Apesar de todos os avanços da humanidade, ao que parece, todo esse progresso tem custado um preço muito alto. É isso que se constata ao verificar o resultado de anos e anos de busca obsessiva do progresso a qualquer preço a nossa volta.
A natureza tem sido a maior vítima dessa mentalidade. Entre uma das vítimas desse descaso do homem é o cágado-de-hoge ou mesoclemys hogei.
Trata-se de um tipo de cágado da família Chelidae e que possui cabeça estreita com tamanho médio de carapaça de 28 cm e costuma viver na bacia do rio Parnaíba, do Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, até o rio Itapemirim, nas regiões costeiras do Espírito Santo. Um dos fatos curiosos é que somente se sabe do que eles se alimentam quando se encontram aprisionados, no caso carne e peixes.
O pouco que se sabe é que gosta do frio e somente é visto em rios com mais de 500 metros de altitude e que consegue escalar as bordas dos rios até as matas próximas, graças as suas unhas pontudas.
O fato é que o fato de estar ameaçado de extinção, levou a criação de um programa de monitoramento em parceria com a fundação Biodiversitas de Belo Horizonte com os alunos do curso de Ciências Biológicas da Favale/UEMG, na bacia do Rio Carangola, local onde foram vistos alguns desses cágados.
Alguns Cuidados para Preservá-lo
No entanto, para que esse programa tenha êxito em seus objetivos, é necessário que alguns estudos sejam feitos, mesmo porque há poucas informações sobre essa espécie de cágado.
Nesse sentido, é necessário introduzir programas de conservação em cativeiro e em vida livre com autorização do Poder Público; gerar novas unidades de conservação na área de distribuição geográfica da espécie; obter mais informações sobre a quantidade existente dessa espécie e no transcorrer da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul recuperar os ecossistemas da espécie.
Logo, há muito a ser feito em relação a essa espécie de cágado e com muita emergência, pois se demorar muito pode ser que nem aja espécie a ser pesquisada.