A ave chamada popularmente de dodó ou dodô e até conhecido como dronte, cujo nome científico é Raphus Cucullatus, não possui a capacidade de voar, ao contrário de muitas outras espécies. Já pode ser encontrada nas Ilhas Maurícias, localizada no leste da África, pertencendo às ilhas Mascarenhas, próximo a Madagascar.
É tida como a mais semelhante geneticamente de outra, que também já se extinguiu, a solitário-de-rodrigues, pertencente ainda à subfamília Raphidae e da mesma espécie que nossas conhecidas pombas. Por muitos historiadores é a mais parecida com o pombo-de-nicobar.
Características Do Dodô Ou Dodó
Este animal tinha a altura aproximada de um metro e pesava entre 10 e 18 quilos, portanto, uma ave bastante pesada. Sua aparência só pode ser observada através de gravuras e alguns textos que a descreviam, especialmente aqueles publicados no século XVII, e, por haver grande divergência entre uma descrição e outra sua aparência original é envolta em grande mistério.
Da mesma que não se sabe ao certo qual foi sua aparência, também não se conhece a fundo qual seria seu habitat natural, bem como seu comportamento. O que mais se tem conhecimento é que a ave tinha plumagem com coloração cinza acastanhado, as patas amareladas e ainda um monte de penas em sua cauda, além da cabeça cinza e sem penas, e também o bico preto, verde e amarelo.
Assim como em outras aves, sua moela auxiliava na digestão dos alimentos, o que incluía frutas, e muitos acreditam que seu principal eram as florestas costeiras, porém na parte mais seca da ilha. Muitos atribuem a sua incapacidade de voo a abundancia de alimento do local, e ainda a falta de predadores naturais para sua espécie, portanto, não havia necessidade de se locomover até outra área para se alimentar.
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Quando Se Falou Em Dodó
A primeira vez em que se mencionou o Dodô, o foi feito através de marinheiros holandeses, mas somente no ano de 1598. Com o passar dos anos, a ave passou a ser amplamente consumida por marinheiros famintos, sendo que a última ocasião aceita em que o dodó foi visto data de 1662.
Ocorre um fato diferenciado, pois a extinção formal do animal não fora logo noticiada e, em razão disso, muitos o consideram um ser mítico. Já no XIX, alguns pesquisadores encontraram vestígios da ave em quatro indivíduos trazidos para a Europa por volta do século XVII.
A partir daí, muito material subfóssil passou a ser colhido nas Maurícias, sendo que grande parte do pântano Mare aux Songes. A extinção precoce dessa ave, ocorrida em apenas um século após sua descoberta, deixou os pesquisadores atentos para o problema, até então desconhecido, envolvendo o desaparecimento de diversas espécies, completamente da fauna e flora mundial.
Finalmente, apesar de pouco se saber acerca dessa ave, ela tornou-se mundialmente conhecida por fazer parte do desenho Alice no País das Maravilhas, povoando o imaginário popular, e frequentemente associada a obsolescência e extinção. Além disso, ainda ficou reconhecida como sendo uma mascote das Ilhas Maurícias.
Outras Informações
O Dodó ou Dodô chegou a ser comparada a um avestruz pequeno, por suas características físicas. No ano de 1842, o estudioso Johannes Theodor Reinhardt deduziu que a ave fosse um pombo terrestre, baseando sua suspeita a estudos feitos em um esqueleto de Dodô, que havia descoberto em Copenhague.
Esta ideia foi tida como ridícula por muitos, entretanto passou a ser apoiada por Alexander Gordon Melville e Hugh Edwin Strickland em seus estudos de 1848, chamado de “The Dodo and Its Kindred”, enquanto tencionava dividir a realidade, do mito. Depois de examinar e embalsamar pé e a cabeça da ave encontrada no Museu da Universidade de Oxford e ainda comparar com vestígios do solitário-de-rodrigues foi possível encontrar semelhanças entre as espécies. Os pesquisadores observaram que não eram idênticas, mas partilhavam de várias características, especialmente nos ossos das pernas, que eram encontradas apenas em pombos.
A Semelhança Com Os Pombos
A ave Dodô era especialmente parecida com os pombos comuns em muitos pontos. Observou-se que ambos tinham pouca queratina no bico, por isso o mesmo se mostrava desprotegido e fraco. Também nenhuma das duas espécies possuía pelos ao redor dos olhos.
Ainda possuíam a fronte mais alta em relação à região do bico, sendo que a narina ficava abaixo do bico sendo apertada por pele, estando presente também nos pombos. Provavelmente as pernas do Dodô eram mais parecidas com a dos pombos do que das demais aves, tanto no esqueleto, quanto nas escamas.
Como tinham grandes papos podem ter relação com os pombos, pois são mais desenvolvidos neste quesito. Grande parte dos pombos têm garras menores, e os Dodôs possuem apenas um ovo em cada uma das vezes.
Da mesma forma que os pombos, o Dodô não possuía o osso vômer e também o septo do nariz, além de outras características importantes de definidoras. A ave se manteve diferente do pombo especialmente em razão de sua pequena asa e do grande bico, se for lavado em consideração o tamanho do crânio.
A Descoberta
As primeiras informações conhecidas da ave foram obtidas através dos holandeses, que a puseram o nome de mauriciano de walghvogel ou pássaro chafurdador e ainda pássaro repugnante, em razão de seu gosto ruim. Mesmo que outros descrevessem a carne como dura, mas boa, porém, não tanto como a dos pombos.
O termo walgvogel foi utilizado primeiramente na publicação do vice-almirante Wybrand van Warwijck que fez uma breve visita ao local em 1598 e então a denominou Maurícia. A origem do termo Dodô não é explicita e muitos a atribuem à palavra holandesa dodoor, termos específico para “preguiçoso”, estando mais relacionada à dodaars, cujo significado é “nó-bunda”, numa referência às penas no traseiro da ave.
O primeiro uso do termo dodaerse está descrito no relato do capitão Willem van Westsanen, ainda no ano de 1602. Em 1627, Thomas Herbert usou o termo Dodô, mas não se sabe se for o primeiro a avistá-lo, já que os portugueses teriam visitado a ilha bem antes, em 1507, mas não falaram nada sobre as aves.
Como pouco se sabe sobre a ave, a maior parte está mais relacionada a pesquisas e indagações, coisa que pode acontecer com muitos de nossos animais, se o desmatamento e o aquecimento global não forem controlados a tempo.