Há uma série de doenças infecciosas que podem atingir os suínos e assim afetar diretamente a produção. Algumas delas são causadas por agentes externos que invadem o organismo dos animais causando lesões ou prejudicando o desenvolvimento.
As principais consequências das infecções por bactérias, por exemplo, nos suínos está relacionada ao crescimento dos animais. Uma vez infectados eles tendem a reduzir o desenvolvimento, diminuindo a taxa de crescimento e atrasando o abate, que é quando o animal está preparado para o consumo humano ou morte natural e é abatido, morto, pelo seu dono. Alguns exemplos de infecções por bactérias são a onfalite, pulpite, artrite e otite.
A onfalite é transmitida através da infecção do cordão umbilical, uma vez ocorrida uma má cicatrização. Isso não difere os suínos dos outros mamíferos e pode ser plenamente evitado através do manejo correto e dos cuidados sanitários específicos. Já a pulpite é uma infecção ocorrida através do desgaste ou corte dos dentes dos leitões recém-nascidos. Por conter bastante vasos sanguíneos e terminações nervosas, a região da polpa quando exposta pode favorecer a infecção bacteriana.
Todas essas doenças possuem antibióticos específicos para o tratamento que deve ser ministrado por um zootecnólogo, o veterinário de animais de campo, mas podem ser facilmente evitadas através do correto manejo do plantel. Ao estabelecer hábitos sanitários de manejo é possível evitar a maioria das doenças causadas por agentes externos.
Outras doenças que podem atingir os suínos são: a diarreia suína neonatal, erisipela, leptospirose, parasitose, rinite atrófica, entre outras. A diarreia, por exemplo, é causada pela bactéria E. coli, a mesma que atinge o trato intestinal humano. Ela pode causar desidratação, inflamação do intestino e levar à morte do leitão.
A erisipela, também bacteriana, se instala nos suínos tanto através da ingestão da bactéria como pela pele, feridas ou arranhões que são comuns em animais que vivem em fazendas com cercas de arame, pois eventualmente eles podem fugir além do dia a dia mesmo, apesar de não serem animais tão frágeis. Os suínos costumam ser infectados uns pelos outros ou por outros animais como aves domésticas e animais selvagens.
São muitas as doenças infecciosas que atingem os suínos, principalmente durante o período de lactação, quando os animais estão mais sensíveis e desprotegidos das ações de agentes externos. É importante manter alguns cuidados quanto ao plantel, principalmente no que se refere ao contato com outros animais e a adoção de práticas sanitárias. Isso porque os principais causadores de infecções e doenças entre os suínos são as bactérias que se alastram com facilidade e são altamente transmissíveis.
Medidas preventivas de controle, principalmente durante as fases iniciais da vida dos leitões, para evitar infecções fazem bem não somente aos suínos, mas à criação como um todo, visto que essas doenças atingem diretamente o crescimento e desenvolvimento dos animais e, consequentemente, a produtividade da criação.
