A natureza é encantadora em suas formas, cores e benefícios. Ela é suficientemente capaz de manter a humanidade viva e saciar as necessidades e não é a toa que, mesmo em meio a sua diversidade e ao nosso progresso, a existência humana continua sendo totalmente dependente da natureza, assim como nos primórdios. Por isso, chamá-la de mãe natureza faz tanto sentido.
Entretanto, sem a água, o ar, e outros recursos naturais que ela nos oferece, será impossível existir vida na terra. E isso é preocupante e vem sendo manchete desde muito tempo. Mas, só agora, depois das primeiras grandes reações negativas do sistema ecológico, os cientistas, geógrafos, historiadores, biólogos e outros profissionais passaram a se preocupar de verdade e estudar incessantemente meios de proteger o ecossistema dos desgastes que tem sofrido.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=8MVc1L0-SpI[/youtube]
Não está fácil conter os avanços da catástrofe natural, e as ameaças são cada vez mais frequentes e maiores. Em todos os lugares do mundo podemos ver as primeiras amostras de uma natureza corrompida pelos maus costumes do homem.
A verdade é que o ser humano está colhendo o que plantou. Nunca esteve tão evidente como agora que o que está acontecendo nada mais é do que uma reação ao que nós fazemos diariamente, que é poluir a água, caçar animais de forma proibida, desmatar, queimar matas, entre outras coisas.
As evidências mais violentas do caos podem ser facilmente percebidas quando acontecem enchentes, desmoronamentos e o risco de extinção de algumas espécies de animais.
Falando em extinção, é ela uma das maiores vilãs. Trata-se do desaparecimento total de uma determinada espécie. Como a natureza é feita de uma cadeia predadora, ocasionalmente o desaparecimento de uma espécie ocasiona o de outra que é dependente dela. É um ciclo interminável com efeito dominó, em que se uma “peça cair”, consequentemente, as demais “cairão”.
Isso geralmente acontece devido a inúmeros fatores, sendo o mais evidente a ação do homem, que destrói o habitat das espécies para benefício próprio, construindo estradas, hidrelétricas, etc. Além da poluição, queimadas, caça e pesca proibidas, etc.
Entre os animais já vitimas da extinção podemos citar o Tigre da Tasmânia, Tigre de Bali, Cervo de Schomburgk, Avestruz Árabe, Rã Pintada da Palestina, Tigre do Cáspio, Tigre de Java, Ibex dos Pirineus, entre outros.
Confira, a seguir, maiores informações sobre algumas espécies ameaçadas de extinção:
Pinguim Africano: É uma espécie que tem cerca 68 centímetros de altura, e pesa entre 2 a 4 kg. Ele vive em bandos nas praias do sudoeste africano e era facilmente encontrado até o início do século 20. Apesar da forte resistência aos predadores naturais, ele acabou extinto devido aos frequentes derramamentos de óleo na costa africana, além da pesca e a fuga dos bancos de sardinha e anchova. Segundo informações da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), atualmente existe cerca de 55 mil exemplares dessa espécie, um número muito insignificante levando em consideração que essa é uma espécie de fácil ovulação e que vive cerca de 30 a 35 anos.
Lince Ibérico: É um mamífero com o porte muito maior do que um gato doméstico, também conhecido popularmente como lobo-rabo, gato-cerval, liberne, gato-cravo ou gato-linceé. É um felino gravemente ameaçado pela extinção de sua espécie. Seu habitat restringe-se à Península Ibérica e existe cerca de 140 linces em toda a Península. Seu desaparecimento aumentou quando os coelhos-bravos (que são o seu sustento) começaram a morrer por causa de doenças.
Leopardo Persa: É um felino também com grande risco de extinção no mundo. Atualmente, existe pouco mais de mil indivíduos adultos em todo o planeta. Infelizmente, essa espécie de leopardo, que era comumente encontrada no Oriente Médio, foi dizimada por guerras, caçadores, traficantes de peles, desmatamentos, atropelamentos, entre outros ataques.
Panda Gigante: Está em extinção por causa da destruição de seu habitat natural: eles só se alimentam de bambus e os bambuzais do centro-sul da China estão comprometidos. Calcula-se que há cerca de 3 mil exemplares de Pandas Gigantes em todo o mundo, porém cerca de 200 vivem em cativeiros, e raramente um panda que vive em cativeiro se adapta ao meio selvagem novamente.
Orangotango de Sumatra: É um primata incrível, exclusivo da ilha indonésia. Atualmente existem apenas cerca de 7 mil indivíduos no planeta, e essa extinção se deve por causa do desmatamento das florestas tropicais e caça violenta, em que os filhotes recém nascidos são roubados das mães para serem domesticados e vendidos como bichos de estimação.
Camelo Bactriano ou Camelo Asiático: É um mamífero nativo do leste da África, e consegue suportar condições climáticas extremas, como temperaturas de verão de até 40° C de dia e à noite inferiores a 0° C. Resiste grandes períodos de tempo sem alimentar-se, tendo resistência para poder caminhar 47 quilômetros por dia e carregar pesos superiores a 450 kg. Mas, apesar de todo este poder, está quase extinto devido a ação humana. Atualmente, existe somente cerca de 700 indivíduos dessa espécie em todo o mundo, graças a maior parte do seu habitat natural ter sido destruída por fazendeiros e mineradores.
Peixe-boi-marinho: Provavelmente é a espécie de mamífero aquática mais ameaçada no Brasil. Como ele habita, principalmente, as águas do Oceano Atlântico, próximo as costas dos Estados Unidos, México, América Central e litoral norte do Brasil, têm sido afetados por inúmeras ameaças como a perda de habitat natural e a captura por redes de pesca.
Estes são apenas alguns exemplos de animais que estão quase em extinção, o problema é que a lista é enorme, tanto de animais que já não estão entre nós, como daqueles que estão quase sendo extintos do planeta.
Faça a sua parte, seja consciente, busque ajudar a salvar a natureza. Pequenas ações como não jogar papel no chão fazem uma grande diferença. Algo também muito importante a ser feito é educar as crianças para que se tornem adultos mais conscientes e empenhados a conservar o nosso planeta e todas as vidas que dependem dele.
Dipoploda
Quando se fala em animais em extinção sem perceber começamos a pensar em espécies como o Mico-Leão-Dourado, por exemplo, o que tem a sua razão de ser, vez que se trata de uma espécie bastante ameaçada. Porém, outros animais também correm esse grande risco de desaparecerem e mesmo que não pareçam tão importantes têm que ser levados em conta.
Um bom exemplo são os Dipoplodas, animais invertebrados terrestres que mesmo não sendo muito comentados no dia a dia tem a sua importância na manutenção do equilíbrio natural. Conheça uma lista desses espécimes ameaçados:
- Leodesmus yporangae – Piolho-de-cobra
- Peridontodesmella alba – Piolho-de-cobra
- Rhinocricus padbergi – Gongolo-gigante
- Yporangiella stygius – Piolho-de-cobra
A classe de todos esses espécimes é a Diplopoda e todos se encontram em risco de extinção. Apesar de parecer que eles não fazem diferença no ecossistema, na verdade, fazem sim como todas as espécies que existem para garantir que as engrenagens da natureza continuem funcionando bem.
