Animais Doam Sangue

Os animais de estimação, da mesma forma que os homens, quando doentes, também precisam de transfusão de sangue. Mas como é feita a coleta e a transfusão de sangue de um animal para outro.

A Doação de Sangue Entre Animais

No interior de São Paulo, na cidade de Bauru, há o Centro Veterinário de Bauru, que há alguns anos instituiu um programa de doação voluntária de sangue, atuando como um banco de sangue humano. Inúmeros proprietários de gatos e cães levam seus animais para fazer a coleta do sangue, já que compreendem a necessidade de ajudar no salvamento da vida de outros animais de estimação, até porque vivenciaram situações de carência de uma transfusão no seu pet.

O Procedimento

Assim que o proprietário do animal dá a autorização para o procedimento de coleta de sangue, o bicho passa por exames laboratoriais para saber o seu estado real de saúde. O Centro Veterinário de Bauru faz transfusões por meio de procedimentos como, por exemplo, a prova de “reação cruzada”, que visa diminuir o risco de uma reação de incompatibilidade de sangue entre o receptor e o doador.

Qualquer clínica veterinária, desde que devidamente legalizada e adequada, está apta a realizar transfusões de sangue em animais. Os equipamentos usados durante o procedimento são os mesmos de uso humano, como: equipamento de transfusão, bolsas para coleta e uma boa geladeira para o armazenamento de sangue.

Característica Para que um Animal Possa Ser um Doador

Os cachorros que passam a ser doadores de sangue precisam ser vacinados todos os anos contra cinomose, raiva, hepatite infecciosa, parvovirose, leptospirose, e coronavirose. Antes de dar início ao processo de doação de sangue, cada um dos animais passa por testes de controle de hematócrito e nunca devem ter alguma forma de contato com carrapatos. No caso dos gatos o cuidado é o mesmo, e eles precisam receber vacina anual contra a raiva, calicinose, rinotraqueíte, e panleucopenia felina, e outros testes que atestem a saúde do doador.

No caso dos cachorros, eles precisam ter no mínimo 25 quilos. Fêmeas ou Machos, esses cães não podem ter em sua história alguma doença grave e nem terem necessitado de transfusões anteriormente.

O máximo de sangue a ser retirado do animal é 15 ml por quilo, num prazo de 30 dias. Em se tratando de gatos, o menor peso para se fazer a transfusão é de quatro quilos e as regras para isso são parecidas, mas o máximo de sangue a ser retirado é de até 12 ml por quantidade de peso do animal, num período que não pode exceder a 40 dias.

Maiores Informações

Um dos cães que foi doador por muito tempo no Centro de Veterinário de Bauru, era “Perro”, da raça Schnauzer gigante. Somente ele fez a doação de 500 ml de sangue e durante todo o processo se manteve bastante sossegado e sem nenhum sinal de agitação.

Caso você tenha um gato ou um cachorro e queira toná-lo um doador, fazer a solicitação num centro autorizado e preencher um cadastro. Depois disso seu animal passará por uma criteriosa avaliação e depois, ajudará a salvar outros animais.

Transfusão de Sangue

Todo processo de transfusão de sangue e de seus componentes possui um caráter bem parecido com o do transplante. É, quase sempre, um processo de emergência e não deve ser tomado como um tratamento, porém somente como medida para auxilio a fim de conservar a sobrevida até que se consiga um diagnóstico preciso, recuperação ou tratamento.

Então, não se levar pela falta impressão de recuperação que o cão ou gato possam apresentar logo depois da transfusão. Isto poderá ser passageiro se o problema e suas implicações não forem resolvidos. Depois da transfusão, é necessário aumentar a observação e os cuidados, como num transplante, que podem acontecer rejeições ou reações.

Grande parte dos casos que precisam de transfusões são bastante complicados, e surgem de forma repentina e inesperada e somente o clínico, através dos dados colhidos em exames laboratoriais e clínicos, poderá formar um resultado objetivo, já que há graves riscos associados.

Os casos de transfusão, em sua maioria estão ligados às perdas sanguíneas ou a anemia crítica, causada em razão de problemas renais ou hepáticos, infecções ocasionadas por parasitas do sangue (ehrlichiose, babesiose, haemobartonelose), do intestino (protozooses ou verminoses) ou até mesmo pelo contato com parasitas externos (carrapatos e pulgas), acidentes, deficiências alimentares, intoxicações e inclusive em cirurgias de grande porte.

