O Carcará-de-guadalupe também é conhecido como caracara-de-guadalupe, sendo cientificamente chamado de Polyborus lutosus. Foi uma ave de rapina, há exemplo de muitas outras que temos em nossa fauna, como o gavião, por exemplo.
Essa ave tinha hábitos diurnos de caça e de vida especialmente, originária da Ilha de Guadalupe, passou a ser descrita em 1876 e por diversas razões foi extinta apenas pouco tempo depois, em 1900.
Características
Essa ave possuía aproximadamente60 centímetrosde tamanho, medindo da cabeça até o rabo. Sua coloração era bastante comum, castanha escura em cima da cabeça, e ainda parte inferior da asa, também das penas primárias e no rabo, nas demais áreas do corpo tinha axadrezado que variava entre o branco e o castanho. A parte relacionada à face e também as patas eram amareladas.
Assim como outros animais extintos ha bastante tempo, se tem pouco conhecimento quanto a seus hábitos, contudo, se tem informações de que a ave era temida pelos colonos de Guadalupe que viam nela uma grande ameaça, especialmente às ovelhas que tencionavam criar.
Hábitos Alimentares
Os hábitos alimentares desta ave de rapina incluíam diversos alimentos, entre eles podemos encontrar pequenos roedores, crustáceos e ainda insetos, minhocas, outros invertebrados, pequenos mamíferos e, até cadáveres.
Ninhos
Essas aves não tinham uma construção de ninho organizada, e os mesmos eram feitos no topo de penhascos e ainda em áreas de pouco ou difícil acesso. Os ovos das mesmas eram postos no mês de Abril e a cada vez eram colocados no máximo três ovos.
A Extinção
A extinção das carcarás-de-guadalupe teve início logo após sua primeira descrição científica, feita através de pessoas que colonizaram a Ilha de Guadalupe. As aves passaram a ser caçadas em grande proporção, especialmente pelos pastores que acusavam a ave de ser cruel demais com os pequenos cordeiros que nasciam na ilha. Como essas aves desconheciam os seres humanos, não possuíam medo algum, o que veio a facilitar seu extermínio.
A Ilha de Guadalupe possuía pouco mais que30 kmde comprimento, e antes da extinção, as aves já eram consideradas raras. Em meados do século XIX, a ilha foi abandonada por seus colonos o que poderia vir a trazer certa recuperação dos carcarás.
Entretanto, um episódio em separado acabou por causar o destino da ave. No ano de 1900, Rollo Beck, um ornitólogo fez um reconhecimento da ilha em busca destas aves e avistou um bando com onze delas a voar na área da ilha. Ele julgou serem espécies comuns do lugar e abateu nove delas, para posterior estudo. Infelizmente, foram estas as últimas aves da espécie a serem vistas.
A carcara-de-guadalupe é considerada como um familiar próximo da Caracará que conhecemos, Polyborus Plancus, que há no México.
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Ficha Técnica
- Classe: Aves
- Ordem: Falconiformes
- Família: Falconidae
- Gênero: Polyborus
- Espécie: polyborus lutosus
A Ilha de Guadalupe, localizada no México, ficava aproximadamente a241 Kmda Costa Oeste. Por essa razão as aves mantiveram-se protegidas dos homens até a colonização da ilha.
O Carcará Comum
Cientificamente conhecido como Polyborus Plancus, é popularmente chamado por diversos nomes, dentre eles estão caracará, carancho, carcará e ainda gavião-caracará, pertencendo à família dos falconídeos. Assim como o Carcará de Guadalupe seu tamanho variava entre os60 centímetros e a envergadura de sua asa chega aproximadamente a123 centímetros.
A subespécie brasileira é chamada de P. p. brasiliensis, sendo reconhecida como típica de nosso país, tanto que muitos a consideravam desde o século XIX como a “águia-brasileira”. Entretanto, sua extensão é muita mais ampla que apenas o Brasil, indo da Argentina até aproximadamente o sul dos Estados Unidos, passando por uma grande diversidade de ecossistemas, exceto a Cordilheira dos Andes.
Características
Apenas de olhar podemos saber qual ave é o carcará, desde que pousado, em razão de possuir uma forma de desolidéu preto em cima da cabeça, e ainda um bico alto e adunco, que se parece com uma lâmina de um cutelo. Sua face é avermelhada, e seu corpo é recoberto de preto na parte de cima e possui no peito uma mistura de marrom claro com riscas negras, que se assemelham a um pedrês/carijó. Suas patas são bem compridas e possuem cor amarelada. Durante o voo, se parecem com um urubu, se diferenciando através de duas manchas de coloração clara na ponta das asas.
De acordo com especialistas, a ave não é de fato uma águia, e sim, um familiar bem distante dos falcões. Ao contrário destes, não tem habilidade predatória, sendo mais um oportunista em geral, da mesma forma que o chimango, chimango-branco e o gavião-carrapateiro.
Alimenta-se de uma enormidade de coisas, dentre elas podemos citar anfíbios, insetos, roedores e ainda quaisquer presas que sejam de mais fácil captura. Além disso, ataca filhotes de mamíferos, como os de ovelhas e ainda acompanha a caça dos urubus para conseguir carniça. Ao contrário de outras aves, passa bastante tempo no chão, auxiliado por suas longas pernas que são próprias para a marcha, porém é também um grande planador e voador.
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Carcarás em união podem ser avistados bem próximos dos humanos, com bastante facilidade, especialmente numa zona de atividade agrícola, chegando apenas a alguns metros de distância de elementos que estejam fazendo a limpeza e trabalho da terra, somente aguardando uma oportunidade de buscar pequenos insetos, como também demais animais que surjam na área dessas aves.
O Carcará foi escolhido para ser o símbolo da Agência Brasileira de Inteligência, em 2005, ocupando o lugar da araponga, que era a tradicional.
Os dois animais têm características físicas e hábitos alimentares bastante semelhantes, ainda que um deles seja típico do Brasil e o outro de origem Mexicana. Ocorre que no Brasil, o Carcará ainda é muito avistado, enquanto que a espécie do México foi extinta por falta de tato do homem com relação a ave, que buscava apenas formas simples de conseguir alimentos.
É importante salientar que o fato da extinção é bastante recorrente no mundo animal e vegetal, especialmente em condições de desmatamento e poluição, por isso, se torna importante que busquemos sempre o equilíbrio entre a natureza e o progresso, para o bem de todos nós.
Um enorme ipê na troca de folhas em frente minha casa deixa entrever no alto um ninho de bem-te-vis. A cena foi rara e providencial pois revela força e fragilidade da vida. Um carcará pousa no ninho, o filhote esperneia, uns 4 bem-te-vis contra atacam em vão com vôos rasantes e coro chilreado de protesto. Segundos depois o falcão brasileiro levanta vôo com a presa nas garras seguido como que por uma escolta revolta e noutros segundos desaparecem…