O Brasil possui uma grande variedade de roedores, entre eles os preás, muito parecidos com o porquinho-da-índia e conhecido também por bengo. No país há duas espécies desses animais que possuem patas curtas, cauda escondida e orelhas pequenas, de coloração acinzentada ou amarronzada e pelo áspero.
O nome científico da espécie é cavea aperea e galea mey, o peso desse mamífero roedor, ao nascer, gira em torno de 100 gramas e quando adulto chega a medir 30 cm e pesar de 800 gr a 1,5 kg.
Preá
É um roedor de hábitos noturnos, vive à beira de lagos, rios e córregos, já que sabe nadar e mergulhar; é tímido e corre aos pulos, soltando gritinhos. Quando ocorre mudança brusca em seu meio ambiente, costuma ser considerado praga, pois invade plantações e a destrói em busca de alimentos.
Possui um fator extremamente positivo: não exige alimento muito diferente ou sofisticado, geralmente come capim, tubérculo, verdura, talos, sobrevive a locais secos, mas que tenham muito sol. Seus predadores naturais são as cobras, aves de rapina, cachorros e gatos domésticos, felinos selvagens como as onças-pintadas e as jaguatiricas, além do que, a população rural aprecia sua carne por achar semelhante à de coelho.
Curiosidades
Os mamíferos são caçados em armadilhas simples, compostas por alçapão e tábuas. O costume de se alimentar de preás ainda é difundido na região Nordeste (muito comum na caatinga), principalmente entre as famílias mais carentes, que encontram no roedor uma exclusiva fonte de alimentação.
Estes animais vivem em bando, seus ninhos são feitos em bromélias, pequenos buracos, moitas de cactos, e o tempo médio de vida para os preás, é de oito anos.
Os preás podem ser encontrados em quase toda América do Sul: Venezuela, Colômbia, Argentina e Paraguai.
Em se tratando de termos comerciais, a criação de preás não demanda grandes custos, pois podem ser colocados em criadouros de tela, caixotes ou gaiolas. Há necessidade de se ter um local arejado, limpo e somente um macho para doze fêmeas, já que mais de um poderá gerar conflitos.
A maturação sexual das fêmeas acontece no sexto mês, e o macho faz uma dança do acasalamento para as fêmeas, cuja gestação dura de 60 a 70 dias, tendo até três crias. Os filhotes mamam por até quatro semanas e logo após, iniciam a alimentação de comida sólida.
Porquinho
Recentemente, na Ilha de Moleques do Sul (SC), foi descoberta uma espécie de preás (cavia magna), que mesmo isolada a mais de 8.000 anos, não foi extinta, e sua genética não possui mais diversidade, ou seja, são extremamente iguais entre si, possuem o mesmo DNA. Os fatores que influíram para a manutenção dos mamíferos pode ter sido a ausência de predadores e o bom clima.