Os gatos e cães podem receber e doar sangue de animais da mesma espécie, e, da mesma forma que o homem, também possui diferentes grupos e tipos sanguíneos. Em nosso país, a tipagem feita nessas espécies ainda não é algo que esteja ao alcance, sendo feito alguns testes fazendo o cruzamento do sangue do receptor e dos doadores para antever possíveis reações. Antes da transfusão será colhido o sangue, com a finalidade de fazer provas de compatibilidade, mostra pequena de sangue do bicho que irá ganhar o sangue, que será também usada como objeto de avaliação dos resultados.

Todas essas mostras não são substitutas da tipagem, nem podem ser consideradas totalmente seguras. Ainda assim, podem auxiliar na prevenção de graves e possíveis reações.

O começo da transfusão é bastante devagar, a não ser que seja feito mediante urgência, para que se possa conseguir antever qualquer indicio de reação. Depois da primeira meia hora, a velocidade vai acelerando até chegar a uma média que chegue a um tempo completo de no máximo 04 horas.

Para fazer o acompanhamento do estado geral, sinais de convalescença e reação, são avaliados periodicamente através de parâmetros diversos, tais como frequência cardíaca, temperatura, e respiratória, dentre outros. O proprietário estar presente é importante para conseguir uma tranquilidade maior ao pet.

A oferta de alimento precisa ser evitada depois e antes da transfusão. Deverão ser coletadas outras amostras depois de períodos predeterminados, após 1 hora, 24 horas e 72 horas depois do procedimento, para acompanhar a sobrevivência das células que foram passadas. Tudo isso para se atentar e procurar evitar uma possível rejeição.

Assim que acabar a primeira transfusão, ampliam demais as chances de surgirem reações. Mesmo que elas não ocorram no decorrer da transfusão ou após ela, que são quase sempre as mais graves, reações de diversos tipos podem aparecer de forma tardia até em 03 semanas.

Sabemos que o ato de doar sangue é um gesto que merece louvor por ser de grande solidariedade e ser ainda fundamental para o salvamento de vidas em diferentes circunstâncias. Muitas pessoas, entretanto há que acreditam que isso somente acontece entre seres humanos quando na realidade não é bem assim uma vez que os animais também podem dar seu quinhão de contribuição quando se trata de salvar vidas de seus iguais. Entre cães e gatos, temos na doação de sangue uma ferramenta de fundamental importância no que se refere aos tratamentos de doenças que costumam atingir esses animaizinhos especialmente as doenças mais graves. Um dono de animal solidário pode fazer a alegria de outro ao ver seu animal se recuperando.

Quando a Doação é Necessária

A doação se faz necessária quando o animal que está sendo tratado, precisa de transfusão de sangue e isso ocorre no caso de redução das células sanguíneas, cujas mais frequentes causas são as hemorragias, anemia que tem como primeiros sinais a taquicardia e mucosas desmaiadas e nas complicações que acontecem após as cirurgias. Nos casos da popularmente chamada doença do carrapato que ataca cães, também é comum que haja necessidade de fazer transfusão de sangue, além disso, o procedimento pode ser útil em caso como: queimaduras, infecções, intoxicações ou envenenamento.

Os Doadores

O que acontece quando os animais doam sangue não é muito diferente do que acontece conosco, pois assim como os humanos, os animais também precisam preencher certos requisitos para serem doadores. No caso de cães é preciso: ter peso de no mínimo 30 kg e apresentar boas condições de saúde. Deve ainda estar vacinado contra as seguintes doenças: hepatite infecciosa, cinomose, leptospirose, coronavirose, parvovirose e raiva. Quanto aos gatos devem estar com peso acima de 5 kg e estar com a saúde boa, não pode ter histórico de alguma doença considerada grave. Serem vacinados e desparasitados são outras condições imprescindíveis para que os gatos possam doar sangue.

Como é Feita a Coleta

O tempo para coleta não chega aos 20 minutos. Com um cateter introduzido na pata para controle do tranqüilizante, o sangue é retirado no pescoço da veia jugular. Embora o reconhecimento quanto ao tipo de sangue nos animais seja feito por outro processo e de maneira diferente dos humanos, a compatibilidade de tipos é considerada quando se faz uma transfusão nos animais.

Outras Considerações

A maior ou menor urgência de uma transfusão é determinada pela gravidade da doença apresentada no animal. Hoje existem kits que são de grande ajuda na hora de analisar o material coletado. Quando se trata de doença crônica normalmente não acontece de haver grande urgência, porém quando é aguda a demora na transfusão pode se tornar fatal, por isso o ideal é ter sangue armazenado.

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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