Pato-Carolino: Aix Sponsa

O Pato-carolino, conhecido cientificamente como Aix Sponsa pertence à espécie dos anatídeos. Ele é originário da América do Norte, mais precisamente das áreas de pântano da costa este dos Estados Unidos, e foi inserida na Europa como espécie ilustrativa de jardins. Alimenta-se especialmente de grãos e vegetais. O Pato-Carolino ainda é conhecido como Pato-da-madeira, sendo uma das que contém maior beleza em suas penas, todas bastante coloridas e alegres.

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Descrição

Um pato de espécie, já adulto, mede aproximadamente entre 47 a 54 centímetros de comprimento, e possui uma envergadura que vai desde os 66 a 73 centímetros. Podemos observar que esse tamanho é somente três quartos do comprimento de um animal adulto da espécie Mallard.

O adulto macho possui a plumagem diferenciada, sendo iridescente multicolorida, além de ter os olhos vermelhos, e uma parte branca logo abaixo do pescoço. Já no caso das fêmeas, que possui uma coloração diferenciada e menos intensa, possui um anel branco ao redor dos olhos, e ainda um pescoço esbranquiçado. Todos os indivíduos os adultos possuem crista na cabeça.

Os animais do sexo masculino têm uma vocalização semelhante a de um apito e segue aumentando, algo próximo a “jeeeeee”. Já no caso das fêmeas soltam um prolongado, aumentando com toda a velocidade para algo forte, semelhante a um “cr-r-ek, cr-e-ek , especialmente quando estão alarmadas com algo.

Comportamento

Seu local preferido de reprodução são os pântanos arborizados, lagoas, lagos rasos,  riozinhos, especialmente os localizados na costa oeste dos Estados Unidos e do México, e a leste da América do Norte. Eles, quase sempre, fazem seus ninhos em buracos de árvores perto da água, embora também tirem proveito de ninhos de outras aves, que são feitos em locais úmidos.

As fêmeas costumam preencher os ninhos usando materiais macios, como penas, por exemplo, preferindo os lugares mais altos para se livrarem de possíveis predadores. Diferentemente dos demais patos, o pato-carolino possui garras bem afiadas para conseguir ficar empoleirado em árvores e ainda na região sul, é capaz de gerar duas ninhadas em apenas uma temporada, sendo considerado o único pato americano capaz de executar essa proeza.

Reprodução

As fêmeas são capazes de botar entre 07 e 15 ovos e o incubam por aproximadamente 30 dias. Entretanto, se os ninhos estiverem muito próximos uns dos outros, as fêmeas podem colocar também ovos nos ninhos das aves vizinhas, o que pode acarretar ninhos que contenham até 30 ovos com probabilidade grande incubação, uma situação chamada de “ninho de dumping”.

Assim que os ovos eclodem, os patinhos descem a árvore e tentam seguir seu caminho através da água. A pata pode até tentar chamá-los de volta, mas isso de nada adianta. Esses filhotes podem cair de uma altura maior que 80 metros e não sofrerem nenhum tipo de problema. Eles sempre preferem os ninhos que estão sobre a água, para que possam pousar em algo suave quando descem das árvores, porém, os ninhos quase sempre tendem a estar aproximadamente 140 metros de distância da costa. Os patinhos já nascem sabendo nadar e buscam seu próprio alimento sem que haja algum tipo de problema.

Estas aves se alimentam andando pela terra e através de brincadeiras e, geralmente comem bolotas, frutos, e também as sementes, mas ainda gostam de determinados insetos, por isso, são onívoros.

Distribuição

Estas aves podem ser avistadas durante todo o ano em partes da região do sul, porém, aquelas que se localizam ao norte do país, também voam para o sul durante o inverno. Costumam hibernar próximo à costa do Atlântico. São aves bastante populares, em razão de sua linda plumagem, especialmente em locais que fazem coleções de aves aquáticas e, em razão disso são vistos na Grã-Bretanha.

Por consequência da distribuição nativa dessa ave, pode-se ainda observar animais da espécie distribuídos ainda por outros lugares como as Ilhas Scilly, Cornwall e ainda muitas outras.

Conservação

A população das aves pato-carolino estava num complicado declínio logo no fim do século 19, isso se deu em razão da grande perda de território natural e também por cauda da caça, em decorrência da comercialização de suas penas e sua carne para o mercado Europeu. Até o começo do século XX praticamente tinha sido totalmente eliminado, porém, em resposta ao Tratado das Aves Migratórias que fora feito em 1916 e ainda em conjunto com a promulgação do Tratado Federal de 1918, as populações de pato-carolino passaram a ter uma recuperação gradativa.

Logo que se exterminou a caça do animal e se tomou as medidas com a finalidade de proteger os remanescentes de habitats, as populações da espécie começaram a se recuperar já em 1920. Na década de 30 passou a se desenvolver a caixa de nidificação artificial, que colaborou imensamente, dando um impulso extra à população de Pato-carolino.

As pessoas que eram proprietárias de terras, e ainda os gestores de diversos parques passaram a incentivar os refúgios dos patos usando as caixas-ninho de madeira e deixando-as próximas de córregos, lagoas e lagos. Cidades dos Estados Unidos adotaram o pato-carolino como mascote oficial, colocando mais e mais ninhos artificiais na cidade.

A expansão americana de populações de castor em grande parte do Wood Duck, auxiliaram no aumento da população dos patos, devido ao habitat propício criado pelos castores.

O número de indivíduos dessa espécie tem aumentado grandemente nos últimos tempos. O aumento se deu ao trabalho de diversas pessoas envolvidas, construção de caixas de madeira e ainda numa liberação do habitat para a conservação dos patos-carolinos, intensificando ainda mais a reprodução dessas aves.

Durante a abertura da temporada de aves aquáticas, os caçadores dos Estados Unidos só foram liberados a caçar dois patos de madeira por dia, especialmente nas rotas de migração dessas aves. Entretanto, no ano de 2008-2009, o número de aves liberado subiu um, sendo possível se levar 03 indivíduos para casa. Esta espécie é a segunda mais caçada na América do Norte, somente sendo suplantada pelo pato-real.

Os patos são aves muito caçadas nos Estados Unidos, país em que a caça é bastante praticada de um ponto a outro, coisa que não ocorre no Brasil, apesar disso, há ainda outras espécies em nosso país que correm o risco de extinguir-se em razão do desmatamento, especialmente.

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Categoria(s) do artigo:
Aves

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