Araras Azuis: Belas e Raras

Existem muitas espécies de aves lindas, porém, como a Arara Azul é difícil, pois se trata de uma ave com proporções perfeitas e composta de penas de um tom de azul que não é visto em outras espécies. Tanta beleza, além de lhe conferir um status especial dentre as demais aves, também a coloca na lista de animais ameaçados de extinção.

Quando falamos sobre Araras Azuis, temos muito mais assunto do que simplesmente a sua beleza, pois essa ave é um dos principais artigos de contrabando da Amazônia. Saiba mais sobre a espécie e também a evolução do status de ameaça a que ela está exposta.

A Ave Arara Azul

O nome científico da Arara Azul é Anodorhynchus hyacinthinu e pode ser encontrada em 11 estados brasileiros. Dentre os locais em que é possível encontrar essa ave estão os estados de Goiás, Amapá, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Pará, São Paulo, Tocantins e Amazonas.

Essa é uma espécie que se caracteriza por viver em biomas como o cerrado e a Floresta Amazônica. A sua plumagem é azul e a pele que não é recoberta por penas (o entorno dos olhos e um risco na mandíbula) é amarela. O bico dessa Arara é o que é conhecido como desmesurado dando a nítida impressão de que é maior do que o próprio crânio da ave.

Quando medida da ponta do bico até a ponta da sua cauda pode chegar a medir 1 m. O seu peso pode chegar até 1,3 kg. A família da espécie da Arara Azul é a Psittacidae, que também conta com espécies de outras araras, papagaios, periquitos e maritacas.

A Alimentação das Araras Azuis

A alimentação dessas aves é quase toda baseada em castanhas que são retiradas dos cocos de palmeira. As duas espécies de cocos que esses animais utilizam em sua alimentação são acuri e bocaiuva.

O acuri ainda apresenta uma facilidade a mais para as Araras uma vez que elas encontram no solo alguns já ruminados pelo gado, ou seja, mais fácil para elas ingerirem. O coco da Bocaiuva é colhido diretamente da árvore e comido.

A Vida das Araras Azuis

A vida dessas aves é essencialmente em grupo, pois elas gostam de voar em pares. Uma coisa bem curiosa na vida desses animais é que eles são fiéis ao mesmo parceiro a vida toda e ainda dividem as tarefas domésticas relativas aos cuidados com os filhotes.

Quando o dia acaba, essas aves se reúnem em grupos e dormem todas juntas numa árvore. Como podemos perceber se trata de uma espécie que gosta da companhia de outras aves para passar o seu dia a dia.

A Reprodução das Araras Azuis

A idade em que a Arara Azul começa a sua própria família é os 7 anos, a partir dessa idade a ave se sente preparada para ter o seu ninho e os seus filhotes. A média é dois filhotes reprodução, porém, quase sempre apenas um sobrevive.

As fêmeas da Arara Azul passam grande parte do seu tempo no ninho incubando os ovos e os machos têm a responsabilidade de buscar alimentos para os filhotes. Essas aves sofrem ameaça de extinção porque são bastante caçadas para venda ilegal e também porque não nascem muitos filhotes. A metade dos ovos costuma ser predado por tucanos e gralhas, além de alguns mamíferos. O ovo leva em torno de 28 dias para eclodir.

Os Filhotes de Arara Azul

Quando o ovo da Arara Azul eclode, de lá sai um filhote bastante frágil que depende, e muito, dos pais. Durante aproximadamente uns 06 meses, os filhotes precisam ser alimentados pelos pais. Até completarem 45 dias essas aves correm risco de morte, pois realmente são muito frágeis.

Além disso, as baratas, aves e formigas que tentam invadir o ninho são uma grande ameaça, uma vez que as ararinhas são muito pequenas. Uma ave dessas demora, mais ou menos, uns três meses depois de seu nascimento para se arriscar nos seus primeiros voos. A partir do terceiro mês de vida essas aves passam a ter o corpo coberto por penas. Geralmente, de toda a ninhada apenas um filhote consegue sobreviver, aquele que é mais forte.

A Extinção da Arara Azul

Dois fatores bastante sérios são responsáveis pela quase extinção da Arara Azul. O primeiro deles é que essa é uma ave muito bonita e alegre, o que a torna um dos animais mais valorizados pelo tráfico de animais. Muitos contrabandistas caçam e exportam ilegalmente essas aves para colecionadores.

Porém, além desse fator, a Arara Azul ainda sofre com a destruição do seu habitat natural. O desmatamento e queimadas têm devastado os biomas em que essa espécie vive e assim se torna quase impossível para essas aves se estabelecerem e se reproduzirem.

Existem alguns projetos focados em proteger essa ave, pois ela é um indicativo de saúde ambiental. A conservação do Pantanal tem como dado de observação a quantidade de Araras Azuis que sobrevivem nesse espaço.

O Trabalho de Preservação

Manter a espécie das Araras Azuis distante da extinção é um dos principais objetivos de alguns projetos ambientais. Para que isso seja possível é necessário que seja realizado todo um trabalho de observação. Os pesquisadores que monitoram e ajudam a preservar a espécie realizam algumas tarefas muito importantes. Conheça como esse trabalho é feito.

Monitoramento

Alguns exemplares de Araras Azuis são constantemente monitorados pelos pesquisadores. Além de saber onde elas estão e se certificar de que não sejam capturadas, o monitoramento permite que os pesquisadores ajudem a espécie a se reproduzir seja na manutenção dos ninhos naturais ou mesmo na criação de ninhos artificiais.

Reprodução

Os pesquisadores realizam um trabalho de observação mais intenso na época da reprodução da Arara Azul, de forma que possam conhecer os resultados e também contribuir para proteger essas aves.

Acompanhamento dos Filhotes

Os filhotes de Arara Azul também passam por um monitoramento próximo. São realizadas pesagem e também exames de sangue para se certificar que eles estão bem. É muito importante que haja um bom número de filhotes sobreviventes, pois assim é possível ter a esperança de que a espécie não seja tão ameaçada de extinção.

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Categoria(s) do artigo:
Aves

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Comentários

  • porque minha arara morreu?

    Sandra 8 de janeiro de 2013 16:55
  • Eu achei mt importante amei bom trabalho!!

    Edila 3 de novembro de 2013 8:53

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