O mutum é uma ave da família das Cracidae. Infelizmente, é uma das espécies que se encontram em extinção.
A Espécie
Como já dito, essa ave encontra-se extinta da natureza desde o ano de 2001 de acordo com estudos realizados por especialistas.
O nome mutum por qual é conhecido é derivado da palavra da língua tupi guarani ”mitú”. Esse nome é como se fosse uma onomatopeia, criado pelos índios para retratar os sons que esse tipo de pássaro fazia.
Localização
Na época em que ainda era encontrada na natureza, essa espécie de ave vivia primariamente nas regiões da Mata Atlântica e também em Pernambuco e em Alagoas.
George Macgrave foi o estudioso que registrou pela primeira vez o aparecimento dessa ave na natureza, durante uma visita ao Brasil.
Características
Os mutuns geralmente têm de 80 a 85 centímetros de comprimento, da cabeça a ponta do rabo. Suas penas são negras, sendo que as penas da extremidade do rabo e as penas da barriga são em tons mais claros, quase um marrom.
As pernas e os pés do mutum têm cor vermelha. Outra parte de seu corpo que tem esse tom avermelhado bem característico é seu bico, que além de vermelho (com bases em tom de branco), tem um formato muito peculiar, pois começa quase no meio da ”testa”, é achatado e meio quadrangular. Os pássaros em geral têm os ouvidos tampados com pena, mas isso não acontece no mutum.
Alimentação
Os mutuns são naturalmente frugívoros, ou seja, alimentam-se de frutos, sementes e restos de vegetais, folhas, e também pequenos animais como pererecas, gafanhotos, etc.
As poucas espécies cultivadas em cativeiro hoje em dia têm alimentação variada. Alimentam-se de rações, milhos, pedaços de carne e outros.
A Extinção da Espécie
O mutum é a primeira espécie que entrou em extinção por culpa unicamente humana, pois o grande nível de desmatamento ambiental causou a destruição do habitat natural dessa ave, que em tempos de natureza, era encontrado por entre as árvores e solto pelo chão.
Faz aproximadamente 23 anos que o mutum entrou em extinção, sendo que foi em 1987 um dos últimos anos que ele foi visto solto pela natureza.
Hoje em dia, apenas cerca de 100 aves dessa espécie são criadas em cativeiro, mas muitos deles não são puros, pois são raras as aves puras para que haja o cruzamento.
A Esperança
O que os cientistas, biólogos e especialistas estão tentando, juntamente com o trabalho de ONGs é criar o maior número de espécies possível em cativeiro, para poder, mais tarde, repovoar áreas ambientalmente protegidas para evitar que ocorra a extinção total dessa ave.
Mas para isso, há de ser feito um trabalho muito maior do que simplesmente cruzar as espécies, pois como o mutum já está há quase trinta anos apenas vivendo em cativeiro, tem que fazer com que as aves reacostumem a viver em liberdade.
Considerada uma ave da família crucidade, o mutum-do-dordeste ou também como é conhecido de mutum-de-alagoas, devido sua grande concentração nesse estado.
As aves por enormes números já se encontram em grande parte em extinção, com os principais indícios de que seus habitat destruídos e sua caça ilegal proporcionam o mesmo.
Os cativeiros fechados em meio à Mata Atlântica ainda são hoje a melhor opção para a proteção dos mutuns-do-nordeste que podem receber o tratamento e alimentação adequada, o que na natureza já se torna difícil, principalmente com a destruição das plantações de cana-de-açúcar, alimento indispensável para a ave.
Praticamente extinto por completo na natureza, sua visualização só é possível realmente em cativeiros e parques fechados, com a presença de guias e todo o cuidado necessário.
Trata-se de um dos primeiros casos de extinção de aves do Brasil, conforme dados do IBAMA. Só será possível resgatar a presença da espécie na natureza caso as reproduções me cativeiro aconteça com mais freqüência e qualidade.
Por: Patrícia Contiero
Por Carol C.
gostei muito desse artigo
achei muito bem organizado
ODEEI ESSA PORCARIA
esses animais merecem nosso respeito. obrigado
Reportagem muito interessante e bem organizada! Obrigada pelas informações! 😀
gostei,organizado e fácil de entender,só que faltou o periodo de vida
ok, acompanho a criação em cativeiro de um casal destes animais.
Amo já fiz um trabalho sobre isso
gostei muito.