 900 kg ( o recorde da espécie).

  • Lepidochelys olivácea (Tartaruga de Oliva)

A tartaruga de oliva é uma disparidade com relação a tartaruga de couro, pois é considerada uma das menores espécies de tartarugas marinhas. Tem cerca de 72 centímetros e pesa cerca de 42 kg em média. O seu apelido é proveniente por conta da sua cor de oliva, presente em seu casco que lembre muito o formato de um coração. A sua alimentação consiste na base de peixes, moluscos, crustáceos e principalmente camarões.

A tartaruga de oliva gera 8700 ninhos por temporada, e é considerada uma espécie carnívora. É encontrada em águas de mares tropicais e subtropicais. Sua preferencia é em aguas rasas e sua classificação relacionada a sua sobrevivência, é dada como vulnerável (IUCN) e em perigo (pelo MMA).

  • Projeto TAMAR

O Projeto TAMAR tem a missão de de realizar o ato de recuperar as tartarugas marinhas, situadas na costa brasileira. O projeto obteve inovação com relação aos seus próprios objetivos, quando decidiu não ficar restrito apenas às tartarugas,  ampliando a atividade na linha de pesquisa aplicada, educação ambiental e desenvolvimento local sustentável. Hoje o Projeto TAMAR auxilia na conservação do ecossistema marinho e costeiro, dando apoio no desenvolvimento das comunidades que sobrevivem da atividade em pesqueiros marítimos.

O projeto atua de forma a criar técnicas que sejam vanguardistas na conservação, não apenas em termos brasileiros, mas também em termo de internacionais. As parcerias com as universidades brasileiras e estrangeiras, auxiliam a execução de frentes do Projeto TAMAR, destacando um projeto de telemetria por satélite, que caracteriza padrões genéticos de tartarugas em locais de reprodução e áreas em que a desova não ocorre.

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