Epilepsia em Gatos

Sabemos que cada crise gera um mecanismo facilitador para que novas crises ocorram, portanto quanto mais rápido for empregado o tratamento maior a chance de controle das crises.

Eplepsia em gatos?

Cerca de 1 a 2% dos gatos apresentam crises convulsivas durante suas vidas.

O Que é Epilepsia? 

Epilepsia é uma doença ligada ao sistema nervoso central onde o animal tem crises convulsivas e repetidas. Pode ser classificada como: Epilepsia primária (quando não encontramos a causa) normalmente esta tem caráter hereditário. Já a epilepsia secundária, pode ser originada por processos intracranianos ativos, como tumores, encefalites e meningites, parasitoses e outros. Processos extracranianos como doenças renais e hepáticas também podem causar convulsões. Aconselha-se uma investigação cuidadosa, com exames complementares e diagnósticos por imagem, pois o tratamento pode variar em cada caso.

Eplepsia em Gatos

Eplepsia em Gatos

O Que Posso Fazer Durante Uma Crise Convulsiva?

Mantenham a calma, as crises normalmente duram de 1 a 5 minutos, durante a crise mantenha o animal em locais tranqüilos onde não possa de machucar, não o pegue no colo ou coloque a mão na língua, não fique assoprando o focinho do seu animal, estes procedimentos além de não ajudar o paciente pode fazer com que você leve uma mordida grave, cães dificilmente irão engolir a língua durante uma crise.

Medicação:

Nunca diminua a frequência e dose do medicamento sem comunicar o médico veterinário responsável, isto pode trazer consequências desastrosas no tratamento. Não administre outras medicações por conta própria, realize os exames de monitoramento conforme solicitado.

Como Reconhecer Uma Crise Convulsiva?

Movimentos involuntários (pedalagem, tremores) de uma ou mais partes do corpo, perda da consciência são os principais sinais. Podem ocorrer ou não hipersalivação, micção e defecação espontânea.

Controle Das Crises:

Na epilepsia veterinária em determinado local no cérebro ocorre um “curto circuito” entre neurônios, com o uso da terapia este curto circuito é impedido de se disseminar impedindo a crise, logo na epilepsia verdadeira não há cura deste local onde ocorre o “curto circuito”, porém há um controle muito bom das crises utilizando a terapia adequada.

É Comum Animais Sofrerem De Epilepsia?

Consideramos epilepsia como o quadro clínico caracterizado pela repetição freqüente dos episódios de convulsão. Já a convulsão é o quadro clínico gerado por descargas elétricas descontroladas e transitórias nos neurônios. Isto pode levar a alterações da consciência, percepção sensorial, funções viscerais, atividade motora e memória.  As convulsões podem ter diversas causas.

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Elas estão fortemente ligadas à idade do animal. Em animais jovens, com até 1 ano, associa-se a mal-formações, intoxicações por neurotoxinas (por exemplo, venenos para ratos e algumas plantas), trauma, distúrbios metabólicos, processos infecciosos e, mais dificilmente, epilepsia juvenil. Entre os animais de 1 a 5 anos, pensamos em traumas, intoxicações, seqüelas secundárias a problemas infecciosos, neoplasias e, a causa mais comum, a epilepsia idiopática.

Nos velhinhos, já podemos investigar uma neoplasia intracraniana, um processo inflamatório ou infeccioso e distúrbios metabólicos. Dentre todas estas, a mais observada na clínica veterinária é a epilepsia idiopática. Esta acomete cerca de 1% de toda a população canina. Manifesta-se, geralmente, entre os 2 e 5 anos de idade. Normalmente, não se identifica uma causa, e o animal permanece completamente normal entre um episódio convulsivo e outro. Alguns estudos sugerem como uma causa genética neuronal.

Primeiros Socorros

  • Durante uma convulsão, é necessário que o proprietário tente proteger o cão para que ele não se machuque, batendo em objetos ou caindo de lugares altos, como escadas, por exemplo.
  • Procure acomodá-lo tão confortável quanto possível e deixe o ambiente tranqüilo e com pouca luz.
  • Certifique-se de que a língua não está obstruindo a passagem de ar do ar pela laringe, mas tenha cuidado para que ele não o morda por acidente.
  • É importante lembrar que durante a crise o cão perde, temporariamente, a consciência o que pode levar ao não-reconhecimento do dono e de pessoas familiares.
  • Quando o cão estiver ‘voltando’ ao seu estado normal, é recomendável que o proprietário fale com ele, para que o cão, ao reconhecê-lo, tranqüilize-se mais rapidamente.

Os cães de raças puras, geralmente, são os mais acometidos; já os felinos, raramente apresentam epilepsia idiopática. Independentemente da sua origem, as convulsões podem ter graus variados. Podem ser leves, com o cão apenas salivando (babando) com movimentos desordenados de cabeça, até um ataque com sinais mais evidentes; o animal chega a cair no chão (geralmente de lado), saliva excessivamente, movimenta as pernas como se estivesse pedalando ou tentando se levantar. 

O ataque pode levar de segundos a cerca de 2, até 3 minutos. Nos casos mais graves, os animais podem vir a apresentar o status epileticus, aonde o animal convulsiona sem parar por mais de 5 minutos, ou apresenta convulsões seguidas em que o animal não retorna ao normal após 30 minutos, necessitando de um atendimento emergencial. O tratamento prolongado, obviamente, só deve ser realizado nos pacientes com convulsões freqüentes em um determinado espaço de tempo.

Animais com outras causas de convulsão devem ter a doença desencadeante tratada primeiramente, para depois observar se a convulsão persiste. Quanto antes for iniciado o tratamento nos casos de epilepsia idiopática, melhor o resultado. Cães tratados precocemente apresentam um controle mais efetivo quando comparado com cães que tiveram muitas convulsões antes do início do tratamento.

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O proprietário de um cão epilético não deve se assustar ao primeiro sinal de convulsão. É importante manter a calma, até para não assustar ainda mais o animal. Não faça barulhos, retire objetos aonde ele possa vir a se machucar com os movimentos descontrolados e cuide para ele não bater a cabeça. Contate o seu veterinário e anote as datas, os horários e a duração do ataque, isto pode fazer a diferença em um futuro tratamento prolongada. Importante também lembrar que animais com epilepsia idiopática devem ser castrados, principalmente as fêmeas que podem diminuir o intervalo entre as convulsões durante o cio.

O tratamento antiepiléptico obviamente só deve ser realizado nos pacientes com convulsões decorrentes de epilepsia verdadeira e secundária. Cães com outras causas de convulsão devem ter a doença desencadeante tratada. Quanto antes for iniciado o tratamento melhor o resultado

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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