A inseminação artificial é uma das técnicas mais antigas quando se trata de melhoramento genético de animais. O procedimento surgiu na Segunda Guerra Mundial como método de controle de doenças e foi disseminado principalmente na Europa e nos Estados Unidos, mas hoje é popular em todo o mundo para a garantir uma geração perfeita para consumo ou seja lá qual for o fim dos animais.
Essa técnica é também considerada uma das mais eficientes, já que controla todo o método de concepção e consiste num conjunto de atividades controladas desde a retirada do sêmen até a introdução na fêmea.
O melhoramento genético alcançado com a inseminação artificial permitiu que, ao longo dos anos, os criadores obtivessem o controle de pragas e doenças, principalmente as doenças infectocontagiosas durante o processo reprodutivo. Além de conseguir um manejo produtivo racionalizado, em que todo o processo ocorre dentro de um período estimado, há a possibilidade de obter crias mesmo após a morte do touro e se evita problemas de parto entre o rebanho através da seleção de animais com menos riscos.
A técnica da inseminação artificial é utilizada no Brasil, mas ainda sofre com a ausência de mão de obra especializada. Isso porque, embora o procedimento seja simples, é necessário que seja feito sempre por um profissional e a técnica aplicada de maneira errada pode comprometer os resultados.
Alguns especialistas apontam que algumas práticas ainda precisam ser mudadas antes de expandir a inseminação artificial entre os bovinos. Os problemas com o manejo, principalmente alimentar, contribuem para a restrição do uso do procedimento. Além disso, a mão de obra necessária para o procedimento precisa acompanhar e observar o cio dos animais, a fim de se obter um detalhamento da vida do rebanho.
As técnicas de melhoramento genético são melhores difundidas entre os criadores de gado de grande porte, principalmente os animais premiados. No Brasil, o processo de comercialização e processamento de sêmen surgiu por volta dos anos 70 com algumas empresas voltadas para a inseminação artificial. De lá pra cá, houve um aumento significativo do número de rebanhos alcançados, mas isso ainda representa 6% do total do país.
Além de todas as vantagens aqui apresentadas, os veterinários costumam elencar outras tantas para quem quer aplicar o procedimento em seus rebanhos. A inseminação artificial ajuda a evitar a consaguinidade, facilita o cruzamento entre raças e facilita o teste de progênie (que avalia o macho através do desempenho comparado entre suas filhas e as mães). Esse teste comprova que os touros são superiores comparados a outros do mesmo tipo.
É sempre bom lembrar que há condições mínimas para obtenção de resultados satisfatórios no processo e isso envolve controle sanitário, mão de obra especializada e acompanhamento técnico em todas as etapas.