Vaca Marinha (Hydrodamalis Gigas)

Há diversos animais que já foram extintos da Terra, muitos por terem sido caçados e, por isso, acabaram sumindo e outros por não encontrarem mais por aqui condições de vida que os levassem a se reproduzir.

Muitos desses animais são marinhos, já que a água do mar vem sofrendo constante modificação, especialmente em sua temperatura, e ainda por haverem sumido diversas espécies de peixes que serviam como alimentos para outras formas de vida.

Dentre os animais que não são avistados há muito tempo, e, em razão disso acabaram sendo tidos como extinto está a Vaca Marinha, que é conhecida cientificamente como Hydrodamalis gigas.

Ficha Técnica

  • Animal pertence ao Reino Animalia
  • Pertence ao Filo Chordata
  • Sua Classe é a Mammalia
  • Sua Infraclasse é Placentalia
  • Pertence a Ordem Sirenia
  • Sua Família é a dos Dugongidae
  • Seu Gênero é o Hydrodamalis
  • Sua Espécie Científica é Hydrodamalis gigas

Saiba Mais Sobre a Vaca Marinha

A Vaca Marinha de Steller, ou como também é conhecido, dugongo-de-Steller foi extinto por volta de 1867 e era um mamífero que, diferentemente dos seres humanos, herbívoro e, como já dissemos, pertencia à Ordem Sirenia, cuja origem é a mesma dos dundongos e dos peixes-boi.

Características

Era uma forma bem diferente vida, os animais dessa espécie possuíam a pele bastante grossa e formava um tom amarronzado, e seu tamanho era muito grande, chegando a alcançar os oito metros de comprimento por aproximadamente seis de largura. Com esse tamanho todo, o peso não era muito diferente, as Vacas Marinhas chegar a pesar cerca de onze toneladas.

Sua cauda, ao contrário de outros mamíferos aquáticos, possuía a forma semelhante à de uma meia-lua e suas nadadeiras tinham aparência de ganchos. Apesar do corpo gigante, tinha um rosto bem pequeno, e ainda o nariz e olhos diminutos.

O comportamento sexual era monogâmico, ou seja, possuía apenas um parceiro e para a vida toda vivia fiel a ele, também paria somente um filhote em cada uma das gestações, já que a mesma durava por um longo tempo. Sua locomoção era bastante lenta, talvez em razão de seu enorme corpo, por isso, nunca chegava a sair da água, já que poderia se tornar uma presa muito fácil.

Entretanto, como o animal era um mamífero, e tinha respiração pulmonar, quase sempre precisava subir à superfície para poder respirar. Para isso, colocava apenas o nariz para fora d’água e depois retornava, passando até aproximadamente cinco minutos submersa.

O comportamento das Vacas Marinhas era bastante sociável, pois viviam em grupos bem grandes. Mesmo sendo grande, sua alimentação era quase que totalmente feita à base de algas marinhas e de outros vegetais, e raízes de Kelp (alga gigante), usando como meio de alimentação, placas queratinizadas que tinham a função muito parecida com a de dentes comuns.

A reprodução desses animais ocorria geralmente no final do mês de outubro.

O Descobrimento

A Hydrodamalis Gigas foi descoberta há bastante tempo, por volta do ano de 1741, sendo registrada primeiro pelo médico e naturalista russo Georg Wilhelm. O naturalista sobreviveu a um naufrágio ocorrido com a expedição que participara, e durante o período conseguiu registrar e observar muitas situações e a vida desses animais.

Isso permitiu que se constatasse a existência de mais ou menos 2000 animais que foram encontrados nas águas rasas e frias do mar de Bering.

Muitos registros de fósseis da Vaca Marinha informam que os mesmos podiam ser encontrados em uma área muito maior, chegando até próximo à costa da Califórnia, nos Estados Unidos e parte do Japão. Outros mostravam que esses animais tinham sido perseguidos por caçadores do período paleolíticos, o que veio a causar a diminuição dessa população.

O Gosto Pela Espécie

Depois que esse animal foi descoberto, passou a ser amplamente caçado, pois muitas pessoas passaram a tomar muito gosto por sua carne, e ainda pela gordura que era muita, além do couro e do leite. Este problema, unido à caça de lontras marinhas, veio a causar uma grande população de ouriços-do-mar, o que veio a acarretar uma diminuição no número de algas marinhas.

A escassez do único alimento destinado às Vacas Marinhas fez com que em apenas 27 anos fossem capazes de exterminar todos os animais dessa espécie existentes no planeta.

Origem

Como já dissemos, esses animais eram originários das águas rasas e frias como aquelas do Mar de Bering, localizado no hemisfério norte, é tido como o único animal da espécie adaptado para sobreviver a este tipo de ambiente.

O último exemplar morto das Vacas Marinhas o foi por volta do ano de 1768, e, desde então nenhum outro foi avistado.

A principal e pior causa do extermínio da espécie foi, sem dúvida, a captura feita pelo homem. Elas eram presas muito fáceis de serem capturadas, por viviam em águas muito rasas.   Como já mencionamos, dela aproveita-se tudo, assim como ocorre com a vaca comum: consumia-se a carne e muitos diziam que o sabor e a textura eram bastante semelhante a de boi; a gordura usavam como se fosse o óleo de cozinha;  já o leite que vinha das fêmeas eram consumido in natura ou transformado em manteiga, enquanto que a pele servida para a fabricação de cascos de barcos e roupas.

A partir do momento em que a pesca da vaca-marinha foi proibida, a medida não teve mais nenhuma eficácia, pois os animais já haviam sido exterminados.

Saiba Mais Sobre Os Sirênios

Na zoologia, os  sirenídeos  ou sirênios pertencem aos tipos de mamíferos marinhos que são herbívoros, e dos mesmos fazem parte os manatins e o dungongo.

Como esses animais passam o tempo todo dentro d’água, sofreram diversas modificações em sua estrutura corpórea, como, por exemplo:

  • seus membros anteriores foram modificados em nadadeiras;
  • seus membros posteriores foram diminuídos a uma pélvis vestigial;
  • sua cauda tornou-se mais larga e achatada na horizontal se transformando numa espécie de “remo”.

Muitas dessas espécies chegam a atingir um tamanho bastante grande, e consequentemente um peso proporcional, chegando até a uma tonelada. Possuem boca bem grande e bastante móvel, enquanto o nariz é menor e possui a propriedade de se fechar, para que água não entre, quando ainda estavam submersos.

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Categoria(s) do artigo:
Mamíferos

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