Os urubus são aves que se encontram distribuídas em quatro espécies distintas, dentro do subgrupo em que eles se encontram, sendo que há, ainda, um outro subgrupo, ou subespécies dentro da família que os compõe que corresponde ao subgrupo dos condores que, por sua vez, apresenta três espécies distintas entre si. Essa família é a dos Cathartidae, que se enquadra na ordem biológica dos Cathartiformes.
Dentro das sete subespécies que existem entre urubus, de fato, e condores, cinco delas podem ser encontradas no Brasil, que são os seguintes: o Sarcoramphus papa, mais conhecido como urubu rei, o Cathartes melambrotus, comumente chamado de urubu da mata, o Cathartes burrovianus, que é o urubu de cabeça amarela, o Cathartes aura, também chamado de urubu de cabeça vermelha e, por fim, o urubu de cabeça preta, cujo nome científico é Coragyps atratus.
Sua dieta se baseia geralmente de cobras, como jiboias e sucuris, por exemplo, além de mamíferos de pequeno porte ou filhotes pequenos de mamíferos de grande porte também. Dentre os urubus que existem no Brasil, o mais conhecido é o urubu de cabeça preta (Coragyps atratus) pelo fato de eles os tipos de urubus que mais habitam as regiões urbanas. Além de serem muito observados principalmente procurando alimentos nos lixões das grandes cidades, uma vez que eles também se alimentam de matéria orgânica em estado de decomposição, eles também são bastante vistos pousados no topo dos prédios mais altos da região em que costumam sobrevoar.
Durante grande parte das horas do dia, os urubus se mantêm em voo, sendo que eles fazem uso das correntes quentes de ar para diminuir o seu esforço durante os voos, o que faz com que eles consigam planar no ar. Isso porque nem sempre eles conseguem encontrar comida de maneira fácil, podendo então necessitar voar ao longo de dezenas de quilômetros para isso, realizando um voo cuja movimentação varia entre ascensão e a realização de largos espirais no ar.
Exceto as espécies de urubus que pertencem ao gênero Cathartes, os demais urubus encontram os cadáveres que estão no solo através de sua visão e não do olfato, como fazem os Cathartes que, por esse sentido acabar despertando o interesse desses animais em um maior raio de distância do alimento, eles acabam sendo os primeiros a encontrar os cadáveres ou outro tipo de material orgânico que se encontre em decomposição. Sendo assim, geralmente, as outras espécies que ocasionalmente se encontre junto de um Cathartes, acabam seguindo esse tipo de urubu, por saber que ele tem essa capacidade de encontrar alimento mais facilmente.
A capacidade de se alimentar de animais mortos e outro tipo de matéria orgânica em decomposição e não adoecerem provém do fato de os urubus terem um suco gástrico, que é o suco produzido por algumas células da mucosa do estômago, que apresenta substâncias neutralizadoras de toxinas, bem como de bactérias que estão presentes na matéria orgânica nessa situação. Além disso, seu sistema imunológico apresenta uma grande capacidade de produzir anticorpos contra doenças de outros animais.
Conforme já citado anteriormente, os urubus que convivem nas áreas urbanas têm o costume de ficarem pousados no topo de prédios. Para minimizar esse problema, afastando a maioria dos indivíduos que apresentam esse comportamento, há alguns métodos satisfatoriamente efetivos para tentar resolver esse problema. A priori, é necessário considerar que as medidas são apenas para provocar o afastamento desses animais e jamais de maltratá-los ou de lhes provocar a morte, uma vez que eles têm uma função de suma importância na natureza, uma vez que ajuda a “limpar” e a favorecer a de composição de matéria orgânica do mundo.
O afastamento não deve ser devido a um incômodo, apenas. O animal, para ser afastado do local em que se encontra de maneira espontânea e sem apresentar sinais de sofrimento deve ser feito apenas se ele causa alguma ameaça às pessoas ou até mesmo a outros animais que se encontrem na mesma região. Essa ameaça pode ser tanto física quanto biológica, como a transmissão de certas doenças, por exemplo.
A primeira dica está relacionada à movimentação, pois quanto mais movimentação houver perto do local onde o animal costuma pousar, menor a chance de ele fazer isso ou menor será o tempo em que ele permanecerá nesse lugar, uma vez que a agitação dos seres humanos pode lhes provocar uma sensação de ameaça. Outro fator é a questão da luminosidade, uma vez que eles tendem a permanecer por mais tempo, exceto quando se encontram em busca de algum alimento, em locais pouco iluminados ou que apresentem muitos reflexos de outros ambientes. Janelas espelhadas ou outra coisa que faça a produção de um reflexo luminoso pode ser eficiente para espantá-los.
Além disso, é possível que se faça uma espécie de varal ligeiramente acima do local onde eles costumam pousar, de modo que as linhas tenham uma altura menor que a do animal, o que acaba impedindo o seu pouso no local, exceto no caso de eles acabarem destruindo essa construção, o que é mais provável que aconteça se eles estiverem de bando. Uma outra estratégia a fazer uso de uma mangueira e, com a água, espantar os animais. Isso pode ser repetido toda vez que eles pousarem sobre o local indevido, pois uma hora eles acabarão entendendo que aquele local não é adequado para o seu pouso.